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Estamos em uma sala chique, num prédio mais chique ainda em Nova York

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Estamos em uma sala chique, num prédio mais chique ainda em Nova York.

Eu nunca viajei tanto assim de um lugar para o outro como agora, em constante corrida contra o tempo. Michael parecia radiante em sua grande vitória pessoal, sendo incapaz de controlar suas mãos que corriam nervosas pelo terno o tempo todo.

- Michael! - uma mulher mais velha entra na sala, usava um terninho chique e com aqueles dois C's zinhos famosos adornando a costura dele.

- Donna, que bom ver você. - ele a cumprimenta, se debruçando sobre a mesa. - Tudo pronto? Esta é a Mallory, minha noiva.

Nós concordamos - depois de muito discordar, que o melhor é fingirmos já estar em um relacionamento até mesmo para os advogados. Vamos manter toda a história original, mas que antes disso, de perdermos contato e da minha gravidez, já rolava um interesse oculto de ambas as partes toda vez que Michael viajava para Las Vegas à trabalho. Como se sempre tivéssemos um casinho, mas nunca nos assumíssemos até então.

- É um prazer Mallory. - com um meneio gentil, ela se senta, deposita a pasta na mesa e a abre, tirando de dentro dela uma caneta cara e um calhamaço de papéis. - Vamos ao que interessa então? O contrato está pronto, pré-nupcial. Aqui diz que você, Michael, cederá todos os bens de forma igual para Mallory após o casamento, e que você, Mallory, irá se responsabilizar por administrá-los como sócia assim como os Corleone.

- Isso é mesmo necessário? - murmuro, desconfortável. - Essas coisas todas me deixam nervosa, desculpe.

- Não há nada para pedir desculpa, Mallory, está tudo bem. - ela ri, ajeitando o cabelo platinado e curtinho. - É mera formalidade, apenas para garantir que o filho de vocês tenha direitos plenos sobre o negócio e os bens da família Corleone.

- Podemos adicionar uma cláusula específica pra isso? - perguntei, erguendo o olhar pra ela por um segundo. - Que eu não tenho direito de nada, que só posso administrar esses bens visando o melhor para o bebê?

Parecendo surpresa pela pergunta, e igualmente Michael, Donna escreve algo no canto da folha e a bota de volta na pasta.

- Mas é claro, podemos fazer isso sim. É uma alteração simples, devo trazê-la de volta na semana que vem. - se colocando de pés novamente, Donna ajusta o terninho. - Depois que eu voltar das Maldivas, a gente também precisa viver um pouco.

Michael e ela trocam risadinhas, e se despedem em seguida.

- Como isso vai ser? - bufo, jogando um fio de cabelo rebelde para o lado.

- Vamos assinar os papéis e pronto, estaremos casados. - ele me responde, observando a cidade através da janela. - Você se muda pra minha casa, passa a ser minha esposa. Vai ser normal.

- Me mudar pra sua casa? - arqueio as sobrancelhas. - Isso não está em discussão. Eu não vou pra casa de um estranho.

- Mallory, somos pais de uma criança que você está carregando. - Michael se vira, abrindo os braços e as palmas das mãos. - Acho que deixei de ser um estranho faz tempo.

Contrato: mãe por escolha ✔️Onde histórias criam vida. Descubra agora