capítulo 4

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Gabriel

Acordei desorientado, percebi que estava deitado no sofá do escritório da minha mãe. Levantei a cabeça e a vi trabalhando. Ela também me olhou.

_Filho, você está bem? - ela perguntou.

_Minha cabeça está doendo."

_ É normal, é o efeito do sedativo que dei para você.

Ela se aproximou de mim. Ela é a única em quem confio. Até hoje, não consigo deixar mais ninguém se aproximar de mim, tenho pavor de todos.

Eu nunca dormi com uma mulher. O abuso que sofri na infância ainda me persegue em tudo que faço.

Minha mãe sentou ao meu lado e colocou minha cabeça em seu colo.

_ filho, você teve uma crise ontem e chegou ao limite.

_ Mãe, não precisa se preocupar. Foi apenas preocupação por causa do meu pai.

_ Você não sabe mentir. Quero que você volte para o psicólogo.

_ Ok, mãe.

Ela é muito persistente e já sei que não vai desistir. Continuo deitado em seu colo e lembro da maneira como tratei a mulher que trabalha aqui.

_Mãe, quem é aquela moça que estava aqui?

_ É a Bruna. Ela começou a trabalhar aqui recentemente.

_Ah, tá bom.

_Você está interessado nela? Ela é linda.

_ Não, mãe. Você sabe que nunca vou me relacionar com alguém.

_Filho, me dói ver você falando assim.

_ É a verdade. Só quero pedir desculpas pela forma que a tratei.

_Ok.

Deixeem estrelinhas
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