A confissão

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Primeiro capítulo que já temos cenas Supercorp tipo AAAAAAAAAAAA

Eu juro que vai melhorando cada vez mais daqui pra frente, anyway segue próximo capítulo:

Kara voltou ao distrito rapidamente e logo deu de cara com Lena e Andrea se beijando, o que a deixou totalmente furiosa. Ela não entendeu aquele sentimento forte, como se seu estômago estivesse pegando fogo e a garganta estivesse completamente presa, entalada, como se estivesse com um enorme nó. Começou a suar e a respiração ficou ofegante, além de apertar os punhos com muita força contra a própria mão. Estava quase rosnando, parecia que no mundo só existia aquele momento até que Sara chegou e a despertou do transe ciumento dela.

-Kara, você tá bem? – ela perguntou com um tom bem assustado. – Você tá toda vermelha, com as veias saltadas...

-To bem! To bem, Sara. Eu só... Estava pensando.

-Pensando em explodir a cabeça de uma certa prisioneira pendurada na sua amiga? Ou é impressão minha?

-Do que você tá falando? Não, nada a ver, eu só to estressada de tanto problema nesses dias, só isso.

-Tá bom então. Como foi com a Alex?

-Foi bem. Ela aceitou de boa, foi bem tranquila.

-Eu sabia que ela ia entender, Alex é das minhas.

-Com licença Sara, terminamos mais tarde. – ela saiu andando rapidamente na direção das celas. – Detenta Lena! – ela interrompeu o beijo e as duas olharam curiosas para a capitã. – Interrogatório.

-Mas de novo?

-Estou mandando! – ela mostrou a algema. Andrea recuou para sua cama novamente ao lado de algumas outras presas e Lena bufou, arrancou as algemas da mão de Kara e já seguiu pra sala de interrogatório. Após trancar a porta, o que fez a morena ficar curiosa, sentou-se frente a frente com ela e abriu as algemas. – Você nunca mais vai para o DOE. Você não sai da minha vigilância sem mandatos, sem papéis ASSINADOS, sem autorização por escrito.

-Então eu sou seu objetinho. Eeeeeeeh. – ela comentou irônica. Kara bufou.

-Segundo, os agentes que te torturaram serão presos e investigados. Já mandaram unidades especiais da polícia secreta pra lá para fazerem isso. – ela deu de ombros olhando pra baixo. – E terceiro... Eu amo você, Lena. – ela definitivamente não esperava essa última frase. Olhou fascinada para Kara de um jeito que não havia feito desde que se reencontraram. Finalmente começou a sorrir, mesmo que de canto. E olhou novamente pra baixo, com vergonha. – E eu vou te proteger a todo custo, sempre, sempre.

-É, eu acho que você merece algum crédito. Você praticamente quase demoliu o DOE todinho, com investigação, prisão, tudo. Só porque me viu sendo torturada. E veio me avisar do que iria acontecer. Obrigada, Kara. Eu também amo você.

-Eles te machucaram muito?

-Não, não... Mas me afogaram bastante. Acho que eu engoli um pouco d'água pelos pulmões, mas... Dá pra sobreviver. A Supergirl logo apareceu pra me salvar e desafiar todo mundo por mim. Então, acho que isso já posso considerar vitória.

-Sim! E você pode confiar em mim! Me conta tudo que aconteceu naquele dia! Tudo... Eu prometo que não vou julgar, eu vou ajudar!

-Ele se nomeia como "The Rev". – Kara já se assustou assim que ela do nada decidiu falar sobre o criminoso finalmente. Atentou-se ao máximo à sua amiga. – Mas é a única coisa que eu sei, eu juro pela minha vida. Vou contar como sei disso, vou contar tudo o que eu sei. Quando fugi dos Luthors, dividi a casa com uma mulher chamada Imra. Ela tinha contato com esse homem, mas nunca o vi. Direto ia se encontrar com ele, eu perguntava quem era, mas ela não respondia. Só respondeu o nome, como eu já disse. Depois de um tempo a Imra simplesmente desapareceu e esse tal de "The Rev" ficou me perseguindo. Ele deixava umas mensagens, uns bilhetes me ameaçando, até que um dia marcou um encontro comigo. Eu finalmente ia ver o rosto dele, tentar fazer algo para afastá-lo de mim, mas foi a porcaria do dia em que vocês chegaram e me trouxeram pra cá. Logo onde estava aquele maldito cadáver! Certeza que foi uma armação pra mim! E isso é tudo, eu juro. Eu sempre ia à cafeteria perto daquele beco, a que fica lá na esquina. Eu sou conhecida lá, estou sempre lá e marquei o encontro justamente por ali, pois se tivesse perigo, as pessoas me conheceriam. Quando ele não apareceu na hora, fui atrás e acabei na cena do crime. Eu juro, foi só isso que aconteceu, eu não sei de mais nada!

