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LÍVIA BECKER

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LÍVIA BECKER

Hoje é o dia da minha terapia, acordei às 08:30 da manhã depois de "longas" 2 horas de sono.

Visto um short jeans básico e coloco um moletom preto por cima.

Meus pais me levam de carro até lá, eu estava bastante nervosa com essa consulta, vai ser a primeira vez durante esses anos que eu vou contar para alguém o que eu realmente passei.

Chegamos no consultório é um lugar bem bonito e aconchegante, se passa uns 5 minutos até que a médica chama o meu nome.

Entro na sala e vejo a médica sentada em uma poltrona com meu prontuário em suas mãos.

—Pode se sentar Lívia — Me sento no sofá que está na frente da poltrona onde elas está — Olhando o seu prontuário percebo que foi encaminhada para cá pois teve uma tentativa de suicídio, certo? — assinto com a cabeça — Mas não é do seu prontuário que iremos falar. Por que você realmente está aqui Lívia?

—Eu tentei acabar com minha dor, então tentei suicídio.

—Sim, mas por que?

—Você quer saber o motivo de eu ter feito aquilo?

—Quero que você fale o que se passou na sa mente naquele momento.

—Ok. Eu só pensava em acabar com minha dor naquele momento, eu não aguentava mais.

—Isso tem haver com esses machucados em seu pescoço? — merda.

—Sim.

—Ok — ela anota algo em seu caderno — eu fiquei sabendo que você namora com Rafe Cameron, certo?

—Namorava.

—É sim, namorava, pode me falar mais sobre ele por favor? Como tudo começou entre vocês dois, até resultar nesse término.

—Eu conheci Rafe quando eu tinha 13 anos, e fui fazer um trabalho na casa da irmã dele, Sarah Cameron, na época ele tinha 16 anos, nós não nos falamos muito esse dia mas aí eu virei amiga da Sarah e nós sempre estávamos juntas e sempre que eu ia na sua casa ele estava lá, até que ele pediu meu número, nós ficamos conversando por 2 meses até que a gente ficou pela primeira vez, nossa aquilo foi incrível, a gente começou a ficar, mas nada sério.

—Seus pais sabiam?

—Ainda não.

—Ok, pode continuar.

—Ai ele fez 17 anos e depois de 1 mês eu fiz 14, nós ficavamos sempre que podíamos.
Aí no dia 07/10 ele me pediu em namoro, e eu aceitei né, eu gostava muito dele, aquele dia foi incrível, no mesmo dia ele foi na minha casa falar com meus pais, eles ficaram meio receosos com esse namoro pela nossa idade, mas depois acabaram aceitando.
No nosso segundo mês namorando, Rafe me levou para a cidade, nós fomos em um dos restaurantes mais caro  da Carolina do Norte, aquele dia foi perfeito, depois do jantar eu tive a minha primeira relação sexual, aquilo pra mim foi incrível, não somente porque eu tinha perdido minha virgindade, mas sim porque eu tinha perdido com quem amava.

—Ok.

—Ai eu fiz 15 e ele fez seus 18 anos, nós estávamos muito felizes, as vezes tínhamos algumas discussões mas nada demais.
Aí no ano passado com já 2 anos de namoro, as brigas começaram a aparecer, ainda não eram tantas, mas esse ano tudo piorou, em Janeiro, ele começou a controlar as roupas que eu usava, de uma forma não tão aparente, tanto que eu não enxergava que ele estava querendo controlar minha vida, eu via como se ele me amasse tanto que se preocupava demais.
Em Fevereiro ele começou a falar mal dos meus pais e dos meu amigos, ele não queria que eu saísse mais com eles.

—E seus pais, eles sabiam disso?

—Meus pais sempre me alertaram sobre o Rafe, mas eu era apenas uma burra apaixonada e não ouvia o que eles me diziam.

—Compreendo.

—As brigas começaram a se tornar rotina na nossa vida, então eu comecei a me machucar para descontar o que eu estava sentindo, aquilo me aliviou muitas vezes.

Em alguns momentos que eu falava percebi a psiquiatra anotando em seu caderno.

—As discussões e agressões psicológicas não pararam, no meu primeiro dia das férias de verão, nós fomos para uma festa e um cara chegou em mim, para ficar comigo, e Rafe surtou ele me levou para o carro e começou a apertar o meu braço e ficava me chamando de vadia, 'vadia' eu acho que essa é a palavra que ele mais fala quando está irritado.

Naquele momento eu já estava chorando muito e então a médica me entregou uns lenços.

—Nesse dia eu chorei muito, eu acho que nem consegui dormir, aí no outro dia de manhã Rafe bate na minha porta com flores e me pedi desculpas, e eu, aceitei, EU ACEITEI A PORRA DESSAS DESCULPAS — eu falo mais alto, chorando. — porra, um tempinho depois eu descobri que Rafe tinha voltado a cheirar cocaína ou não tinha nem parado né.

—Livia se você não quiser continuar hoje tá tudo bem, nós podemos falar disso outro dia.

—Não, tá tudo bem, eu consigo. Daqui pra frente as nossas brigas aumentaram muito, era sempre ele se irritava com algo que eu fazia e então ele gritava comigo ou até me batia, no início da consulta você perguntou se esses hematomas tinham haver com o que eu tentei fazer, e sim tem, o Rafe os fez, na nossa última briga antes da minha tentativa, nós tínhamos acabado de voltar da praia, um amigo meu tinha me convidado para ir para o lado sul da ilha com nossos amigos, porém Rafe não gosta deles e então ele ficou muito irritado, ele me levou para casa de carro e quando chegamos na frente da minha casa ele travou a porta do carro e começou a me xingar até que ele me deu um tapa no rosto.
Eu cheguei em casa chorando e fui para o meu quarto e fiquei pensando em tudo o que ele já tinha feito, estava doendo muito e eu não aguentei né, eu tomei uns remédios e cortei meus pulsos.

[...]

—Bom, este é o tempo que temos esta semana.

—Desculpe se foi muita coisa.

—Você nunca precisa se desculpar comigo — dou um sorriso.

—Obrigada

—Sei que foi a sua primeira sessão. Você não queria vir, mas foi bom ter vindo, espero que tenha gostado. Seja paciente com você

—Obrigada

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—Estão gostando?

—Me desculpa se tiver qualquer erro ortográfico, nessa semana começa o meu curso então eu estou tentando fazer o máximo de capítulo no final de semana, para conseguir postar durante a semana, então estou meio sem tempo para revisar com calma os capítulos.

—Até o próximo ❤️

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