Capítulo 42.

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Olá, meus amores.

— Se eu não aceitar você como o meu parceiro, vai fazer o quê? Me transformar em um porquinho da índia? — Phelan arqueou a sobrancelha, os seus olhos brilhando em diversão e deboche, ele bebia o seu café com o seu comum mau humor.

— Você seria fofinho como um porquinho da índia — Kyros riu, acariciando os cabelos de Phelan, bebendo o seu chá de erva doce, ele não gostava de café — Mas não, eu não faria nada contra você, eu não sou circe…

— Bem, por que não me deixa em paz? — Phelan perguntou, cruzando os braços, estavam na sala de jantar, ambos sentados confortavelmente nas cadeiras almofadadas, Phelan afastou a mão do moreno do seu cabelo com raiva, sinceramente por que ele não podia ter um pouco de paz na sua miserável vida?

— Você passou séculos da sua vida dizendo que estava amaldiçoado a estar sozinho, Phelan… — Kyros respondeu sincero, ele completou ainda mais sério, os seus olhos azuis fixos nas orbes azuis brilhantes do loiro, tão penetrantes e bonitos —... Eu sinto uma estranha conexão com você, também pensei que estava amaldiçoado, mas não é verdade, eu encontrei você…

— E eu apenas sinto vontade de te dar uns tapas — Phelan resmungou entredentes, bebendo um gole de seu café e encarando o moreno friamente, Kyros riu divertido por isso — Não acho que sejamos parceiros, você só é um homem obsessivo, Lyros…

— Bem, se você quiser podemos ir ao quarto… — Kyros arqueou uma sobrancelha, o seu sorriso malicioso enviando um arrepio pela a espinha de Phelan, o loiro xingou baixinho por se deixar ser provocado tão facilmente —... Você poderia me bater se isso te faz sentir melhor, gosto de apanhar um pouco, é excitante, sabia? O que acha da minha proposta, meu bem?

— Vou ver como eles estão — Phelan falou para escapar dali, Kyros sempre rebatia o que ele falava com acidez e perspicácia, isso o deixava meio desnorteado sobre o que falar, era uma merda, Kyros era um homem irritantemente charmoso e gostoso, Phelan o odiava muito.

Kyros sorriu diabolicamente, ok, ele mexia mesmo com Phelan? Que emocionante, que divertido, isso era maravilhoso. O seu parceiro era um homem loiro, ranzinza, mas um pouco doce e inteligente, certo para si, tão bom e perfeito.

Phelan foi até a enfermaria, ouvindo a conversa do seu irmão estúpido e do parceiro dele, curioso como sempre:

Você precisa beber, Sam — Era a voz de Lian, fraca, baixa e cansada, Phelan parou perto da porta, apenas prestando atenção na conversa, não queria ter que entrar ali e colocar juízo na cabeça dos dois jovens idiotas demais.

Não posso, vou te machucar, não posso te ferir, Lian, eu não quero — Samuel negou receoso, fechando os olhos e suspirando exausto, sentia a sua boca seca e irritante, sentia como se tivessem lixado a sua garganta por dentro.

Phelan entrou ali com passos lentos, vendo-os de mãos dadas, Lian apoiava a cabeça no ombro de Samuel, o mais novo parecia realmente faminto e sedento, mas ele teimava em dizer não. Por que ele precisava ser tão teimoso assim? Lian estava certo, eles precisavam do sangue para sobreviver, principalmente se ele quisesse sobreviver a essa gestação.

— Apenas beba um ou dois goles, Samuel — Phelan aconselhou, ouvindo o rosnado vindo de seu irmão, Samuel estava meio selvagem, mas tudo bem, era questão de tempo, iria passar assim que o efeito da poção diminuísse um pouco, ele estava meio receoso que alguém ferisse o seu parceiro — Samuel, você não está pensando no seu bebê, ele vai morrer. É uma criança meio híbrida como você, o bebê precisa de sangue, lembra? Você não quer que os próximos meses sejam muito dolorosos, não é?

Lian encarou Samuel com firmeza, os seus olhos não saindo da expressão pálida do seu parceiro teimoso, Lian beijou-o suavemente, as suas mãos acariciando os ombros de seu Samuel de uma maneira delicada, os seus olhos de cachorrinho pedindo, implorando para que ele não fosse tão teimoso assim.

Sam, por favor — Lian pediu baixinho no ouvido dele, Phelan saiu dali, deixando-os sozinhos para resolverem o próprio problema, ele não iria ajudá-los toda hora.

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Samuel bebeu uns dois goles do sangue de Lian, lambendo a ferida ternamente, vendo-a cicatrizar rapidamente, ele suspirou aliviado ao ver que não tinha ferido muito. Ele não queria que Lian ficasse mais machucado do que já estava, ele podia lidar com isso.

Você quer o bebê? — Samuel perguntou inseguro, as vezes ele sentia medo de que Lian pudesse deixá-lo, o relacionamento deles ainda era tão novo e ele estava inseguro, ele se sentia ainda sedento, mas um pouco melhor do que antes, já não se sentia tão enjoado, parecia que algo em si estava mais calmo e relaxado, o sangue de seu coreano tinha esse poder em si, o acalmava muito, era um tipo de calmante.

— Sim — Lian sorriu contente ao responder, Samuel ajeitou a coberta ao redor do coreano, Lian abraçou-o apertado, a sua mão se movendo sobre o ligeiro inchaço ali, tão imperceptível — Claro que quero, Sam. É o nosso filho.

— Ou filha — Samuel respondeu, bocejando sonolentamente, ele continuou sorrindo — As vezes eu desejo que seja uma menina, dizem que são mais comportadas.

— Independente de ser menino ou menina, iremos amar muito — Lian beijou a testa de seu parceiro, Samuel piscou sonolento, ele não dormia há muito tempo — Você precisa dormir, Sam, precisa descansar agora...

— Eu estou bem — Samuel murmurou baixinho, soltando outro bocejo preguiçoso — Eu não preciso dormir, estou bem, Li…

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— Ei… — Kyros chamou-o, cutucando o seu ombro, Phelan empurrou-o para afastá-lo.

— O que foi? — Phelan resmungou com mau humor, Kyros sorriu diabolicamente, aproximando-se devagar do loiro, Phelan estava sentado em uma poltrona, o moreno colocou o seu joelho entre as pernas do loiro, encarando-o nos olhos por alguns segundos, segurando o queixo do loiro com força e roubando-lhe um beijo casto.

Phelan ficou de boca aberta, perplexo e atordoado, como era? Kyros tinha mesmo lhe beijado? Que estúpido e idiota, Kyros se afastou suavemente, ainda sorrindo daquele jeito demoníaco, como se estivesse se divertindo muito, onde foi que eu me meti mesmo? Phelan perguntou curioso a si mesmo.

Te odeio — Phelan sussurrou acidamente, mas Kyros escutou muito bem.

— Não odeia não, Phe — Kyros sorriu, dessa vez sem malícia, um sorriso grande e feliz, como se entendesse mais de Phelan do que o loiro — Você poderia me odiar o quanto quiser, eu ainda te amarei e te escolheria mil vezes, Phelan.





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Bonitinho o novo relacionamento, né?

Até o próximo capítulo, meus amores.

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