NOVO PROJETO DA AUTORA

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Meninas, eu não paro. Já estou planejando meu próximo conto. Vou colocar o primeiro capítulo aqui apenas para aproveitar o engajamento. Mas espero que vão lá no livro novo e votem e comentem para saber se devo ou. Ao continuar.

O livro se chama: O DIÁRIO DE LILI.

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Quarta feira, 1 de agosto de 2002

07:59 h

Querido diário,

Provavelmente você deve estar se perguntando por que diacho ainda escrevo minhas paranóias em você. Que talvez uma garota beirando os vinte e cinco anos já deveria estar com um bom emprego, o namorado dos sonhos e no mínimo morando em um apartamento habitável a duas quadras da casa dos pais (estrategicamente para almoçar aos finais de semana, quando tudo o que restasse na geladeira fosse comida congelada).

Ah, mas não! Muito pelo contrário. Eu mal consegui me formar em recursos humanos ( em uma faculdade de qualidade duvidosa), tenho um pôster do Brad Pitt na parede acima da minha cama (Oh, Deus, ele é tão gato!), e vivo praticamente de favor na casa dos meus pais. Ainda agradeço por me deixarem morar no quarto que estou desde que nasci, mas sinto que a qualquer instante eles vão trocar a fechadura da porta e me deixar para fora, como se me empurrassem do ninho.

Então, acho que você já entendeu que eu não tenho muito com quem desabafar além de você, diário. Sim, é ridículo eu estar aqui a essa hora da manhã escrevendo bobagens e eu faria terapia se eu tivesse dinheiro. Mas não tenho, por quê para uma adulta de vinte e cinco anos conseguir pagar suas próprias contas, adivinhe???

Exatamente, ela precisa da merda de um emprego idiota! E quem disse que eu consigo emprego?

Mandei currículo para uma infinidade de agências e empresas. Até para um anuncio de auxiliar de necrotério me candidatei. Não que maquiar difunto seja o que eu me imaginei fazendo, mas se a make ficasse uó, ao menos não reclamaria!

Papai acabou de dizer que o café está na mesa. O bigode dele estava sujo de leite e o botão da camisa solto por causa de sua barriga estufada. Papai precisa de um regime urgente. Se ele morrer de algum infarto eu estarei sozinha. Mamãe também é boa, mas papai ainda parece me tratar como se eu fosse sua garotinha de quinze anos. Contudo creio que eu não esteja na posição de dizer a papai que ele está obeso. Se ao menos eu arrumasse um trabalho eu poderia opinar sobre alguma coisa nessa casa...

Gulliver está se entrelaçando por entre as minhas pernas agora. Esse gato só sabe comer e dormir. As vezes queria ter a vida dele. Ninguém o cobra sobre empregos, apartamentos e namorados gatos. Ele nem mesmo entende a ansiedade que estou agora esperando o telefone da sala tocar e saber se ao menos uma empresa ignorou meu currículo e pretende dar uma chance a uma recém formada e desempregada.

Eu já volto, vou encher o pote de Gulliver. Ele já estava mordiscando meu calcanhar.

09:02 h

Não sou maluca por colocar a hora de quando começo a escrever. Maluca eu devo ser por achar que meu diário se importa com meus maneirismos. Meu diário não pode me julgar. Para isso já tenho mamãe e o resto do mundo. Parece que quando saio na rua todos me olham com pena, como se eu fosse uma perdida da vida. Wanda, a amiga da mamãe é uma delas. Parece que as vezes ela vem aqui só pra esfregar na nossa cara que a filha nerd dela está quase se formando em medicina. Aposto que essa garota é virgem.

APAIXONADA PELO MEU ASSASSINO?Onde histórias criam vida. Descubra agora