Capítulo 2.

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Olá, meus amores.

Samuel procurou os livros que precisava pela a gigantesca biblioteca da mansão, Medicina era tão complicado e ao mesmo tempo muito interessante de se estudar. Fazer esse curso era a única maneira de poder ajudar a sua família, ele nunca poderia lutar com eles, porém isso podia ajudá-los, não é? Era a única ideia que Samuel tinha para poder cuidar de alguém.

Samuel suspirou, fazendo as suas anotações, grifando as partes mais importantes, lendo, se concentrando nisso como faria se estivesse treinando arco e flecha.

Ele bebeu um pouco de seu café, sua mente lentamente viajou para outro lugar, imaginando alguém de quem poderia cuidar, um amigo? Um namorado? Talvez um filho? Samuel adoraria ter um bebê para proteger, cuidar de alguém parecia ser tão complicado e cheio de emoções, quando é que ele poderia pegar alguém em seus braços para cuidar?

Nikolai se sentou no outro lado da mesa, com um livro de contos em mãos para ler, ele abriu o livro, folheando até a página marcada e voltando á sua leitura, não demorou vinte minutos para Samuel cutucar o seu ombro.

— Uh? — Grunhiu, estava irritado por ter sido interrompido em sua leitura, mas não conseguia simplesmente ficar bravo com Samuel, o mais novo era fofo e adorável, era difícil detestá-lo.

Samuel estava envergonhado, mas resolveu perguntar, queria acabar com a sua dúvida agora: "Niko, como é estar apaixonado? Você e Thomas são casados há muito tempo, esse sentimento permanece sendo bom para sempre?".

— É um sentimento complicado no início, sabe? Mas também é muito bom, o seu mundo parece parar quando você está com aquela pessoa, há o frio na barriga, o nervosismo, o medo, há raiva e muito amor — Nikolai respondeu baixinho, era triste que Samuel não pudesse viver a sua adolescência direito — É um misto de sentimentos confusos, mas bons, principalmente se a pessoa pela a qual você está apaixonado te corresponde.

Samuel assentiu levemente, ele suspirou antes de desviar os olhos, perguntando: "eu sei que lobisomens tem companheiros destinados, mas eu sou humano, então eu não tenho isso?".

— Você tem o poder de escolher, Sam — Nikolai sorriu para o garoto.

Samuel franziu a testa, agora um pouco preocupado, Thomas tinha obrigado o ruivo á algo? Começou á sinalizar: "você não pode escolher, Niko? O idiota do Thomas te obrigou á algo? Se você quiser eu posso bater nele com um taco de beisebol, ele te machucou? Foi isso?".

— Não, maninho — Nikolai riu levemente, quase se engasgando com a saliva por estar rindo tanto, conseguia até imaginar o seu irmãozinho batendo em Thomas com um taco de beisebol, era certamente engraçado — Thomas nunca me obrigou á nada, ele é muito gentil e amoroso, sabe? O que eu quero dizer é que você é humano, pode escolher namorar, ficar ou transar com quantos quiser, pois não tem...

— Que merda você está falando para o meu irmão, Nikolai Santos Oliveira? — Thomas entrou na biblioteca, se aproximando do seu inocente irmãozinho mais novo, tampando os ouvidos de Samuel, ele olhou sério para Nikolai, sua expressão feroz e muito brava agora.

— Ele queria saber como é estar apaixonado, sabe? — Nikolai sorriu irônico, respondendo á pergunta com certo mal-humor.

— E como a conversa sobre paixão foi para sexo, hein? — Thomas franziu a testa ao questionar, achando que Samuel não estava o escutando, o menor estava com a testa franzida enquanto ouvia a conversa paralela, queria bater em um deles.

— Bem, ele queria saber se humanos tem companheiros destinados — Nikolai respondeu sincero, gostava de implicar com Samuel, o garoto era complicado e muito divertido.

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