APAIXONADA PELO MEU ASSASSINO?

CAPÍTULO TRINTA E SETE

Óbvio que outra mulher já havia estado ali. Senti uma coisa esquisita, como se fosse ciúmes. Era quase como um gatilho com relação a tudo que eu havia passado nas mãos de Roger. Caleb era bonito, misterioso, todo certo para dar errado. Era claro para mim que havia outras mulheres na vida dele, coisa que eu não me preocupei em pensar até aquele momento.

- Quer que eu ajude em algo? - tentei disfarçar que havia perdido a graça, mas Caleb notara muito rápido minha mudança de humor.

Ele parou de cortar salsa e me fitou.

- Olha, faz um tempo isso. A gente nem se conhecia direito. Não quero que se chateie!

Por que ele estava me dando satisfações? A gente só havia dado um beijo até ali. Não fazia sentido, nem a minha reação e muito menos ele ter que se explicar.

- Ah, esquece isso. Você é um homem livre. Não quero que ache que eu me importei. Não temos nada - Tentava fingir que era a desapegada, quando meu ciúme só aumentava.

- Eu sei que você passou por muita coisa e que seu marido era um idiota. Que te traiu. As vezes todos os homens parecem iguais - com razão - mas prometo tentar mudar um pouco essa imagem. Se você me permitir, é claro!

- Pera, como você sabe que Roger me traiu? Não lembro de ter dito isso a você!

Caleb secou as mãos em um pano de prato e veio até mim. Envolveu-me pela cintura.

- Você me disse. Apenas se esqueceu disso - Ele sussurrava, apesar de haver apenas ele e eu naquela casa - Escuta. Olha pra mim - Sua testa estava encostada na minha e eu o olhava debaixo para cima. Os braços dele me envolvendo - Eu nunca seria capaz de magoar você. Não te conheço há tanto tempo, mas já sei o quão especial você é, Samantha. Eu sinto tanta coisa por... Como falei mais cedo, eu tenho uma vontade de estar com você, de te proteger o tempo todo. Fico mau só de imaginar que seu ex-marido foi um cretino com uma mulher tão gentil quanto você.

O olhar dele transmitia tanta verdade que eu acreditaria em qualquer coisa que me dissesse. Caleb era lindo, e muito gentil. O número certo para eu cair toda apaixonada.

- Já que está dizendo isso eu devo admitir que tenho inúmeras inseguranças, sou meio destrambelhada, não penteio os cabelos pela manhã, sou sedentária, e...

- Shhhh - Caleb me calou com um beijo caloroso.- Eu já sei de tudo isso. Você atrai os problemas. Mas não se preocupe, eu estou aqui pra te livrar de algum deles...

- Alguns?

- Sim.

- Por que não todos?

Ele riu.

- Por que tem cosias que só você pode fazer por si mesma.
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O Jantar foi delicioso. O tempero da carne assada era de dar água na boca. Caleb realmente sabia o que estava fazendo na cozinha.
Conversamos sobre as mais variadas coisas e até descobri que ele era um fã inveterado de música dos anos oitenta.
Fomos para a sala e na estante Caleb me mostrou sua coleção de carrinhos muito antiga, porém extremamente preservada. Isso justificava o carro dele ser um clássico também.
- É um Cadilac! - mencionou sobre seu carro.
Caleb me puxou para dançar uma música lenta qualquer. O som do home teacher era incrível. Como cozinheiro ele era ótimo, já na dança talvez ele devesse continuar cozinhando.
- Já pisou no meu pé pela terceira vez! - Disse rindo.
Uma noite inegavelmente agradável.

Ficamos ali dançando lentamente. Eu estava deitada em seu peito pensando na vida e em tudo que acontecia. Estavam sendo as semanas mais malucas da minha vida, entretanto, de algum jeito, aquilo me fazia sentir viva.