Me chamo Márcia e essa é a minha história. Eu estudo piano com a Paola há 1 ano e meio. Durante todo esse tempo, a sensibilidade dela e sua paixão pela música sempre me fascinaram. E com o tempo, essa admiração se transformou em paixão verdadeira, chegando ao ponto de que eu não vislumbrava a possibilidade de não acontecer algo entre nós duas. A cada aula que eu tenho com ela, esse sentimento se fortalece mais em meu íntimo de uma forma espetacular. Sempre que eu chego para uma aula, eu a assisto tocar, esperando ela terminar para eu me anunciar. É um espetáculo cujo o privilégio de ver é somente meu naquele instante. Ela também canta maravilhosamente bem, me deixando emocionada com a beleza de sua voz. É um uma combinação perfeita, pois ela é tão linda quanto talentosa e sensível. Mas também é uma professora muito rígida e responsável. Isso a torna ainda mais especial para mim, motivo pelo o qual meus sentimentos por ela afloram de uma maneira tão significativa.
O que vou contar para vocês aconteceu na minha última aula. Ela estava ainda mais rígida, pois foi a última aula da semana e ela queria um resultado perfeito. Eu não estava ontem, não estando tão apta para dar o que ela queria, pois ela escolheu uma música difícil para ser executada eu estava um pouco nervosa, errando algumas notas. Era nítida nela uma certa insatisfação com meu desempenho. Em momento algum eu achei aquela ação ruim. É a forma rígida dela que a torna uma professora tão exemplar, mas aquele exercício estava me exigindo um capricho que eu não estava conseguindo atingir, mesmo me esforçando ao máximo para alcançar tal nível.
Quando ela notou que minhas estavam trêmulas, ela se sentou ao meu lado e me amparou, pois eu tinha atingido um nível de stress que transparecia que eu estava buscando mais agradá-la do que aprender aquela canção pela minha própria satisfação. Eu me sentia deslocada e assustada com aquilo.
Com a calma e a serenidade que ela sempre demonstra, apesar de sua postura firme, ela me advertiu para que eu não me permitisse ficar nervosa ou ansiosa, pois o processo de aprendizado leva tempo e cobra dedicação. Eu também tinha outra razão para estar naquele estado, pois meus sentimentos duelavam fortemente contra a minha razão, ao ponto de eu estar pronta para deixá-los se manifestarem de forma livre e desimpedida. Mas como eu o faria sem causar um conflito que pudesse nos afastar?
Eu precisava muito deixar tais emoções saírem do meu peito, me livrando da angústia de ter que mantê-los silenciados e presos. