Aquiles.
Briseis está muito estranha, ontem durante o dia estávamos bem mas quando passou a noite da saideira ela mudou, como se eu estivesse fazendo algo errado. Posso entender o choque dela ao me ver dar um gole na bebida de Dante o que eu me arrependo do meu ato, mas não só por Briseis, mas por mim, mas não adianta chorar pelo leite derramado.
Durante o café da manhã, nossas mães e Helena estavam com a pior ressaca do mundo ao ponto da refeição seguir em silêncio absoluto. Briseis ficou concentrada no seu prato cheio de frutas e eu fiquei nos beliscos no meu pão enquanto pensava no que tanto atormenta o pequeno ser que chamo de namorada.
Namorada... Briseis é definitivamente a minha namorada. Como pode em tão pouco tempo estar apaixonado por ela? Me sinto em uma ligação forte com ela, mas neste momento o sinal está fraco e eu estou me sentindo numa corda bamba. Olho mais uma vez para ela procurando respostas e infelizmente acabo obtendo um suspiro contido.
Tem alguma coisa que acontecendo e eu não estou percebendo.
- Bem, eu vou arrumar a minha bagunça. - diz ela levantando-se.
- Você mal comeu o seu melão. - comenta Martha 2.
- Estou sem fome.
- Isso é novidade. - brinca Dante arrancando um pouco do sorriso de Briseis.
- No almoço vou comer melhor, eu prometo.
- Acho bom. - diz Helena massageando as têmporas.
Briseis assente e sai do recinto indo para o seu pequeno quarto. Essa é a minha deixa. Me levanto e digo que estou satisfeito o que chama atenção de todos, mas Dante comenta algo ao meu favor. Agradeço mentalmente e me encaminho para o pequeno quarto de Briseis.
Bato uma vez e ela não me responde. Bato uma segunda vez e nada. Bato uma terceira vez... e nada. Dane-se, pego na maçaneta e giro para descobrir que está destrancada, o que me faz lembrar daquela noite que peguei Briseis numa posição de extrema excitação. Respiro fundo ao perceber que estou ali para saber o que há de errado com ela e não para lembrar de bons momentos.
Adentro o pequeno recinto e vejo Briseis de costas para mim, abaixada dobrando muitas roupas jogadas pelo chão. Ela está de fone! Por isso não me escutou bater na porta. Me aproximo mais dela e vejo que ela tem uma bela bunda, o que me lembra de uma coisa...
- AI! - grita ela ao sentir o impacto do meu tapa na sua bunda. Ela se vira e me encara incrédula. - O que você fez?
- Ora, eu devolvi o que fez dias atrás. - respondo sorrindo. Ela revira os olhos e volta a dobras as suas roupas. - Seu quarto é pequeno.
- É pequeno por causa da bagunça.
- Você tem muitas roupas.
- A culpa é da Helena e das nossas mães que quer me levar para fazer compras duas vezes na semana. - comenta ao guardar uma pilha de blusas e shorts. Meus olhos caem automaticamente numa sacola escancarada cheia de lingeries.
- Tenho certeza que há benefícios para tal ato. - indago me aproximando da sacola sem que Briseis perceba. Pego a sacola verde a tempo de ouvir.
- NÃO MEXA NISSO! - grita Briseis ficando pálida.
- Só estou curioso para saber o que há aqui dentro. - dou o meu melhor sorriso deixando Briseis vermelha.
- Isso é muito pessoal. - murmura tensa.
- Pessoal do tipo íntimo demais ou pessoal para nós dois?
- Er... - ela está encabulada!
- Isso me lembra o que você disse pra mim dentro do carro. - dou uma pausa e finjo pensar. - Hm... ah é, que havia algumas coisas para nós dois.
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Begins. - Livro único.
RomansaO que fazer quando precisa-se esquecer o passado, as decepções da vida e talvez um passado obscuro? Será que morar em outro continente pode ser uma boa ideia? Para Briséis foi uma boa solução e para o Aquiles? Briséis é uma menina doce, alegre e in...