capítulo 3

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Bruna

Esse filho da puta, preconceituoso desgraçado, como pode ser filho da dona Camila? O homem está passando mal e não quer ser tocado por uma negra. A vontade que tenho é de dar um tapa na cara dele quando penso em xingá-lo. Vejo outro homem entrar na sala.

_ Gabriel, já achei nosso pa...

Ele para de falar ao ver o irmão nesse estado.

_ Caralho, mano, você está bem? Calma, vou chamar a mamãe e você vai ficar bem, ok.

Ele fala olhando o irmão e vejo que ele está prestes a desmaiar e me aproximo para tocá-lo, independentemente do preconceito dele, sou médica e vou ajudar.

Quando estou prestes a encostar nele, o irmão dele me afasta e explodo.

_Que caralho preconceituoso da puta! Vai deixar ele morrer só porque ele é um filho da p*** que não quer um negro tocando nele.

Quando vejo, dona Camila está olhando chocada. Ela respira fundo e se aproxima do filho no chão, abraçando-o e falando baixo no ouvido dele.

Olho aquela cena chocada, a mãe dele afasta a mão dele, que agora eu percebi que ele estava se machucando. Vejo ela aplicar uma injeção nele e abraça apertado, conversando com ele até o remédio fazer efeito.

_Bruna, desculpe meu filho, o Gabriel, ele tem alguns traumas e não aceita ser tocado por ninguém além de mim, não tem nada a ver com você.

_Desculpe ter me segurado, se você tivesse tocado nele, ele ia piorar.

_Desculpe também por ter gritado com vocês, perdoem por tudo.

_ Está tudo bem, Bruna, você não tinha como saber. Pode voltar ao trabalho.

Balanço a cabeça concordando e saio daquela sala morta de vergonha. Eu não acredito que acusei os filhos dos meus chefes de racismo. Meu Deus, sou um desastre.

Deixeem estrelinhas

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