2ª T Capítulo 15 - S/n

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Nota da autora: O capítulo de hoje é triste, mas vocês poderão entender um pouco melhor o Jungkook e o motivo pelo qual ele tem um apego tão grande à S/n.
Espero q gostem. 🥰
Aproveitem a calmaria pq a tempestade chega amanhã. 😅😬
Beijos e boa leitura. 💜

Eu mal consegui acreditar quando o Jungkook me disse que a mãe dele havia morrido. Se era difícil para mim aceitar, eu imagino como estava sendo para ele. Jungkook olhava para o meu rosto sem piscar, como se eu pudesse mudar alguma coisa, não soube explicar aquele olhar. Segurei a sua mão com mais força e perguntei:

— Como aconteceu? Ela estava doente? – ele negou.

— Meu pai disse que ela teve um ataque cardíaco, foi de repente. – ele passou as mãos no cabelo num gesto claro de nervosismo. – Os médicos não tiveram tempo de fazer nada. – Jungkook não estava chorando, ele parecia em choque.

— Eu sinto muito. – falei me sentando ao seu lado e o abraçando fortemente. Seu corpo relaxou por alguns instantes, mas ele logo voltou a ficar tenso e se levantou.

— Eu preciso ir, o meu pai disse que mandaria um e-mail com as informações sobre o translado do corpo da minha mãe e com as providências que eu devo tomar. Também tenho que dar a notícia para uma lista que ele vai me enviar. – ele estava encarando aquilo tão friamente que eu, imediatamente, fiquei preocupada. Eu conhecia o Jungkook muito bem e sabia que aquilo era só um meio dele se proteger da dor.

— Eu vou com você, temos que avisar ao meu pai também. – disse me levantando rapidamente.

— Não precisa, você ainda nem dormiu. Eu posso lidar com isso, S/n. E também não há necessidade de acordar o seu pai com esta notícia, mais tarde eu ligo para ele. – Jungkook andava de um lado para outro na sala de estar.

— Não vou deixar você passar por isso sozinho. – falei olhando em seus olhos. – Cinco minutos para eu trocar de roupa. – ele ameaçou dizer alguma coisa, mas depois assentiu devagar e se sentou novamente no sofá.

Corri até o meu quarto e peguei o primeiro vestido que vi, era azul marinho que condizia bem com a situação. O vesti muito rápido e prendi o meu cabelo num rabo de cavalo, calcei os meus tênis e arrumei as coisas na bolsa, pegando o meu celular, carteira e todo o resto. Demorei pouco mais de cinco minutos, mas não passei de dez. Saí apressada do quarto e vi que o Jungkook repousava a cabeça no encosto do sofá e fitava o teto. Senti o meu coração apertar ao notar a sua expressão triste, mas contida. Me aproximei devagar e segurei a sua mão, ele olhou para mim e esboçou um sorriso.

— Está linda. – ele falou enquanto se levantava.

— Obrigada. – permaneci segurando a sua mão. Queria protege-lo, era um sentimento mais forte do que eu. – Vamos? – ele concordou. – Tem certeza de que não quer avisar ao meu pai agora? – Jungkook negou.

— Deixa ele acordar primeiro, não quero contar assim. – eu assenti.

Saímos da casa ainda de mãos dadas e o Jungkook a segurava apertado, como se não quisesse que eu o soltasse. Entramos no seu carro e fomos para a sua casa. No caminho, ele não disse uma única palavra, só negava ou confirmava aquilo que eu dizia e mantinha a minha mão dentro da sua quase o tempo todo. Entramos num condomínio uns quinze minutos depois. Eu não conhecia aquele local, nunca havia estado ali. Era um lugar arborizado e cheio de casas lindas. Entramos na garagem da casa mais afastadas de todas, era bem bonita, toda pintada de branco, com portas e janelas em madeira escura, um verdadeiro encanto. Mas algo ali era estranho, frio e sem vida, não sei bem explicar. Saltei do carro e me dirigi à porta da frente, fui seguindo o Jungkook, mas ele parou de repente e se virou para mim.

Não É Fácil Amar Você! - Jeon JungkookOnde histórias criam vida. Descubra agora