Eu sou a Supergirl!

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Em algum lugar do mundo, havia uma cidade chamada National City, que guardava vários cidadãos com sonhos gigantescos, porém também alvos de vários ataques recorrentes. Suas cidades vizinhas possuíam tentativas de crimes também, mas cada uma tinha alguém para combater os crimes. Conhecidos como Flash, Arqueiro Verde, Batman e até um Superman. Só que todos eram muito ocupados para ajudar essa outra cidade. Então, era considerada a mais perigosa do continente. Só a polícia não dava conta e muitos oficiais trabalhavam também com os próprios criminosos. Exceto por Kara Danvers, a irmã mais nova da maior agente do DOE, Alex Danvers. Aos seus 26 anos conseguiu se tornar a capitã da polícia local e fazia o máximo para ser extremamente culta e justa. Sempre prendia os que merecessem fazendo-os pagar como merecessem. Amava sua profissão, apesar de muitas vezes ter corrido sério risco de morte. Ainda assim, vivia por sua profissão. Com a família, era adorável. Sempre cuidava de seus pais que a amavam muito. E sua irmã era sua melhor amiga, apesar de suas opiniões totalmente diferentes causarem algumas discussões entre elas em alguns momentos. Desde adolescente, não tinha nenhum amigo fora de sua família. Tinha alguns problemas em interagir com as pessoas de forma geral e a maioria dos homens a achava muito bruta devido ao forte corpo que possuía, com os músculos bem definidos. Ou, porque tinham medo pelo simples fato de ela ser uma excelente policial. Mas sua solidão começou apenas na adolescência, porque quando criança ela tinha uma amiga. Nunca foi boa para fazer amigos nem se enturmar em algum lugar na sociedade. Mas essa sua amiga era bastante comunicativa. Só por isso que as duas se tornaram inseparáveis. Brincavam juntas, comiam juntas, dormiam juntas, sorriam juntas... Eram como duas irmãs. O sonho de Lena, sua amiga, uma garotinha linda morena de olhos esverdeados, era um sonho bem mais simples de explicar que o de Kara.

"Quero um dia poder mudar o mundo. Fazer dele um lugar melhor para se viver. Esse é o meu sonho". Simples assim, como ela dizia. Mas na prática não era tão fácil quanto ela pensava.

Infelizmente, quando ambas completaram doze anos, os pais de Lena precisaram sair da cidade, por motivos que até hoje não sabia quais eram. Mas de toda forma, nenhuma das duas poderia impedir sua separação. Nessa idade, seus hormônios estavam confundindo todos os sentimentos das duas. Acabaram sentindo-se atraídas uma pela outra e no dia de sua despedida, acabaram se beijando pela primeira vez. Depois desse dia, nunca mais se viram. Sofreram um longo tempo por causa dessa separação, mas quando realmente cresceram e suas cabeças estavam focadas em algum objetivo concreto, além de começarem a pensar com a responsabilidade de duas adultas, acabaram esquecendo uma da outra. Não completamente, pois é impossível esquecer uma amizade tão forte. Simplesmente conseguiram passar por cima da dor e viver normalmente mais uma vez. Acontece que a vida de Kara ficou sem graça, tediosa e repetitiva. Ter pais que te amam é maravilhosamente bom. Uma irmã que a apoiava, melhor ainda. Um emprego que a mantenha feliz, também. Mas todo ser humano precisa ter amigos e ela havia se separado da sua única, então nem tinha vida social fora do trabalho. Todo dia a mesma coisa, alguns bandidos, alguns bêbados que apareciam gritando no distrito... Emergências de madrugada... Acabou perdendo o ânimo para trabalhar e viver. No começo, era uma alegria. A cada ato feito, era uma enorme empolgação, um sentimento de poder e felicidade. Mas agora ficou pior que uma rotina. Assistia televisão, ouvia músicas e andava na rua de cabeça baixa, procurando algum motivo para se animar.

Atualmente, estava ocorrendo uma onda de crimes contra o governo e algumas entidades importantes. Líderes religiosos em geral, governadores e membros da embaixada, médicos, advogados, juízes e pessoas que possuíam certa influência eram assassinados. Mas nunca ninguém descobriu quem fazia isso. A única pista que o assassino deixava era a marca de faca com um número em sequência e a primeira letra de seu nome. Foram mortos até alguns membros da polícia, detetives e oficiais. Kara se sentiu encarregada de resolver esse curioso caso. Todos se sentiam, de todos os departamentos, pois não sabiam quem seria a próxima vítima. Nem a análise comportamental conseguiu achar alguma relação com cada um. Apenas que todos possuíam crimes encobertos em algum momento de suas vidas.

I'll be watching you (Supercorp)Onde histórias criam vida. Descubra agora