-Por que você não me contou isso antes, Lena? – Kara estava desesperada, se levantou de uma vez da cadeira assustando sua parceira.

-Eu não sabia se ainda podia confiar em você. Qual é, a gente não se via desde os 12 anos. Nem sabia se você continuava boazinha, ou legal... Sei lá. Mas você pareceu estar do meu lado.

-Eu sempre vou estar do seu lado, Lena! SEMPRE! E você se deixou ser presa aqui por um motivo. Eu sei que poderia ir embora a hora que quisesse, se soltar e levar algumas das presas com você, mas ainda assim está aqui.

-"Com alguma das presas", você quis dizer a Andrea?

-Acho que é só nela que você fica pendurada, né?

-Pendurada? Qual é, a gente só se pega às vezes, mas é só carnal... Eu sou feita de carne e osso, sabia?

-Tá, isso não é da minha conta.

-Ciumenta. – Lena deu um sorriso malicioso.

-O que importa é que nos reencontramos. Eu nunca mais vou te perder de vista, nunca mais vou te deixar ir. – Kara a puxou para um abraço quase que forçado. Lena não esperava aquilo, manteve seus braços colados e juntos a seu corpo enquanto sentia aqueles músculos a apertando firmemente. Sua parceira era muito mais alta, então deitou sua cabeça no tórax dela, quase na altura do ombro e fechou os olhos. – Eu vou sempre te proteger. Eu vou sempre estar do seu lado, não importa a circunstância. Entendeu?

-Acho que agora sim, Kara. Você também me tem por completo. – elas ficaram se encarando por um longo tempo, até que a mais alta deu um beijo nos cabelos morenos de sua parceira. – E você descobriu quem me entregou pro DOE?

-Ainda não e isso me preocupa. O DOE a gente cuida, mas se avisarem para um alguém mais perigoso? Mais forte...

-Tipo o Superman?

-Tipo o Superman. O James era melhor amigo dele.

-E ele odeia os Luthors.

-É. Não quero uma guerra em National City e nem colocar ninguém contra o herói deles, mas... Eu também sou a heroína da cidade. E eu estou do seu lado.

-Obrigada Kara. Eu to.... Começando a acreditar em você de verdade. Não é que você não mereça, mas é que eu sou meio desconfiada mesmo. – Kara fez uma expressão triste, com o coração despedaçado por sua amiga ter que ser tão fechada e desconfiada. – Mas o que eu tenho certeza é que você é muito mais forte que ele. Vai ser uma luta fácil.

-Tomara.

-Mas eu se fosse você, prestava mais atenção nos seus detetives. Pode ter sido alguém que abriu o bocão sobre mim. É uma teoria bizarra, mas é uma teoria.

-Bem pensado. Vou fazer isso.

-Obrigada, Kara.

-Tudo por você. Agora, tá na hora de voltar pra cela. Provavelmente deve estar com saudade da sua namoradinha.

-Ai para, ela não é minha namorada. É minha PA só que sem o pau. Eu já deixei claro que é só pegação. Ciumenta...

-Não to com ciúme, já disse. – a capitã a algemou e a levou de volta para sua cela. Andrea logo se aproximou e notou sua parceira diferente.

-E aí, como foi o papo?

-Tedioso como sempre. Ela tá de marcação comigo, só pode.

-Percebi. E ainda nos interrompeu... O que cê acha de voltarmos à ação?

-Andrea... Eu sei que falei que poderíamos ficar algumas vezes, porque você é gata pra cacete e tudo... Mas... Eu acho que temos que parar por aqui. Não vamos fazer mais isso.

-Já tá se apegando, novinha?

-Não fica se achando tanto... É só porque eu não to muito mais a fim. Quero mudar de foco, pelo menos enquanto ainda estou aqui.

-Sei... Você que sabe gatinha.

I'll be watching you (Supercorp)Onde histórias criam vida. Descubra agora