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A mensagem de Tristan fez o meu ânimo descer pelo ralo

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A mensagem de Tristan fez o meu ânimo descer pelo ralo.

Eu tremia como uma vara verde ao lê-la e relê-la várias vezes, jogando água em meu rosto diversas vezes ao respirar fundo. Quanto tempo eu havia sonhado com aquilo? Quantas noites eu passei chorando depois que ele terminou comigo por sermos diferentes demais? Eu havia me torcido e retorcido para me encaixar em sua vida, no seu ideal de mulher, dei tudo que tinha pra oferecer e então fui descartada quando quis dar o próximo passo.

"- Você nunca vai ser bem-sucedida fazendo isso, Mallory! Acorda pra vida, chega de sonhar. - disse ele, jogando minha carreira de escritora pelo ralo como algo sem valor."

Ele tinha um doutorado, uma mente brilhante e planos ambiciosos para seu futuro. E eu não fazia parte dele.

Pensar nele e em como eu desejei que aquilo acontecesse fazia meu estômago revirar agora, eu só o via como um grande idiota egocêntrico e nada mais. Não sentia um pingo de empatia por ele e me julguei silenciosamente por isso, como eu podia ter um coração tão ruim e quase deixar essas coisas escaparem em voz alta? Não sei. Eu só tenho certeza de que me dá vontade de vomitar só de ver a imagem distorcida do rosto dele na minha mente.

- Quê estranho... - murmuro, vendo uma cor avermelhada no papel higiênico ao me limpar.

Voltei pra festa depois de alisar meia hora minha barriga em frente ao espelho, orgulhosa de mim mesma. Não via a hora do mês seguinte chegar, de tê-lo em meus braços. Saí do banheiro e encontrei todos quase apagados no sofá enquanto um jogo de futebol passava na televisão, cobrindo-os com uma manta que achei em um dos quartos de hóspedes. Eu mesma não resisti com essa dor maldita que me assolava e me joguei entre Michael e o braço do grande e confortável sofá, me aconchegando e buscando segurança depois de me sentir tão merda.

Quando despertamos, eu e ele juntos, já era noite e os pisca-piscas da árvore de natal iluminavam o nosso redor de modo tímido. Michael tinha os olhos pequenos e sonolentos, bocejando e coçando a bochecha ao afundar seu rosto em meu peito. 

- Que horas são? - pede ele, bocejando novamente.

- Oito e meia. - respondo-lhe, esfregando meus próprios olhos.

- Vamos fazer algo com sua família? - sua voz é baixinha, preguiçosa. 

- Não, nós não seguimos tradição nenhuma. - me espreguiço, bocejando também. - Minha mãe fez parte de uma seita maluca uma vez e a moda pegou lá em casa.

- Eita. - Michael se endireita lentamente, piscando várias vezes. - Bora pra casa então?

- Sim, estou louca pra tomar um bainho. - faço um bico, sendo levantada com sua ajuda. - E eles?

- Pode deixar dormindo, vai até amanhã de manhã agora. - fala Michael, rindo. - Os dois tem sono pesado.

- Eu deixei tudo pronto no banho

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- Eu deixei tudo pronto no banho. 

Guio uma Mallory preguiçosa até o banheiro de olhos cobertos pelas minhas mãos, abrindo-os somente quando chegamos.

- Ah, não. - ela arfa, se virando pra mim. - Eu amei.

Sorri ao vê-la gostar da surpresa, onde haviam pétalas de rosa pelo chão, velas aromáticas acesas perfumando o ambiente e sais de banho na água convidativa ali represada.

- Vou deixar você relaxar tranquilinha, você merece. - beijo-a de leve, erguendo uma taça na direção dela. - Suco de uva, o mais fino que existe, para minha esposa querida.

- Ora, ora. - sua voz fica baixa e antes que eu possa raciocinar o roupão de Mallory foi parar no chão em um lento strip-tease. - Eu também tenho uma surpresa pra você, esposo querido.

