I'll be watching you (Supercorp)

O mal ressurge

-Caraca, isso ficou muito bom. – Nate comentou lendo o jornal. – Vocês duas são incríveis, que casalzão!

-Obrigada, Nate. – Kara sorriu. – Eu fiquei mais nervosa do que tudo. Foi esquisito encarar o Clark daquele jeito.

-Nem me fale. – Lena deu de ombros. – Agora, esperamos. Vamos continuar no DOE por enquanto?

-Claro. – Kelly falou de prontidão. – Lá é o melhor lugar pra vocês ficarem agora. É protegido e bom... Sabemos que é o lugar mais óbvio para ele procurar. E o mais seguro pra vocês.

-Kelly tá certa. Vocês podem continuar lá até ele aparecer. Ou até quando quiserem. – Alex concordou.

-Obrigada, mana – Supergirl a abraçou bem apertado. Voltaram a sede do DOE e o casal já foi alocado no quarto que passaram. Sara entrou com elas e assim que entrou no quarto viu o strap em cima da cômoda e não escondeu o sorriso. Isso as desesperou.

-Vocês gostam hein...

-Puta merda...

-Ah Sara, não fala sobre isso.

-Relaxa, Kara. Eu não julgo. É só... Estranho a Capitã Danvers certinha usando essas coisas.

-Faz tempo que eu não entro naquele distrito... Como estão as coisas por lá? Tudo em ordem?

-Tudo bem sim. Estou segurando a barra tranquilamente, o maior criminoso a gente já sabe quem é, né. E ele não tem dado muito trabalho.

-Agora ele vai voltar a dar. Com essa minha entrevista... Ele vai vir atrás de mim. Vai vir atrás da gente.

-Deixa ele vir. – Sara sorriu de canto e piscou pra ela. – Até mais garotas. Boa... Noite.

-Boa noite.

Elas tomaram banho rapidamente, pois estavam bem cansadas daquele dia maluco e após ligar o abajur, deitaram-se de frente uma pra outra. Kara tocou o rosto de Lena e o acariciou bem levemente, com a ponta dos dedos. A encarava fascinada, como se visse seu bem mais precioso, logo diante de seus olhos. E a morena retribuía o olhar, com uma expressão completamente apaixonada.

-Você é magnífica, Lee. Como pode ser real? – ela comentou, praticamente sem nem piscar.

-E você, Kah? Nunca imaginaria que alguém tão perfeita existiria. E ainda por cima estaria comigo. Eu... Amo você completamente.

-E eu amo mais ainda. – trocaram um beijo apaixonado e a Luthor foi pra cima do corpo da Danvers para se aconchegar em seu peito. – Eu já ia falar pra dormir em cima de mim mesmo, eu adoro te ter assim tão pertinho e toda colada em mim.

-E eu adoro colar em você.

-Lena... Sabe, quando a gente tava falando com o Superman... Sabe o que eu mantinha em mente? Pra poder ficar calma o tempo todo...

-O que?

-Seu coração. Com o sol amarelo meus poderes voltaram e a superaudição também. E toda hora ele mudava a frequência, agitado e de repente calmo, agitado, calmo. E acaba sendo um ritmo constante. Eu amo esse som, eu amo poder ouvi-lo. E como ele muda quando conversamos, quando nos olhamos... Quando nos beijamos. – mais uma vez tornaram a se beijar enquanto suas línguas se acariciavam em sincronia. – Boa noite, doce anjo.

-Boa noite, doce princesa.

Achavam que teriam uma noite tranquila de sono e que poderiam dormir por bastante tempo, porém infelizmente tiveram uma surpresa não muito boa. De madrugada bem cedo, antes mesmo do sol raiar, Kara ouviu um barulho abafado que parecia vir do andar de cima do DOE. Ainda foi a superaudição que mesmo com as lâmpadas vermelhas ainda funcionava um pouco. Ela acordou de imediato e seu movimento súbito acabou acordando Lena também. Elas se olharam e ficaram preocupadas. A morena começou a se tremer de imediato.

-Ele está aqui. Ele tá aqui, ele veio pra pegar a gente.

-Ele tá aqui, mas ele não vai pegar ninguém. A gente vai pegar ele primeiro. Provavelmente esse é o momento, tá pronta?

-Não.

-Estamos juntas. Juntas somos indestrutíveis. Uma Luthor e uma Super, lembra? Magia e poder.

-Magia e poder, tá bom. Vai dar certo. – ela respirou fundo. Vestiram-se de imediato e subiram para ver o que era o tal barulho. Suas suspeitas infelizmente foram confirmadas e lá estava o tal Mon-El, ou Mike, já lutando e derrubando vários agentes do DOE.

-Olha só quem veio me receber! O mais lindo casalzinho de National City, uma "Super" e uma "Luthor". Bela estampa no jornal. Quase me deu vontade de vomitar.

-Como eu devo te chamar, Mike ou Mon-El? Aparentemente você gosta de duplas identidades.

-Diz a Supergirl, que todo mundo sabe quem é.

-A diferença é que eu sou justa e você assassina pessoas.

-Pessoas que não merecem viver! Supergirl! Imagine o que seria o mundo sem corrupção, sem ódio, sem intolerância. Não seria perfeito? Você nem ia precisar trabalhar, eu tava te fazendo um favor!

-Favor? Você não pode fazer justiça com as próprias mãos. Não to nem aí praqueles que realmente tinham crimes graves, mas você perdeu a linha de ficar obcecado com a Lena... Ameaçá-la, querer matar todos ao redor dela, prejudica-la desse jeito! Matando gente inocente! Você queria ME MATAR! Por que eu deveria te perdoar?

-Quem disse que eu quero seu perdão? Só quero terminar meu serviço. Do A ao Z. Mas infelizmente eu pulei algumas... Será que podemos retomar? Assim que a capitã de polícia voltar eu retorno ao K. Mas por enquanto me contento com o S. Certo, Lena?

-A gente vai acabar com você, Mike. Você vai pagar por isso. Pode fugir e deixar a gente em paz. – Lena tentou falar.

-Você me traiu, Lena. Não tem essa de fugir. Você vai ter que me implorar por perdão depois que eu acabar com a sua superzinha.

-Só passando por cima do meu cadáver que vai feri-la.

-Não queria te matar Leninha. Mas se é assim que quer...