I'll be watching you (Supercorp)

O amor resiste?

Lena correu desesperada e até tropeçou na escada, machucando o joelho em um dos degraus. Ignorou e continuou correndo até que abriu a porta do quarto correndo e dando um imenso susto em Kara quando ouviu a porta batendo na parede de uma vez.

-KARA! KARA! VOCÊ TÁ BEM?

-Lena? Lena! Que foi? Que desespero é esse, que foi?

-UÉ! CADÊ OS MACHUCADOS?

-Machucados, que machucados?

-A Vita falou que você tava machucada, que tava sofrendo...

-Por fora? Não... Por dentro...

-Ah filha da puta. Ela mentiu só pra me fazer vir aqui. Eu já devia saber, que ódio! Sou muito idiota! Eu vou embora!

-Não, Lena, não! – Kara correu e fechou a porta, ficando na frente dela. – Vamos conversar, você não vai sair daqui!

-Você tava de complô com ela?

-Eu não to de complô com ninguém, mas vou aproveitar que você está aqui e te obrigar a falar comigo. A gente não conversou direito desde que eu voltei da kryptonita rosa. Eu quero te perguntar já de primeira, a gente transou?

-Que? Não, de onde você tirou isso?

-Ai que alívio. – ela foi descendo encostada na porta até sentar no chão, suspirando e olhando pra cima.

-Alívio?

-Eu fiquei com medo de a gente ter transado e eu ter esquecido... E não falar com você sobre.

-Ficou com medo, é? Se preocupou comigo?

-Com seus sentimentos, óbvio.

-Que bonitinha. – ela deu um sorrisinho tímido, porém carregado de alívio e alegria também. – Relaxa. Você queria, eu não vou mentir. Mas... Eu não faria isso com você naquele estado, ia ficar estranho pra gente e...

-Mas podia ter feito. – Lena se assustou. – Porque mesmo sem ter feito ficou esquisito pra gente. Mas ainda assim você respeitou meu espaço e minha condição, porque pelo jeito eu fiquei tipo bêbada, né... Então, eu te agradeço mais ainda por tudo isso. E quero te pedir perdão.

-Perdão?

-Perdão por seja lá o que eu tenha feito. Eu não lembro de tudo daquele dia e eu acordei com uma ressaca horrorosa, enjoada, tonta, com dor de cabeça... Eu não quis passar mal na sua frente, afinal... Eu sou a Supergirl, eu nunca fiquei doente nem me sentindo mal na frente de ninguém. Se eu vomitasse na sua frente, ainda mais depois de acordar e ver que a gente tava junta... Nossa eu fiquei muito sem jeito, muito arrasada, muito... Destruída, me sentindo fraca, envergonhada, sem graça, ai... Tipo uma adolescente na puberdade, confusa, com medo, tímida. E aí eu corri pra vomitar no banheiro, passei mal, tive que tomar um banho e... Aff, desculpa.

-Pera, pera, pera. Você saiu correndo porque tava passando mal e não queria demonstrar na minha frente?

-É. Por que a surpresa?

-Eu achei que você tava com vergonha de estar abraçada comigo e a Sam e a Andrea terem visto.

-Vergonha? Por estar abraçada a você? Nunca Lena, eu não tenho vergonha de você de jeito nenhum. Eu tenho orgulho. Se eu pudesse te mostrava pro universo inteiro do meu lado.

-Eu achei que... Nossa como eu fui idiota. E nem te deixei explicar. Que babaca, típico de uma Luthor.

-Achei que não gostasse de ser chamada assim.

-Vita tá me ensinando a lidar com isso. Aceitar quem eu sou apesar do sobrenome. Mesmo assim, as características ruins ficam.

-E as boas principalmente. Lee, não fica mais longe de mim, por favor. Eu não tenho motivo, não tenho razão, não tenho nada pra fazer sem você. E eu peço perdão por qualquer coisa que eu tenha feito ou que você tenha entendido por alguma atitude tonta minha.