Olá, meus amores.Samuel estava tranquilo, agindo com calma mesmo com Gustavo por perto. Ele sabia que o homem o odiava por algum motivo desconhecido, porém ele não poderia se importar menos, o garoto era esperto para se defender bem o suficiente, e Gustavo era alguém alto e forte demais para ser rápido.
Samuel também era muito paciente, ele tivera que engessar o braço esquerdo de Gustavo, o outro estava murmurando palavrões e agindo de forma ignorante nos últimos minutos, Gustavo provavelmente achava que o humano simplesmente não o ouvia.
— Pequeno humano nojento — Gustavo resmungou, as palavras sussurradas em um tom cheio de nojo e raiva, os seus olhos cheios de raiva.
Thomas e Nikolai estavam ali, observando tudo com muita atenção, encarando Gustavo com olhos brilhantes e observadores, ambos ouviam as palavras, mas sabiam que Samuel tinha força o suficiente para se defender sozinho.
Gustavo parecia estar irritado, ainda encarava Samuel com raiva, os olhos azuis cheios de um ódio profundamente frio, sinceramente era estranho que o homem odiasse alguém sem nenhum motivo.
Gustavo segurou o pulso do garoto, ouvindo-o estralar perigosamente, o humano não demonstrou nenhuma reação, parecia não sentir a dor ardente ali.
Samuel pediria para soltar se conseguisse falar, mas a sua voz não saiu.
Samuel apenas encarou Gustavo friamente enquanto retorcia o seu pulso com força e o tirava do aperto da mão forte do outro, a palma da mão de Samuel atingiu o rosto do homem desagradável com extrema força, a marca ficou vermelha no rosto de Gustavo, o som do tapa ecoando no quarto.
Os olhos de Samuel brilhavam ameaçadoramente, passando uma mensagem de perigo, porém logo o sorriso leve e inocente do humano voltou, Samuel ainda parecia estar irritado, ele voltou á engessar o braço do homem deitado na cama.
Sam não era do tipo que aceitava esse tipos de abusos, levar desaforo para casa não fazia parte da sua personalidade, então tinha colocado o máximo de força e raiva naquele tapa, talvez assim Gustavo o respeitasse um pouco, a marca estava perfeitamente vermelha, dava para ver os seus dedos ali na pele sedosa e macia.
Samuel começou á escrever em um bloco de notas, mostrou o que tinha escrito depois, deixando o caderno em cima da cama e se levantando rapidamente, Gustavo pode ler o que Samuel tinha escrito: "Não espere bondade minha, ok? Eu posso até ser humano, mas isso não quer dizer que eu seja fraco, e se eu tiver oportunidade você vai morrer empalado por uma flecha. Me trate com tolerância e respeito, e eu te trato do mesmo jeito".
A letra de Samuel estava trêmula, um sinal de raiva pura, embora ele fosse muito calmo, ele também não tinha lá muita paciência com gente que se achava melhor que os outros, se o tratassem mal ele devolvia na mesma moeda.
Samuel saiu da sala sem olhar para os outros ferimentos de Gustavo, estava cansado demais para lidar com alguém cheio de gracinhas, ser insultado por minutos á fio estava esgotando a sua curta paciência.
Samuel narrando:
Na maior parte do tempo eu sou alguém calmo e paciente, porém ele apertou o meu pulso primeiro, Gustavo veio com selvageria para cima de mim, ele insultou á mim e aos outros com os seus resmungos mal-humorados, enquanto eu estava sendo gentil e agindo na calmaria, por acaso ele estava pensando que eu aceitaria de boca calada? Eu não sou submisso á ninguém, ok?
Ou ele aprende á me respeitar ou um tapa vai ser o de menos, sabe? Minha paciência está por um fio, eu aguentei enquanto ele me insultava afinal ele estava ferido, mas tocar em mim? Quem ele pensa que é? Eu só queria ajudá-lo, porém ele foi grosseiro e apertou o meu pulso, está vermelho, doeu e aquele tapa foi muito merecido.
Eu entendo que ele odeia humanos, mas o quê raios eu fiz contra ele? Gustavo não pode simplesmente me odiar pois eu existo, não é? Provavelmente ele é um babaca que acha que os lobisomens são melhores que humanos ou coisa assim, grande idiota ele é. E eu não aceitarei a falta de educação dele, essa não é minha obrigação, quando ele me tratar com respeito eu o tratarei bem também!
Sorte a dele não ter insultado a minha família, pois eu teria arrancado a língua dele com uma faca. Eu sou gentil, mas não permito que ninguém me trate como lixo ou que trate a minha família como merda, eu sei quem eu sou, trato todos com respeito, pois quero ser respeitado, é o mínimo em uma relação sociável.
Autora narrando:
Samuel atirava flechas, se concentrando no seu arco, na mira, nos graus, na força do vento. Isso o acalmava.
— Você bateu no Gustavo? — Uma voz perguntou, Samuel deu um pulo antes de se virar, uma flecha no arco pronta para ser atirada.
Samuel suspirou, relaxando um pouco, ele colocou a flecha de volta na aljava, seus olhos curiosos observando Lian, Samuel colocou o arco sobre uma pedra lisa antes de responder: "sim, bati, apenas um tapa. Ele mereceu. Afinal ele estava agindo grosseiramente comigo. Gustavo apertou o meu pulso, sabia?", o menor mostrou a marca ainda vermelha em seu pulso.
— Thomas e Nikolai não fizeram nada? — Lian perguntou levemente.
Samuel respondeu sincero: "eles não tiveram muito tempo, sabe? Eu me soltei rapidamente e o esbofeteei com força, ele estava murmurando palavrões nos últimos vinte minutos, era irritante demais".
Lian assentiu levemente, ok, isso era compreensível, até mesmo Samuel que tinha uma paciência de ouro, as vezes perdia a calma, principalmente com pessoas que diziam palavrões ou resmungavam, pois era considerado falta de educação na opinião de Samuel.
Lian queria "conversar" educadamente com Gustavo, porém sabia que Samuel não gostaria de ser protegido como um garotinho que estava em perigo, o menor já tinha se defendido de seu modo rústico e impaciente.
Samuel podia ter as mãos pequenas, porém eram pesadas, seus tapas eram certeiros, dolorosos e muito fortes. Os seus dedos eram perfeitos, havia alguns calos na pele por atirar com arco e flecha e treinar com espadas, mas eram suaves, havia duas cicatrizes na palma esquerda, mãos rústicas e belas de certa forma.
Samuel sabia se defender perfeitamente.
Samuel sorri antes de dizer: "De todos aqui você é o meu lobisomem favorito".
O que Samuel queria dizer com isso?
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O que acharam do tapa?Até o próximo capítulo, meus amores.
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Liberte-me.
WerwolfSamuel não é um lobisomem. Ele é um humano que convive com lobisomens, ele é filho de um deles, bem, isso é certamente frustrante. Samuel se sente solitário, as vezes ser humano é difícil demais, ele se sente um boneco de porcelana perto de lobisome...