Capítulo 38

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Maria Eduarda abriu os olhos lentamente, flexionou os músculos e ia se espreguiçar quando um movimento perto de si a impediu, Bianca se aninhara em seu corpo ao senti-la se afastar um pouco. Com um sorriso, Maria Eduarda acariciou o cabelo de Bianca, a observando dormir.

Maria Eduarda escorregou a mão da cintura de Bianca para o seu rosto, acariciando sua bochecha com o polegar. Se surpreendeu quando a viu abrir os olhos.

- Acordei você? - Perguntou, preocupada.

- Eu já estava acordada. - Confessou Bianca, sorrindo, abrindo os olhos devagar.

- Então, bom dia. - 

- Bom dia. - 

Era estranho para Bianca, acordar abraçada a alguém, receber um bom dia tão cedo.

- Você vai se acostumar. - Disse Maria Eduarda, brincando com uma mecha do cabelo de Bianca.

- Hum? - 

- Você estava me olhando de um jeito estranho. Supus que estivesse estranhando esse momento tão... hum... - 

- Casal? - Sugeriu Bianca, fazendo-a sorrir.

- Casal. Dormiu bem? - 

- Muito bem. E você? - 

- Tive alguns sonhos em que eu estrangulava uma certa pessoa. - Confessou Maria Eduarda, fazendo Bianca balançar a cabeça desaprovando. - Mas dormi bem. -

- Não vamos falar nela hoje. - Decretou Bianca. - Hoje vai ser o nosso dia. - 

Maria Eduarda riu.

- Nosso dia? Vamos ter muitos outros. - 

Bianca franziu o cenho.

- Supondo que Gabriela nos ajude. - 

- Ela vai nos ajudar. - Garantiu Maria Eduarda.

Bianca ficou completamente desarmada. Como não acreditar na pessoa que olha fixamente nos seus olhos e fala naquela voz firme e segura?

- Muito bem. - Murmurou Bianca, escondendo o rosto na curva do pescoço de Maria Eduarda, a fazendo estremecer. - Estou sem coragem para levantar. - 

- Eu poderia ficar aqui para sempre. - Confessou Maria Eduarda, a fazendo sorrir. - Mas nós temos um roteiro a cumprir. - 

- Não. - Gemeu Bianca, desanimada.

- Vamos começar o dia cedo, Bianca, isso faz bem. - 

- Não, não faz. - Murmurou Bianca, afundando o rosto no travesseiro e observando Maria Eduarda levantar-se. 

 - Eu vou no banheiro e quando eu voltar, quero te ver de pé. - Avisou Maria Eduarda.

- Você não deveria causar uma boa impressão em mim hoje, para me convencer a ficar com você? Poderia começar com um café da manhã na cama, uma massagem nos pés... e eu adoraria ouvir o quanto estou linda hoje. - 

Maria Eduarda riu.

- Eu não preciso te convencer. Você vai ficar comigo. Eu sou irresistível. - 

Bianca riu com escárnio, se enroscando nas cobertas.

- Claro que sim... para os peixes. - 

Maria Eduarda arqueou as sobrancelhas, sorrindo. Largou a porta do banheiro entreaberta e se aproximou da cama. Bianca se encolheu, mordendo o lábio.

Quando Maria Eduarda pulou na cama, Bianca gritou e tentou sair, rindo, mas Maria Eduarda a agarrou pelas pernas e a prendeu ali. Enquanto Bianca se debatia, Maria Eduarda se aproximava, até que Maria Eduarda a segurava pela cintura e a olhava face-a-face. De fato, seus narizes estavam quase se encontrando quando Maria Eduarda desceu o rosto e beijou seu pescoço.

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