CAPÍTULO QUARENTA E UM

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A van disparou em alta velocidade pelas ruas do bairro. Em questão de minutos estávamos na rodovia principal que dava acesso a capital. Prendi meu cinto de segurança o afivelando firmemente ao corpo. A lembrança de Caleb em minha sala apontando uma arma para mim se repetia de maneira incessante na mente. Era uma dor horrível que eu sentia, fui mais uma vez enganada.
Porem fui tola! Tola. Como pude crer que um homem bonito feito ele nutriria qualquer tipo de afeto por mim? Imagina o quanto ele não deve ter rido das coisas que eu disse? O quão patética eu devia parecer?
Sentia vergonha de mim mesma e o rosto ardia, provavelmente avermelhado.
No banco da frente Mierra conversava com alguém por telefone, parecendo dar explicações sobre algo. Não havíamos conversado ainda. Era uma situação muito tumultuada.
- Pronto! - disse guardando o telefone - Como está se sentindo, Samantha? Acho que nem sou capaz de imaginar, amiga!
- Ainda tentando entender esse maluquice toda - Respondi com apatia.
Se aquela van capotasse talvez não fosse ruim. Aliviaria minha dor com toda certeza do mundo. Já nem sabia se era grata a Mierra pro ter me poupado de morrer com um rombo bem no meio da testa.
- Sam, preciso que esfrie a cabeça! É muita coisa para te explicar. E antes que você surte, preciso dizer algo que escondi de você esse tempo todo...
Mierra puxou a bolsa novamente e abriu o bolso lateral
- Sou uma policial! - Mierra me mostrou o distintivo ao abrir a pequena carteira preta.
- Quê? Policial? Mas... - pensei em falar sobre o que sabia, a respeito dela supostamente ser casada com um traficante. Com toda certeza aquela nova informação não fazia sentido algum. Mas tanto faria qualquer coisa naquele momento. Dane-se tudo.
- Olha, você precisa cofiar em mim. - Mierra suspirou juntando as mãos como numa prece - Como vou dizer isso... Bom... É... Então, Caleb é um assassino de aluguel recrutado para te matar! Pronto . Falei.
E todo aquele tempo era ele. Acho que eu não queria acreditar. Tudo começava a clarear aos poucos.
Nunca havia sido um pesadelo, o encapuzado de olhos escuros feito carvão era Caleb. Ele provavelmente usava lentes que deixavam seus olhos castanhos claro, como em um disfarce. Ou o contrário disso, nunca saberei.
As fotos que tirou na noite que me levou para casa após o baile nos hotéis Monroe, provavelmente também eram porque estava tramando algo. As peças iam se encaixando finalmente. E por um instante desejei que fosse tudo mentira. Desejei ficar sem saber de absolutamente nada, pois a verdade feria, machucava feito uma faca afiada no peito. Que dr**oga de vida!
- Calma, Sam. Respira fundo - Mierra sentou-se no banco ao meu lado me abraçando - Imagino como esteja sendo difícil pra você agora. Eu não gostaria jamais de estar na sua pele, viu?
Eu apenas chorava e engolia as lágrimas. Me sentindo uma completa idiota. E era óbvio, poxa: devia ser por isso que Caleb não gostava de Mierra. Porque ele deveria saber sobre ela ser uma policial.
- Me escuta, Samantha, deixa eu te contar: estou há dois anos investigando esse caso. Envolve uma série de coisas! Lavagem de dinheiro, corrupção, trafico de informações... - Mierra ia enumerando nos dedos o que falava - ...E uma agência de assassinos de aluguel que atua em diversos estado do País há décadas... - Ela fez uma pausa ao ver meus olhos se fecharem. Agencia de assassinos de alugue, pensava - Por ironia do acaso você entrou nessa história - Outra pausa - Mas a princípio tudo que eu preciso é te levar para um lugar seguro, você é uma testemunha vital de todo o caso agora. Confia em mim?
Eu deveria era pedir desculpas a Mierra por um dia ter duvidado dela. No fundo ela era apenas uma amiga tentando me defender e eu estava cega por causa dos meus sentimentos por Caleb. Chegava a ser patético.
- Confio, Mi. Eu confio em você!!! Me perdoa. Me perdoa, pelo amor de Deus. Eu fui uma idiota! - Disse desabando em choro de uma vez.
- Shhhh... Tá tudo bem, amiga! Você é só uma vítima. Eu queria ter te contado tudo porém isso a colocaria em mais risco e comprometeria toda a operação. Mas estamos juntas agora e eu vou proteger você. Está tudo bem!
- Para onde estamos indo? - Perguntei secando as lágrimas.
- Bom, o centro da operação é no Rio de Janeiro. E eu moro lá também, e não mencionei isso por razões obvias. Vamos pegar um helicóptero e chegaremos em breve. Meu chefe autorizou que eu te hospede na minha casa.
*****
Mierra me entregou um sobretudo para que me protegesse no vento gelado no alto daquele heliporto. Era uma ventania intensa devido a altitude e o barulho das hélices daquele helicóptero gigantesco faziam Mierra falar aos berros com o comandante.
Desviei minha atenção para a vista panorâmica e do alto daquele prédio podia ver toda a Metrópole. São Paulo parecia tão fria quanto meu coração naquele momento. Os inúmeros prédios preenchendo meu campo de visão até o horizonte e as luzes de cada apartamento piscando distante faziam me sentir vazia por dentro. É claro que pensei em me jogar daquela altura. Por um breve momento, mas pensei.
- Sam, vamos - Mierra gritava tentando conter os fios de cabelos descontrolados com o vento.
Assenti para ela e entrei no helicóptero rumo à cidade desconhecida do Rio de janeiro.

~*~

NOTA: Gente, tive que editar muito rápido hoje, então me perdoem se houver algum erro grotesco. Fiz o máximo que pude para entregar um texto bom! Ah, eu estava vendo que entorno de 100 pessoas comentam sempre, mas poucos me seguem :(
Eu ficaria tão feliz se me seguissem hahahaha. Sei que app é mega chato de mexer e as coisas parecem escondidas, mas quem estiver com Ânimo e quiser fazer esse agrado a autora, me sentiria muito amada sim!.
Não esqueçam de deixar o like de vocês, please. E comentem muito. Tô amando as teorias de vocês!!! Tem gente aí acertando, hein!

NOTA: chegou até aqui e ainda não adicionou a fic a sua biblioteca? Que feio kkkk.
Espero que estejam gostando. Votem e comentem. E add a biblioteca de vocês, rum!!!

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