Enquanto a capitã Kara ficou investigando e procurando mais pistas sobre o serial killer que aterrorizava sua cidade, ela mandou Sara numa missão especial. Foi até a prefeitura e aguardou na recepção após solicitar à secretária de Ava para ter um momento de conversa com sua esposa.
-MAMÃE! – e foi surpreendida por sua filha correndo e lhe dando um abraço bem forte, pulando em seu colo.
-Laurel! Minha menininha! Está no trabalho da mamãe? O que você está fazendo aqui, sua danada?
-Hoje foi o dia de trazer o filho pro trabalho, meu amor. – Ava finalmente abriu a porta e recebeu sua esposa com um beijo apaixonado. – Esqueci de te contar ontem e estava tão cansada... Não quis te perturbar.
-Você sabe que você nunca perturba... – ela sorriu. – Laurel meu amor, o que acha de ir brincar um pouquinho com os amigos que fez hoje? Depois vamos tomar um sorvete hoje à noite, só nós três!
-OBA! Tá bom mamães! Eu já volto!
-Amor! Doce de noite? Vai deixar a menina agitada logo na hora de dormir. Se ela tem nossos dois genes, vai ser uma pilha e a gente precisa manter todos os horários certinhos dela pra dar tudo certo na escola e deixar que ela faça todas as tarefas da lista... – Sara então a interrompeu com mais um beijo.
-Amor, você sabe que eu te amo e amo suas listas, né? Mas não tem problema sair da rotina às vezes. A gente nunca nem teve uma na época da Waverider, lembra? – elas sorriram.
-Foi uma época louca mesmo. Eu sinto falta às vezes.
-Eu também. Não esquece, quarta-feira tem reunião com as lendas.
-Eu nunca esqueceria. Mas então... Não que eu não tenha gostado, mas... O que te traz no gabinete da prefeita?
-Vamos entrar e eu te conto tudo.
Sara de fato explicou o que estava acontecendo entre o distrito e o DOE e obviamente Ava ficou surpresa e revoltada com o que ouviu. Agentes que usavam TORTURA como método de interrogatório? Aquilo era totalmente inaceitável. Mesmo o pior dos criminosos, mesmo o próprio Lex Luthor não precisou sofrer tortura em nenhum momento, mesmo se negando a falar qualquer coisa que o comprometesse, então por que a irmã dele teve que passar por isso? Então preparou toda a papelada que precisava para ajudar na investigação e entregou para Sara.
-Amor... Você é a melhor. – Sara deu seu famoso sorriso de canto.
-A gente tenta, né... A justiça tem que ser igual pra todos e prevalecer em todos os casos. A Lena não merece nada disso, nem ninguém.
-Com certeza. Mas eu to preocupada mesmo é com a Kara. Ela... Tá diferente, sabia?
-Como assim?
-Então... Tá muito apegada a Lena, num nível meio insano. E eu sinto que ela esconde algo. Pode não ser má, mas tem alguma coisa e isso pode fazer a nossa heroína... Ficar bem confusa.
-A Kara anda sensível, né? Com a história toda de ela carregar o peso de National City nas costas, a parceria com o DOE... E agora uma Luthor no caminho dela. Sabemos a guerra deles contra os aliens.
-Nessa questão a Lena parece diferente da família dela. Mas ainda assim... Vou ficar de olho nela.
-Você é a melhor. Me avisa qualquer coisa. Estou sempre por aqui pra ajudar no que puder.
-Pode deixar. – mais uma vez se beijaram apaixonadamente e dessa vez de modo mais intenso. – Ah que saudade daquelas loucuras que a gente fazia aqui nesse gabinete... No meu aniversário... Na hora do seu almoço...
-Hoje à noite vai ter que me compensar por me deixar com saudade agora, hein? Vou cobrar.
-Pode cobrar que eu vou compensar.
Sara saiu em direção ao seu trabalho e chegou na sala de Kara bem rápido. Ela ainda estava presa em vários documentos, fotos, laudos das vítimas do assassino. Estava presa e mal piscava olhando para aqueles arquivos, nem notou a presença de sua parceira.
-Terra pra Kara?
-Ah oi Sara! Desculpa, estava muito distraída tentando descobrir alguma pista a mais pra inocentar a Lena.
-Você quer falar sobre ela?
-Tá tudo bem, é porque quero muito resolver logo isso! – ela era meio fechada em relação a seus sentimentos. Não pelos outros, mas por si mesma. Sempre quis parecer forte e não desmoronar, mas isso a estava consumindo cada vez mais. E além de tudo ainda não tinha falado com a Alex após toda aquela loucura, se sentia muito mal quando brigava com sua irmã. Eram muito unidas desde sempre e se amavam demais para ficarem muito tempo sem se falar. – O que a Ava falou, o que conseguiu pra mim?
-Bom, a Ava com certeza vai atrás dos agentes que torturaram a Lena e vão investigar cada agente do DOE. O diretor vai ser suspenso e irão chamar o J'onn para voltar temporariamente durante tudo isso. A polícia secreta do estado vai cuidar disso, então... Sabemos que os resultados são garantidos.
-Ai, a Alex vai ficar chateada.
-Eu acho que ela vai entender, Kara. Pelos acontecimentos.
-Será?
-Sim, é só conversar com ela.
-Eu vou tentar...
-Mais uma coisa. As parcerias entre nós e eles irão ser rompidas. Pelo menos durante a investigação. Inclusive com a Supergirl. Além do que está por escrito que não poderão tirar mais nenhum prisioneiro de nós por acordos informais, como fizemos com a Lena. Tudo deverá ser analisado se existe essa necessidade de fato.
-Eu não sei se isso é uma vitória.
-É sim, porque tudo eles querem meter o cu onde ninguém chamou. Além do que existem torturadores no meio deles, já temos muitos vilões! Não precisamos de mais deles e ainda por cima infiltrados em nossos meios.
-Tem razão.
-Quer que eu entregue o aviso pra eles?
-A Supergirl vai avisar. Obrigada por tudo, Sara.
-À disposição.
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I'll be watching you (Supercorp)
FanfictionKara e Lena eram melhores amigas de infância, porém tiveram que se separar por conta do destino. Quando adultas, Kara se torna uma grande capitã do distrito de polícia de National City que precisa enfrentar um assassino misterioso que vem atacando p...