LIVRO 01
Um casinho em uma noite sórdida com um homem sedutor deveria terminar em ambos seguindo cada um a sua vida. Desde os primórdios da humanidade duas pessoas com desesperança e desejo se encontram e, deste encontro, surge uma história única qu...
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Por onde anda a escritora que conquistou o coração da mulher americana? Haveria uma crise no paraíso?
Mallory Corleone, a rainha da literatura erótica, desapareceu da mídia depois da morte precoce do filho primogênito do casal. Recém-casada, à época, com o empresário bilionário Michael Corleone, os dois tiveram uma tragédia insuperável atingindo-os ainda logo após o primeiro mês de cerimônia.
Não se tiveram mais notícias de ambos juntos desde que a cerimônia privada de sepultamento do filho foi realizada na casa de praia da família Corleone nos Hamptons no dia 30 daquele mesmo mês. Paparazzi flagraram o empresário diversas vezes nas janelas afastadas da casa de praia, porém não a escritora.
Seria esse o fim trágico de um amor que pareceu quase inspirar a América?
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- Eu quero que processem esse jornalzinho de merda! - grito, jogando o rolo de papel amassado contra a parede de vidro do meu escritório.
Eu havia lido aquela notícia enquanto tomava o café mais amargo da minha vida e apertava a xícara com tanta força que seria possível parti-la. A mesma agora jazia espatifada no lado oposto do jornal, havia uma borra de café sujando o tapete cinza-escuro e cacos para todo lado que alguém que não seria eu limparia depois.
- Chefe, calma. - Louis, meu advogado, ergue as mãos em sinal de paz.
- Calma?! - continuo exaltado, chutando uma lata de lixo e socando a superfície da mesa com raiva. - Olha isso! Olha esse absurdo aqui, escrito nessa merda do caralho! - busco o jornal na força do ódio, abrindo-o e brandindo suas páginas na direção de Louis. - Olha o jeito que estão falando do meu filho, do meu casamento. Isso é inadmissível.
- Michael, respire fundo, ok? - ele tenta me acalmar, se aproximando com cuidado. - Meus associados já estão em contato com o jornal, eles vão ser razoáveis.
- Meu Deus, que mundo é esse? - aperto minhas têmporas, zonzo pela ofensa que foi ter lido tudo aquilo. - Como podem ser tão abutres? Noticiando coisas maldosas desse tipo sobre mim e a minha família, isso é desumano.
