Mas os laços ainda vivem

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-Lena... Vejo que não mudou muito. Continua
fazendo as piores escolhas. Uma pessoa sem futuro.

-E você continua chata pra cacete, Alex.

-Simpática como sempre. Olha só, em respeito a Kara, eu não vou chamar o DOE inteiro pra vir atrás de você. Porque sabe que não somos muito seus fãs. Mas ela me deixou falar com você então vou tentar ser civilizada. Quem é o assassino pra quem você trabalha?

-Alex, que isso! Nem perguntou como tá minha vida nem nada. Assim eu fico ofendida.

-Eu não tenho tempo pra brincadeirinhas de mau gosto. Eu te fiz uma pergunta séria e quero que responda.

-Quem disse que eu sei alguma coisa dele?

-As provas? Você foi pega no local do crime! E seu nome diz muito sobre você.

-Eu não tenho mais esse sobrenome maldito. Sou uma desgarrada. Não pode me julgar pelos crimes que outros cometeram só porque tenho o mesmo nome deles! Você tem que parar de ficar me julgando. Não somos mais crianças, não somos mais adolescentes! E não posso fazer nada se tem ciúme da sua irmãzinha. Eu não sou a real ameaça e nem esse cara que chamam de assassino. Se eu fosse você verificava melhor a ficha de cada um que morreu!

-Você nunca fala a verdade, né? Não desiste de me provocar! Você nunca deixou de ser uma Luthor!

-NÃO ME CHAMA DE LUTHOR! – Lena quebrou as algemas e bateu forte na mesa, enquanto Alex num reflexo deu um soco na cara dela. – PORRA, SÉRIO? – Lena tocou no rosto e viu que seu lábio estava sangrando. – Pra que isso, irmãzinha? Caralho, doeu!

-CHEGA! Alex dá o fora daqui! – Kara apareceu e segurou as duas. – Lena, pega essa algema e coloca de volta.

-Mas Kara... Eu...

-Sai daqui. Agora! Já chega. Esfria essa cabeça e depois conversamos. – Alex bufou e saiu em passos rápidos. – Tá bem, Lena?

-Acho que eu vou ficar com boca de botox, mas tirando o desânimo eu to bem. Quando foi que sua irmã ficou tão forte?

-Desde que ela decidiu que você é ameaça. Senta aí. – ela olhou desconfiada para a capitã. – Anda, to mandando.

-Sei. Agora você que vai me interrogar?

-Lena. Isso é oficial, você tá sob minha jurisdição. Então eu tenho que te interrogar sim. O que você tava fazendo na última cena do crime?

-Passeando. Tomando um ar puro.

-Por que fugiu das outras cadeias?

-Tédio?

-Quem é o assassino misterioso?

-Meu pau de óculos.

-Lena! Será que você não leva nada a sério? Se o DOE descobrir que você tá com a gente... Eles vão te pegar na mesma hora e podem até te torturar pra saber as respostas. Por favor, me conta. Eu posso te proteger. Me conta, confia em mim, eu sou sua amiga.

-Será que é mesmo?

-Do que tá falando, claro que sou!

-Você mudou, Kara. E eu não sei de nada.

Mais um interrogatório se passou à toa. 3 dias na prisão e Lena não falava nada, não parava com o sarcasmo e seguia sendo um mistério para Kara e os policiais que também tentavam tirar algumas informações dela. Do jeito que estava, parecia que não ia soltar nenhuma palavra mesmo sob tortura. Precisava tentar de outro jeito. Certo dia, Kara estava fazendo as rondas nas celas e viu uma cena atípica. Lena estava deitada no chão, isso a assustou.

I'll be watching you (Supercorp)Onde histórias criam vida. Descubra agora