Capítulo 30

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Bianca escorou-se no balcão da cozinha, desanimada, à última coisa que ela estava com vontade de fazer era cozinhar, ainda mais para Maria Eduarda.

Com um suspiro, abriu a geladeira, procurando distraidamente, encontrou sua salvação, também conhecida como massa pronta para pizza. Colocou-a sobre uma forma redonda de alumínio e começou a procurar candidatos a recheio nos armários e na geladeira.

- O que vai fazer para mim? – Perguntou Maria Eduarda, aparecendo na cozinha.

- Não estou inspirada para cozinha hoje. –

Maria Eduarda espiou o balcão e sorriu, satisfeita.

- Adoro pizza. Mas sem azeitonas, por favor, vou deixar você se divertindo na cozinha. –

E saiu enquanto Bianca suspirava.

Quatro tipos de queijo, incluindo catupiry, peito de peru, azeite, orégano. Bianca guardou-a no forno, resolvendo assá-la mais tarde e aproveitar sua hora livre, parou na porta da biblioteca, Maria Eduarda não estava na sala nem saíra para praia.

"Não me interessa", Bianca assegurou para si mesma, decidida, entrando na biblioteca, foi quando agradeceu por não ter saído para procura-la, Maria Eduarda estava bem ali, sentada em uma poltrona, lendo um livro como se fosse a coisa mais natural do mundo.

- Hum... Maria Eduarda? – Chamou Bianca, surpresa.

- Sim? – Respondeu Maria Eduarda, erguendo a cabeça do livro, parecendo tê-la notado pela primeira vez.

- O que está fazendo? –

- Tricô. – Respondeu Maria Eduarda, a expressão sarcástica. – Lendo, é claro. –

- E por quê? –

- Para ampliar meus conhecimentos e expandir minha visão de mundo. –

Bianca franziu o cenho.

- Tudo bem, então. –

Bianca pegou um livro na prateleira e se sentou na poltrona ao lado de Maria Eduarda, não chegou a ler vinte páginas quando Maria Eduarda pigarreou.

- Na verdade... –

- Aha! – Exclamou Bianca, erguendo o olhar para Maria Eduarda. – Eu sabia. –

Maria Eduarda riu.

- É, eu não costumo visitar bibliotecas. Eu vim aqui porque eu sabia que você viria para cá. –

- Aham. – Respondeu Bianca, mas como quem diz "e daí?"

- E eu não quero passar uma hora fazendo qualquer coisa em silêncio e sozinha. Vamos conversar. -

- Eu sou obrigada a passar 23 horas desse dia com você, Maria Eduarda. Não estrague minha uma hora de felicidade. -

Maria Eduarda arqueou as sobrancelhas.

- Você poderia ser mais educada, se quisesse. Deixar sua companheira de casa entediada não é muito diplomático. -

- Companheira de prisão é um termo mais adequado. - Corrigiu Bianca.

Maria Eduarda deu de ombros, mas se surpreendeu quando Bianca voltou para o livro.

- Vamos conversar. - Pediu Maria Eduarda, após alguns minutos

- Não, não vamos. - Respondeu Bianca, sem olha-lá.

Maria Eduarda puxou o livro de Bianca e colocou sobre o braço da própria poltrona.

- Você desmarcou a página. -

- Você já leu esse livro. - Respondeu Maria Eduarda, segura.

Bianca suspirou.

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