Capítulo 26 💛

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Na semana seguinte eu estava com tudo pronto - planos, passaporte, documentos e as próprias suficientes para condenar Domminick para a prisão. A minha sorte é que não terei que mentir para Aquiles - em partes -, pois ele irá pegar o embarque para Roma horas antes de mim, é o que tenho ao meu favor por enquanto. Neste momento estou aproveitando que ele está ocupado tomando o seu banho matinal para ver onde ele irá se hospedar com Dante. Mexo em seu celular que a senha é bem óbvia, e leio as suas mensagens com o meu cunhado até achar o nome do hotel, feito isso, sigo a minha curiosidade e leio mais algumas coisinhas sobre o seu plano e meu Deus o que o Aquiles chama de plano eu diria que é homicídio! Ele tentará conversar com Domminick a sós e gravar a confissão dele? Levo um pequeno susto ao ouvir a porta do banheiro ser destrancada, bloqueio o seu celular e jogo dentro da sua mala de qualquer jeito - espero não ter trincado a tela do celular de Aquiles.

- Ei, que barulho foi esse?

- Que barulho? - pergunto fingindo demência.

- Um tilintar... você não ouviu? - pergunta enxugando a cabeleira castanho médio.

- Não. - dou de ombros arrumando meus cremes de cabelo na escrivaninha.

- Você está aprontando algo. - viro para ele e o vejo me analisando minimamente. Ai não, esse olhar não!

- Por que trancou a porta do banheiro? - fujo do assunto e vejo seus olhos azuis se suavizarem para logo em seguida suas bochechas tomarem a cor rubra.

- Privacidade.

- Essa palavra pra você não existe. Não quando estamos sozinhos nessa cabana. - rebato. Me aproximo dele e percebo que sua respiração está um pouco entrecortada e seus olhos dilatados. - Vejo que quem aprontou algo foi você. - murmuro perto de seus lábios.

- Você não tem como saber. - murmura ele semicerrando os olhos.

- Vamos ver. - digo e começo a rondá-lo. Observo seus ombros e costas. - Você está tenso, mas dá pra perceber que é de nervoso, o que quer dizer que você estava relaxado.

- Talvez seja porque eu esteja embarcando para uma viagem perigosa.

- É, talvez. Mas não significa trancar a porta do banheiro. - indago continuando a minha análise até a sua bunda. - O seu andar está mais leve e descontraído.

- Um bom banho relaxa qualquer um, Melorie. - diz ele soltando uma risada. Volto a rondá-lo e olho o seu tórax até a toalha envolvendo o seu paraíso.

- Não tem volume onde sempre tem. - digo apontando para sua ereção calma. Aquiles olha para onde estou apontando e depois me encara sem entender.

- E daí?

- Seja sincero, amor, como foi a experiência?

- O que? Que experiência? - solta incrédulo. Aquiles anda pelo quarto até as suas roupas.

- Ah qual é! É normal se masturbar. - vou atrás dele. Aquiles vira-se pra mim com a fisionomia fechada e eu sorriso maliciosa. - Foi excitante saber que você fez isso.

- Não irá acontecer de novo. - murmura.

- Peraí, já aconteceu antes? - pergunto boquiaberta. Aquiles rosna e me dá as costas, numa tomada investida, aplico um tapa na sua bunda, ele volta o rosto pra mim.

- MELORIE! - esbraveja andando nervosamente pelo quarto.

- Me conta tudo! Quando foi? - indago sem parar correndo atrás dele feito uma criança querendo doces.

- Não é a hora de contar isso. - diz ríspido enquanto colocava a cueca por baixo da toalha.

- Pensei que namorados contam tudo um para o outro. - faço muxoxo. Aquiles suspira forte e vira-se para mim.

Begins. - Livro único.Onde histórias criam vida. Descubra agora