Capítulo 18

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Bianca saiu do Box pingando água, o cabelo preso em um coque alto para não molhar. Esticou o braço e pegou uma toalha, secando seu corpo, quando foi secar o rosto, a toalha macia estava...

"Hum, com cheiro de... Maria Eduarda?"

- Aah! - Exclamou Bianca, jogando a toalha longe.

Por uma infeliz pegadinha fatídica do destino, ela havia pego a toalha de Maria Eduarda. E se secado toda. Quer dizer, Maria Eduarda havia usado a tolha em seu próprio corpo, e agora, ela havia feito a mesma coisa.

"Eca. Eca. Ecaaaaa", pensava ela, nunca desejando tanto estar enganada.

Maria Eduarda estava terminando de decorar o macarrão com folhinhas de salsa quando Bianca apareceu na soleira da porta, usando o vestido vermelho.

- Esse vestido é realmente lindo, sabe. - Disse Maria Eduarda, apoiando-se na bancada. - Eu vou tomar banho enquanto você arruma a mesa. -

Bianca suspirou fundo.

- Er... Maria Eduarda... eu tenho que te contar uma coisa. -

Maria Eduarda se assustou com o tom sério dela.

- O que foi? -

- Er... Eu terminei o banho e... sem querer, eu juro... eu me sequei com a sua toalha. -

Maria Eduarda piscou, tentando sem muito sucesso esconder um sorriso involuntário.

- Sabia que não resistiria. -

- Não foi de propósito! – Exclamou Bianca, as bochechas ficando vermelhas. - Agora estou infectada com suas impurezas! -

- O que achou da minha toalha? – Devolveu Maria Eduarda, ainda sorrindo.

- Que tipo de pergunta é essa? -

- Não sei. Você não parece ter tomado outro banho para se livrar das minhas... hum... impurezas. -

- Não faça gracinhas. Foi horrível. -

- Às vezes você parece ser muito sensível. - Respondeu Maria Eduarda, dando de ombros.

- Isso porque até uma pedra tem mais sensibilidade que você. - Respondeu Bianca, ainda vermelha.

- Não faça drama. Não me importo de você ter usado a minha toalha. - Maria Eduarda estava saindo da cozinha quando se virou. - Mas se você não tivesse falado, eu nem perceberia. -

E foi para os andares superiores, enquanto Bianca fitava a porta, abismada.

"Isso porque até uma pedra tem mais sensibilidade que você", lembrou-se Maria Eduarda, enxaguando o sabão do corpo.

Ok, ela já disse coisas cruéis para Bianca, mas nada que Bianca não tenha provocado ou revidado.

E por que tanto drama? Impurezas... fala sério.

Como Bianca trataria seu hipotético namorado? Ela seria atenciosa, sem dúvida carinhosa, também cuidaria dele muito bem, só que o indivíduo ia ter que ser parte santo, refletiu Maria Eduarda, pegando a própria toalha molhada.

Santo, repetiu Maria Eduarda, porque ela ia ser muito impaciente, e como, orgulhosa também, teimosa como uma pedra, e dramática!

Maria Eduarda se vestiu, saindo do banheiro, uma parte de si reparando inconscientemente que conseguiria lidar bem com tudo aquilo.

Bianca estava sentada à mesa, Maria Eduarda se sentou à frente dela, destampando a travessa.

- Deve ser horrível ter o seu lindo corpo coberto de impurezas. - Observou Maria Eduarda.

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