capítulo 25

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Gabriel


Acordo me sentindo grogue e sem saber onde estou. Levanto-me sentindo meio tonto e, ao sair do quarto, escuto a voz da minha mãe e de Bruna. Lembro do meu ataque e, na hora, me sinto envergonhado e quero voltar para o quarto. Quando estava decidido a dar meia volta, minha mãe me olha.

_Filho, você acordou?, ela pergunta, vindo até mim. Ela percebe que estou envergonhado e que ainda não estou bem.

Ela me segura, me fazendo sentar no sofá. Evito olhar para Bruna. Sinto ela tocar meu braço, o que me deixa desconfortável, mas não falo nada e nem olho para ela. Bruna tira a mão.

_Ei, você está bem?, ela pergunta.

_Sim, respondo sem olhar para ela.

_Filho, que tal beber uma água?, minha mãe pergunta. Balanço a cabeça, recusando. Olho para ela, e ela já entende que quero ir embora.

_Vamos indo, Bruna. Obrigada, digo.

_De nada, ela responde.

Levanto do sofá, ainda sem olhar para Bruna, e vou na direção da porta.

_Xau, Gabriel!, ela diz.

_Xau, Bruna, respondo, abrindo a porta e saindo.

Minha mãe espera do lado de fora. Vejo minha mãe e Bruna se despedindo, e minha mãe vem até mim.

_Vamos, filho, ela diz.

Aperto o elevador e escuto minha mãe agradecendo Bruna. O elevador chega, e minha mãe entra. Eu aperto o botão do andar e fico encostado na parede, quieto.

_Você nem falou com ela direito, filho, minha mãe diz.

Fico quieto e não falo nada.

_Sei que é difícil o que aconteceu com você, mas você não pode ser fechado assim, ela continua.

Permaneço calado para que ela entenda que não quero falar sobre isso.

_Filho, você tem que tentar falar com ela, ela insiste.

_Já falei que não gosto de falar sobre isso. Você viu o que aconteceu hoje. Isso vai sempre acontecer, nunca vou ser uma pessoa normal, respondo.

O elevador chega, e nós saímos.

_Filho, não é assim. Ela vai entender que você passou por um trauma e vai respeitar o seu tempo, minha mãe argumenta.

_Não quero falar sobre isso! Já falei, grito com ela. Não queria gritar, mas ela não entende. Nunca vou poder ficar com a Bruna.

Ela fica calada, e agente entra no carro e vamos para casa. Geralmente, quando isso acontece, ela nunca me deixa sozinho em casa.

Em casa, vou direto para o quarto e fico lá a tarde toda. Acordo com alguém alisando meu cabelo. Olho para o lado e vejo minha mãe.

_Ei, filho, trouxe um lanche para você, ela diz.

_Obrigada, mas estou sem fome, respondo.

_Tenta comer um pouco, minha mãe insiste.

Sento na cama, e ela coloca a bandeja no meu colo. Minha mãe senta ao meu lado.

Como com ela me olhando. Quando termino, ela pega a bandeja e levanta.

Ela levanta, indo embora.

_Mãe, chamo.

_Oi, amor, ela responde.

_Desculpa por ter gritado com a senhora, peço desculpas.

_Tudo bem, meu filho. Não deveria ter tocado no assunto, ela responde.

_Independente, não deveria ter gritado com a senhora. Me perdoa?, peço desculpas.

_Perdoo também, filho. Não deveria ter tocado no assunto, pois sei que você não gosta, ela responde, se aproximando. Ela deixa a bandeja na mesa e deita do meu lado, me abraçando.

_Amo você, meu amor. A mamãe quer te ver feliz, ela diz.

Olho para ela, triste. Minha mãe me abraça, e agente fica no quarto o resto da tarde. Acabo dormindo com o carinho nas minhas costas.

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