Capítulo 36 💛

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1 ano depois...

As pessoas que nos vê de fora diriam que se passou muito tempo para nos casarmos, que demoramos demais, que foi muito devagar para levar "tanto tempo" para tudo que envolve o casamento, mas nem imaginam a correria que eu e Aquiles fizemos para deixar o local, decoração e convidados ao nosso gosto e bem estar. Infelizmente é o modo de se pensar hoje em dia: comentar, dar palpites e não ter um pouco de empatia. Mas posso garantir que conseguimos deixar tudo nos conformes e os detalhes ressaltaram a beleza dos nossos momentos juntos.

- Não acredito que você fez chá e separou uns filmes dos anos 70 e 80. - comenta Josiane entrando na minha cozinha americana.

- Eu avisei desde o início que eu não queria uma festa na minha despedida de solteira. - digo despejando o chá nas canecas das princesas.

- Branquela, é sério mesmo? O Aquiles talvez esteja numa boate de mulheres seminuas e você sem um gogoboy sarado? - viro para ela em choque com as suas palavras.

- O que você disse? - pergunto vendo-a ter a reação ao qual eu não esperava: ficar envergonhada e deslocada.

- O que eu disse? Não disse nada. - deu de ombros.

- Isso aí! O Dante e os meninos levaram o Aquiles para uma boate e vão fazê-lo encher aquela cara linda do pecado. - diz Helena entrando na cozinha sem cerimônia. - Agora você irá guardar esse momento de velha para uma outra ocasião e nós - ela entrelaça o braço no de Jô -, vamos fazer a melhor despedida de solteira pra você, meu amor!

- Eu tenho medo de vocês. - murmuro deixando o bule na pia e indo para a sala.

- O que houve? - pergunta minha mãe quando passo por ela sem responde-la indo em direção ao meu quarto.

Entrando no recinto, fecho a porta e a tranco. Meus sentimentos ficaram inseguros ao ouvir da minha irmã que o meu futuro marido está numa boate. Eu não deveria, eu sei que Aquiles e os homens junto dele não fariam nada de errado e nem induzi-lo ao erro, eu conheço Aquiles, ele não faria nada para me magoar. Mas e se...

- Briseis, abra a porta. Por favor. - minha irmã pedindo educadamente?

- Titia? - ah não, ela apelou pra Ariel?

- Queremos conversar com você, não é filha?

- É! Abi titia, abi! - só tem 1 ano e 5 meses e já está falando tanto! Que fofa! E quando menos espero, estou eu abrindo a porta e ver as duas belas criaturas: minha irmã cheia de postura da vitória e minha linda sobrinha em seu colo com as bochechas rosadas e olhos azuis brilhantes.

- Oi amorzinho. - digo derretida ao pegá-la do colo de Helena.

- Ótimo. - diz Helena aliviada para depois: - CONSEGUI! VEM GENTE! - sou quase derrubada em cima da minha mesinha de livros por causa do pequeno grupo de mulheres adentrando o meu quarto.

- Nossa, precisava entrarem assim? - pergunto me ajeitando na poltrona com Ariel em meu colo dando risada da pequena confusão.

- Não sabíamos se você iria fechar a porta rapidamente. - comenta Evelyn se ajeitando na ponta da cama de casal.

- Comigo aqui? Jamais! - diz Helena dando risada enquanto deita na cama.

- E eu tive que vir devagar por causa da Evelyn. - Jô explica ajudando a minha mais nova funcionária. Evelyn é três anos mas nova do que eu. Simpática, inteligente, bem humorada e nerd, amo o cabelo verde dela, mas semana passada ela teve uma pequeno acidente deixando-a com o pé mobilizado.

- Nem quero imaginar o estrago que seria se a Eve estivesse com o pé melhorado. - comenta minha sogra nos fazendo rir.

- Martha 1, eu iria explodir essa porta e não estaria ligando. - solta Jô dando risada.

Begins. - Livro único.Onde histórias criam vida. Descubra agora