18 - Apoio

328 41 10
                                    

O caminho até Petrópolis é tranquilo, Carla e Pocah conversam amenidades para tentarem se acalmar. Ambas sabiam que iriam encontrar um Arthur desesperado, desnorteado e agora mais do que nunca precisavam acalmar ele para que pudessem ajudar a resolver o problema.




Algum tempo depois, as duas chegam ao hospital.
Entram sem se importar em serem reconhecidas.



P: nós queremos saber notícias da Antonella.

Enfermeira: Desculpa, mas não podemos dar informações....

P: eu não quero saber que vocês não podem falar nada.

C: é importante por favor.

Enfermeira: - respira fundo - tudo bem. Vou deixar vocês entrarem. Se der problema por favor....

C: não se preocupe, não vamos falar que foi você quem nos ajudou.

Enfermeira: obrigada.


A Enfermeira passa as informações necessárias e encaminha as duas para o quarto em que a pequena está.
As duas sobem as pressas.



Carla
Meu coração estava acelerado. Eu não sabia o que iria encontrar naquele quarto. Não sabia se o Arthur me culpava pela revelação da Tomtom ou não.
Pocah estava agoniada também. Seu olhar dizia tudo.
Assim que entramos no quarto, a cena que vimos me derrubou completamente.
A Tomtom tava dormindo toda enrolada no Arthur.
Sim, Arthur estava dormindo num canto minúsculo da cama do hospital pra dar todo o conforto pra bebe dormir em seu peito e agarrada nele.
Eu e a Pocah entramos de vagar, sem fazer qualquer barulho. Tratamos de colocar as coisas deles num cantinho e nos sentarmos no sofá a espera de que um dos dois acorde.



......



A: Pocah... Carla? - acorda ainda atordoado -

P: migo. O que aconteceu? - vai até ele e o abraça -

A: Eu tive tanto medo Pocah 😭. Ela nunca teve uma crise como essa.

P: explica.

A: Porque você veio - na defensiva e olha para Carla -

C: eu fiquei preocupada com o seu sumisso Arthur.... - abaixa a cabeça -

A: Desculpa....

C: Tá tudo bem.

A: nós estávamos assistindo o desenho favorito dela quando a senti molinha nos meus braços. Mas não era o molinha como representava quando ela estava dormindo. - tentando se acalmar - tava diferente. Até que senti os batimentos dela bem fraquinhos, busquei a bombinha e fiz. Mas nada adiantava, ela ficava oscilando em fechar ou abrir os olhinhos e puxando com muita força o ar. Eu não sabia mais o que fazer Pocah. Já tinha dado o remédio, fiz a bombinha e até nebulização e nada.

Pocah e Carla: 😱

A: foi quando vim pra cá as pressas e ela estava com a saturação muito baixa. E agora só com o soro e o remédio na veia que está fazendo efeito. - se senta na cama cansado -

P: meu deus migo.

C: eu sinto muito Arthur.

A: Eu me senti um bosta por não saber o que fazer pra acudir a minha filha. Ela chorando desesperada sem conseguir respirar direito, me pedindo colo e nada do que tínhamos que fazer dava certo.

P: mas agora tá tudo bem migo. A baixinha já está se recuperando.

C: logo logo ela vai estar chamando pelo papai gandao dela.

A: - rindo - saudades de escutar sua voz me chamando assim.

P: ela está dormindo a muito tempo?

A: desde as 6h da manhã.

C: Agora é 10h da manhã.

P: Vocês não dormiram nada a noite né?

A: não. Entre as crises, os choros, o desespero, ela vomitando e a febre, ela conseguiu dormir mesmo as 6h da manhã. Toda vez que eu tento sair, ela acorda aos gritos me chamando. - faz carinho nos cabelos da filha e a cobre -

C: Arthú...

A: oi...

C: eu quero que você saiba que eu não tive nada a ver com a revelação da Tomtom okay.

A: Eu acredito em você Ca, não devia, mas acredito.

Toda Forma De Amar Onde histórias criam vida. Descubra agora