Maria Eduarda só percebeu que haviam chegado quando o condutor avisou através dos alto-falantes internos. Bianca ainda dormia em seu ombro e ela se perguntou se aquela posição não era incômoda.
- Bianca? - Chamou baixinho, para não a assustar.
Bianca se mexeu, apertando os olhos, mas sem os abrir, Maria Eduarda passou um braço ao seu redor, se aproximando ainda mais dela.
- Bianca? - Repetiu, um pouco mais alto.
- Hum? - Fez Bianca, piscando os olhos até acordar, inocentemente desnorteada.
Era uma cena casual e ao mesmo tempo linda.
- Chegamos. - Respondeu Maria Eduarda, soltando-a e se levantando.
- Ah. E por que eu estava deitada em cima de você? - perguntou Bianca, enquanto Maria Eduarda pegava as malas.
- Porque o trem fez uma curva e você quase caiu. Estragaria minha viagem à Paris ter que te levar para o hospital por conta de uma fratura craniana... sem falar que ia ser um saco para você. -
- Certo. - murmurou Bianca. - Estou com um pouco de dor-de-cabeça, talvez da viagem. -
- Se eu fosse má, diria algo como "bem-feito". -
Bianca rolou os olhos.
- Próxima parada? - perguntou Maria Eduarda, quando chegaram à estação.
- Roteiro? - Indagou Bianca, pegando a folhinha de seu bolso.
- Eu tinha esperanças de que você tivesse esquecido. - Confessou Maria Eduarda.
- Eu não correria esse risco. -
"7° Passear pela cidade de mãos dadas, como um lindo casal que se preze tem que fazer"
- Melhor chamarmos um táxi e deixarmos as malas no hotel. - Decidiu Maria Eduarda.
Ficaram em silêncio por alguns minutos.
- São doze euros. - Disse o taxista, parando à porta do grandioso hotel.
- Certo. Estamos perto do centro da cidade? - Perguntou Maria Eduarda, pagando-o.
- É só virar na próxima rua à esquerda. Precisa de ajuda com as malas? -
- Não, obrigado. - Agradeceu Maria Eduarda, já abrindo a porta.
Bianca fechou a porta no mesmo instante em que Maria Eduarda fechou o porta-malas e o táxi arrancou.
O porteiro veio recebê-las.
- Com licença, madame, posso ajudá-la? - Perguntou com um grave sotaque, já pegando as malas.
- Por favor. - Respondeu Maria Eduarda. - Ainda vamos confirmar a reserva. -
- Claro, madame. Remy? - Chamou um lacaio, que o atendeu prontamente. Ordenou algumas coisas em um francês rápido e se afastou, deixando as malas com o lacaio.
- Esperarei aqui com as malas, madame. - Disse Remy, fazendo para Maria Eduarda um gesto até a recepção.
- Obrigado. - Agradeceu ela, indo conferir a reserva, Bianca preferiu esperar.
- Oui, madame Gabriela foi muito seletiva. - Disse a recepcionista de sotaque afetado, folheando rapidamente um grosso caderno de anotações. - Quarto 33. -
- Madame Gabriela é minha... madrinha de casamento e foi ela quem organizou essa viagem. Poderia me dizer o que quis dizer com "seletiva"? - Perguntou Maria Eduarda, temerosa.
- Nossos quartos são divididos de uma forma muito eficiente, madame Maria Eduarda, e há cinco quartos especiais para casais. -
Como uma moça tão bonita podia dizer algo tão desagradável! Pensou Maria Eduarda, antevendo a tragédia.
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The Experiment
FanfictionUm milhão de dólares, esse era o valor do prêmio que a maior rede de cientistas do mundo estava oferecendo para duas pessoas que fossem escolhidas para fazer parte de um experimento social. Esse experimento se baseava em colocar duas pessoas de pers...