LIVRO 01
Um casinho em uma noite sórdida com um homem sedutor deveria terminar em ambos seguindo cada um a sua vida. Desde os primórdios da humanidade duas pessoas com desesperança e desejo se encontram e, deste encontro, surge uma história única qu...
But the prettiest sight to see is the holly that will be
On your own front door."
Michael Bublé
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- Tá faltando aqui, ó.
Coloco mais uma bola vermelha entre os galhos do pinheiro recém comprado e montado bem no meio da nossa sala de estar. Era uma árvore vistosa, de ramos verdinhos e cheios, madeira escura que parecia ser firme e forte em vida, com indícios de que pequenas pinhas poderiam se pendurar em seus galhos um dia e um topo glorioso para perdurarmos uma estrela em sua ponta.
- Ficou o máximo. - Michael ajeita os embrulhos debaixo da mesma, umedecendo os lábios enquanto calculava milimetricamente o ângulo que gostaria que os mesmos ficassem. - É a melhor árvore de natal do mundo.
- Você é bem competitivo, né? - ri, passando pisca-piscas brancos ao redor dos galhos do pinheiro.
- Sou realista. - ele passa a mãos pelos cabelos levemente compridos, tão diferentes de como estavam ao início da nossa empreitada. - Gosto de fazer criancinhas chorarem no café da manhã.
- Imagino mesmo que deve ser assim. - arqueio uma sobrancelha, sentindo-o me abraçar por trás. - Vai me mandar de volta pro calabouço agora, mestre?
- Ah, boa pergunta minha prisioneira. - seu nariz passa por meu pescoço, causando arrepios leves por meu corpo. - Por mais que eu goste de ouvir você me chamando assim, acho que não posso ficar de pau duro agora. Minha mãe chamou a gente pra almoçar.
- Meu senhor, Michael! - fico vermelha, arfando. - Como pode me dizer coisas assim?
- Eu sei que sirvo de inspiração pra você, sou sua musa. - Michael se afasta, jogando dois joinhas na minha direção. - Não sinta muita a minha falta, Leonardo, em breve voltarei a te inspirar ainda mais.
- Estou mais pra mestre Splinter do que pra Da Vinci agora. - cocei meu queixo, rolando os olhos.
- Ei, eu achava o máximo a ideia de ser uma tartaruga ninja quando era menor. - seus braços e pernas fazem movimentos totalmente desajeitados e desconexos de um lado para o outro enquanto fazia sonzinhos com a boca imitando um ninja. - Meu favorito era o Michelangelo.
- A sua personalidade combina com a dele. - ri, mordendo o lábio inferior.
- Ah, é?
Michael dá um pulo e chega perto de mim outra vez, me agarrando e me dando um belo beijão gostoso e molhado, de fazer tremer as pernas mesmo.
- E aí? Senhorita Michelangelo. - sua voz é rouca ao se afastar de mim, segurando ao final o meu lábio inferior com ternura. - Combina mesmo ou não?