- Sério? - me atropelo nas sílabas, babando com aquela visão dela entrando na banheira grande o suficiente para nós dois. 

Seu dedo indicador me chama e eu faço meu próprio roupão voar, indo parar atrás dela em um piscar de olhos.

Eu levanto seu cabelo e o prendo em um coque - o melhor que consegui fazer, pegando um óleo essencial de framboesa - indicação da moça da loja de óleos, e passando-o nos ombros dela ao iniciar uma massagem relaxante. Mallory se delicia com isso a cada força moderada que eu aplico com prazer, alisando-a com meus polegares de modo firme e calculado. Por mais que eu já esteja animado, foco nela e no que queria que ela sentisse.

Massageio seu pescoço, suas costas, sua barriga - com cuidado, os braços e mãos.

- Faz assim em outro lugar. - murmura ela quando eu, sem querer, roço em seus seios e os sinto alegres ao me verem por ali. 

- Sim senhora. - sussurro em seu ouvido, sentindo meu cérebro explodir de alegria ao ouvi-la falar comigo daquele jeito.

- Isso, eu gosto assim. - um sorriso sacana se desenha em seus lábios quando ela se encosta em meu peito e abre as pernas para que minhas mãos pudessem passas livremente por entre elas.

Primeiro eu começo rápido, mas carinhoso, apenas para fazê-la se aquecer para o que estaria por vir. Passo então a fazer movimentos mais ritmados com os quatro principais dedos, apoiado o dedão em sua pelve, e também mais lentos. Queria que fosse tudo delicado, que fosse no timing certo para que ela não se sentisse como se eu estivesse tocando um solo de heavy metal. Ela era uma harpa, e eu tinha que fazer aqueles sons saírem perfeitos dela, angelicais.

Suas pernas sofrem com alguns espasmos involuntários, tentando escapar de mim.

Não permitindo, faço o que ela tanto gosta e uso a mão esquerda para pegar em seu pescoço e pressioná-la ainda mais contra mim. Seus suspiros continuam de modo sinfônico, presenteando-me com seu prazer. Mesmo que suas pernas se fechem entre meus dedos, eu continuo, centralizando toda a minha intenção nas pontas dos dedos ao adentrá-la sem vergonha alguma e manter o dedo indicador focado em seu ponto de prazer.

- Aí, merda. - arfa ela, gemendo alto. - Michael.

Mesmo que seja um momento só dela, ainda sim agradeço sua bondade em me dar o prazer de ouvir sua voz chamar por meu nome, honrado. 

Se sua cabeça estava delirando, quem dirá a minha. Conforme ela ia se tornando ainda mais ofegante, mais eu sentia meus dedos tornarem-se úmidos - e isso que estávamos debaixo d'água fazendo aquilo. Mallory não precisou fazer nada para que eu mesmo a acompanhasse, tamanho era o magnetismo de seu olhar ao me fitar com a cabeça inclinada e os lábios entreabertos sussurrando sacanagens.

Eu nada consigo fazer, apenas apoiar a cabeça na parede fria atrás de mim, respirando de modo entrecortado quando finalmente terminamos.

- Michael... O quê foi isso? - Mallory pergunta baixinho e de voz esganiçada, parecendo tão atordoada quanto eu. 

- Não sei, não pergunta. - ri, apertando meus olhos com força. - Presente de natal?

- Nossa... - ela continua respirando de modo ofegante, descansando em meu peito. - Eu nem sei como ter forças pra retribuir isso agora.

- Não precisa, já fez tudo que era necessário. - olho-a com malícia, vendo Mallory devolver o olhar na mesma intensidade.

- Sério?

- Sério. - respondo, vendo-a morder o lábio inferior.

- Agora eu quero mais.

Contrato: mãe por escolha ✔️Onde histórias criam vida. Descubra agora