APAIXONADA PELO MEU ASSASSINO?

PARTE II - CAPÍTULO 8

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Creio que fora a primeira vez que me senti aliviada ao ver meu suposto marido por perto . Caleb segurava a arma com firmeza e os músculos do antebraço não apresentavam qualquer tremor.

— Passe para trás, Samantha! — Caleb me puxou e fiquei segura com ele a minha frente, feito um escudo humano.

Foi um pouco empolgante notar a feição de medo daqueles dois homens que minutos antes agiam feito dois valentões. Em nada lembravam os protótipos de machos - alfa em uma caçada i por uma presa.

— Não sabíamos que ela era sua! — Disse o homem que havia me pegado.

— É. Nunca fomos de pegar mulheres dos outros.— Emendava o segundo

Como estava atrás de Caleb, não pude ver a expressão dele, tudo que consegui perceber fora sua respiração calma com o tórax expandindo. Inspiração e expiração, regular e nada apressada. O que meu marido pensava?

— Ah... são bons rapazes, então. — Caleb esboçava um tom de tédio ao falar — Bem, só será uma pena que não haverá mais tempo de me provarem essa bondade toda! Não creio que eu vá esquecer tão cedo essa cena de vocês dois tocando a minha esposa. Encostando essas maos imundas no corpo dela.

Caleb virou-se pra mim. Um olhar sombrio de costume, com certo riso de presunção nos lábios. Ele estava no poder, e não apenas porque detinha uma arma empunhada em suas mãos, mas também pelo fato de sua simples presença ser imponente e amedrontadora o suficiente para subjugar quem quer que fosse.

— Olhem para ela! — Ordenava Caleb com os olhos sobre mim.

Ele sorria docemente. Era uma antítese perfeita entre anjo e demônio. Pensava naquele instane que se eu sentia medo de Caleb, os meus dois algozes deveriam estar aterrorizados.

Os observei e diferentemente dos músculos do antebraço de Caleb — que ainda estavam apontando com a arma na direção dos alvos — os dois homens tremiam com pavor
Nos olhos.

— OLHEM. PARA. ELA — Gritava Caleb em uma explosão de raiva — Que foi, an? Não estavam querendo abusar dela antes? O que mudou? Olhem para minha esposa. AGORA!

Os olhos apavorados dos senhores foram se erguendo em minha direção. Pude sentir o pavor em suas faces .

— Ela é bonita , não é? — Caleb tocou uma mecha de cabelo minha, ainda sorria — Perfeita.

Quando Caleb se voltou para os homens outra vez, ambos baixaram o olhar, feito presas encurraladas.

— E acham que dois merd@s feito vocês merecem tê-la? A merecem nem que se fosse por um segundo?

O silêncio era perturbador.

— Eu estou perguntando!!! Acham que merecem uma mulher feito a minha esposa? Am? Que foi? Perderam a língua?

De olhos ainda baixos, um deles respondeu:

— Não! Não merecemos!

Caleb riu.

— Ah, exatamente!

Só tive tempo de tampar o rosto e sentir respingos quentes na pele. O som alto da música que tocava abafou — e muito — o disparo a queima roupa Feito por Caleb.

Meu marido atirou em cheio no meio da testa do cara que inicialmente havia me agarrado, o matando no exato instante.

Olhei para mim mesma e estava toda salpicada de vermelho. Caleb estava da mesma forma. No chão avistava o corpo mórbido e caído daquele homem, sem vida. Sua cabeça estava envolta em uma poça de sangue.