Capítulo 42

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Bianca estremeceu quando Maria Eduarda roçou os lábios em seu pescoço, mas afastou-se uma distância suficiente para poder olhá-la. Os olhos de Maria Eduarda estavam serenos, sem necessidade ou desejo.

Como se algo natural e casual estivesse acontecendo.

Maria Eduarda sorriu ao ver Bianca fechar os olhos quando se aproximou, roçando seus lábios. A beijou lenta e perfeitamente, sem pressa alguma. Aproveitando cada segundo.

Bianca acariciou lhe a nuca com uma mão, eventualmente enroscando uma ou duas mechas do cabelo castanho nos dedos. Podia sentir sua mão apertando a sua cintura, mas sem machucá-la.

Mal percebeu quando Maria Eduarda a escorregou para debaixo de si, se apoiando nos joelhos e nos antebraços, sem para de beijá-la.

Bianca podia ouvir as falas do filme e as batidas do coração de Maria Eduarda ao mesmo tempo. Se não estivesse tão entorpecida, teria ouvido o próprio coração disparar também.

Maria Eduarda se separou de Bianca, mas ainda com os narizes colados lhe deu um selinho.

- Eu amo você. - Sussurrou, os olhos brilhando com uma ternura morna.

Bianca sorriu.

- Eu também amo você. -

Maria Eduarda percorreu sua bochecha com beijos contidos e carinhosos, fazendo Bianca semicerrar os olhos, Bianca se sobressaltou quando sentiu as mãos de Maria Eduarda dentro da sua camisa, acariciando sua cintura sem restrições. Talvez com medo de Bianca se afastar, Maria Eduarda a beijou, estimulada ao sentir a pele quente e macia de Bianca contra suas mãos.

Seus dedos roçavam em suas costas eventualmente, a fazendo se arrepiar a erguer o corpo. A pele de Bianca não deveria ser tão macia e tão quente, seus lábios não deveriam ser tão sedutores e suas mãos em seu cabelo não deveriam ser tão persuasivas. Se não fosse por isso, talvez Maria Eduarda não a beijasse tão intensamente a ponto de deixa-la sem ar.

Maria Eduarda separou seus lábios de forma relutante, a observando entreabrir os olhos lentamente, seus cílios cheios e curvados revelando olhos brilhantes.

Maria Eduarda abaixou o rosto, mordendo seu pescoço. A sentiu se contrair em suas mãos, e sabia que não era de dor.

- Vampiro...? - Sussurrou Bianca, fazendo Maria Eduarda sorrir.

- Melhor. -

Bianca sorriu, rolando os olhos.

Maria Eduarda teve que rir, desabotoando a própria camisa. Bianca mordeu o lábio, mas não disse nada.

Bianca se afundou no sofá quando Maria Eduarda a beijou, seus lábios parecendo urgentes, Maria Eduarda era quente, ela estremeceu quando sentiu o tecido da sua camisa se afastar de forma curiosa... até perceber que Maria Eduarda havia desfeito todos os botões.

Bianca parou o beijo, tentando se afastar instintivamente, mas o braço do sofá a fez ver que não havia saída.

- Maria Eduarda! -

- Eu não resisti. - Confessou Maria Eduarda. - Você é linda. -

- Não me venha com isso agora. E eu achando que você seria capaz de me beijar por mais de três minutos sem querer me agarrar! -

- Não consigo e a culpa é toda sua. - Respondeu Maria Eduarda, olhando para os seios de Bianca. Eram perfeitos, cobertos apenas por um sutiã branco meia taça.

Maria Eduarda ficou com uma vontade bizarra de passar o nariz por entre eles.

Em um ímpeto, Bianca escorregou as mãos da nuca de Maria Eduarda para a camisa, fechando-a.

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