Capítulo 3 - Furacão Dea

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Ainda que estivéssemos bem longe do Caribe, o vento que vinha soprando no horizonte era mais forte que eu imaginava, um verdadeiro furacão... Talvez, mesmo se soubesse o que estava para chegar, teria dito "nunca".

Mas, como diz o ditado, "nunca diga nunca", pois, você pode acabar provando do que jurou recursar. Até então, ainda não via as nuvens se formando, mas o alerta já era óbvio. Eloísa era um boletim ambulante de mau tempo...

Como havia planejado naquele domingo, sempre aproveitando o noroeste para subir a Guarapiranga, joguei a âncora há poucos metros da prainha da ilha dos Amores. Naquele pequeno pedaço do paraíso no inferno urbano de São Paulo, o balanço suave e o som da água no costado de fibra, seriam nossa canção romântica.

Diana, já antevendo o momento desejado, meteu-se logo na cabine, enquanto finalizei os detalhes externos do barco e entrei também, fechando a gaiuta a seguir. Estava quente dentro do Engelfreund, mas bem menos que no Desert Rose, quando aconteceu nossa primeira vez.

Já deitada na cama triangular da proa, Diana me observava, enquanto eu tirava a camisa e a bermuda. Ela, porém, manteve-se como estava no cockpit, com shorts jeans e camiseta regata. Apenas de sunga, deitei ao lado dela, invertidos por conta do formato do barco.

— Agora você vem capitão?

— Agora sim, minha princesa.

Iniciados beijos e carícias, foram-se as roupas e, enquanto já a sentia molhada em meu pênis, apreciei pela enésima vez cada curva do belo corpo de Diana, enquanto a língua dela me provocava ainda mais, fosse dentro de minha boca, pescoço ou orelha.

Cruzando as pernas sobre mim, a morena só esperava pelo óbvio e cumpri com minha obrigação, bombando forte, enquanto gemia baixinho a cada estocada em seu ventre. Mordiscando seus seios durinhos, eu me excitava cada vez mais, mas...

Já a ponto de gozar, percebi novamente que Diana ainda não alcançara o clímax e queria que fossemos juntos. Então, arrefeci os movimentos e respirei fundo para segurar o coito.

— Vamos amor! Goza pra mim, vai? Goza...

Minha esposa não disse nada, estimulou-se colocando a mão entre sua vagina e meu pênis, mas nada. Eu não podia ficar empurrando muito mais sem ejacular, então, retirei-o e a virei de lado. Com encaixe perfeito, novamente minha onda chegou no limite e Diana ainda nada...

Percebendo que mais uma vez não ia me seguir no melhor momento, minha mulher virou de bruços e coloquei por trás, mas não por onde você possa ter imaginado.

Diana nunca apreciou sexo anal e eu só praticava em minhas fantasias secretas, sem fotos, vídeos ou qualquer coisa que me entregasse. A mente humana consegue simular muita coisa, mas nada é como a prática...

Desta vez, bombando forte na bela bunda de Diana, malhada de academia e bronzeada de muita praia, fora o visual estético que podia pagar, não consegui esperar por ela...

Pingando torrencialmente meu suor sobre suas costas, ejaculei e urrei de prazer, ainda que solitário. Ela tentou, mas não podia me enganar. Não sentiu o mesmo que eu...

Caí ao lado na cama e, após minutos mensurando a decepção de novamente vê-la falhar em sua missão de esposa, Diana aproximou-se. Carinhosamente abraçou-me, como que pedindo perdão por não me acompanhar em nosso momento mais íntimo.

Assim como nas outras vezes, acariciei seus belos cabelos negros, tirando alguns fios de seu rosto, grudados pelo suor. Um beijo e um afago. O calor ali dentro era grande, ampliado pelo movimento de nossos corpos. Rios desciam de nós e molhavam o lençol azul fino, que cobria os igualmente estreitos colchões.

MonaraOnde histórias criam vida. Descubra agora