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ARTHUR
Que ódio que eu fiquei daquela mulher, onde já se viu ela tirar a Tomtom daquele jeito dos MEUS braços. Eu estava puto, muito puto pra falar a verdade. Perdi até o rumo das coisas, nem sabia mais o que tinha que fazer, mais uma vez graças a deus a Pocah estava aqui, caso contrário eu teria colocado tudo a perder. Desde o segundo que a Antonella foi arrancada dos meus braços eu só tinha um único sentimento predominante no meu peito e era o da IMPOTÊNCIA. Eu só podia rezar e pedir para Deus que desse tudo certo o mais rápido possível ou então eu iria enlouquecer.
3 MESES DEPOIS....
Nesses meses que se passaram, Arthur correu feito um louco com toda a documentação para a adoção da Antonella. O loiro tinha os planos de conseguir a adoção da nenem a tempo de ela ter sua festinha de 1 ano porém não deu certo. Não vou negar que isso o frustrou porque eu estaria mentindo. Mas ele se manteve firme, nada e nem ninguém o faria desistir de sua filha e para te-la o mais rápido possível em seus braços ele faria de tudo. Enquanto a parte burocrática que não lhe cabia era preparada, Arthur se enfiava de 'cabeça' no trabalho para não enlouquecer. Os amigos, fãs e a família sabiam que estava acontecendo alguma coisa pois ele estava estranho, porém de nada adiantava, ele não contava nada, queria deixar se transformar em realidade antes de explanar para tudo e todos. No orfanato, a bebe sentia a falta do loiro, chegando até mesmo a ficar doentinha. Arthur por estar no processo de adoção da pequena, teve autorização do Juiz para fazer visitas e criar um vínculo com a Tomtom. Em uma dessas visitas, o loiro percebeu que a nenem estava diferente, febril e respirando diferente do normal. Sem nem pensar duas vezes, ele pega ela nos braços e parte com ela para o hospital mais próximo. Esse seu 'ato impensado' salvou a vida da princesa, sim ela estava tendo uma crise de asma forte. A relação de ambos era tão linda, quando era o dia da 'visita', Antonella só aceitava que Arthur cuidasse dela, chegando a muitas vezes fazer as tais 'birras' para ser atendida por ele. A assistente social olhava para eles com admiração, a cumplicidade e conexão que tinham mesmo com tão pouco tempo de convívio era de se emocionar. Seus primeiros passinhos? Somente o grandão teve a honra de presenciar ela se levantando e se segurando na parede, pegando confiança e indo até ele com 4 passinhos desajeitados e gargalhadas gostosas de se ouvirem de longe.
Os primeiros dias sem a nenem em sua casa, não foi fácil, quando havia ficado sozinho, somente ele e o Dummy, encontrou a chupeta dela caída no sofá junto com o cheirinho dela e foi com aqueles objetos que ele vinha dormindo para poder sentir seu cheirinho único. Enquanto a documentação corria, o grandão tratou logo de preparar a casa para quando sua nenem viesse de fato morar com ele. Desde a tela de proteção na sacada, a tapete emborrachado e até mesmo um quartinho para ela. Tudo estava pronto e a assistente social o parabenisou pela competência e dedicação para cuidar de tudo para que desse certo a adoção. Toda a documentação necessária estava em dia, até o curso que o Juizado exigia ele fez, curso de primeiros socorros também.
Tudo ia bem, até que uma simples ligação fez seu coração acelerar e ele derramar algumas lágrimas de felicidade.
- a adoção deu certo senhor Picoli. Hoje mesmo o senhor já pode ir buscar sua filha.
- obrigado meu deus - muito emocionado -
O grandão desliga a ligação as pressas, fecha seu apartamento o mais rápido que podia, pega o bebe conforto, arruma tudo certinho em seu carro e parte para o Orfanato. O caminho até lá parecia maior que o normal, ou seria a ansiedade? Enfim, cerca de 40 minutos depois ele entra no Orfanato mais uma vez. A diretora o recebe e o encaminha para a sala de espera já com os documentos da nenem e sua certidão de adoção em mãos.
Assim que a diretora chega, Antonella ve Arthur, abre um sorrisão banguelo e surpreende a todos os adultos falando do seu jeitinho...
- papapa - estica as os bracinhos e se joga para ele que a pega no colo e a enche de beijos -
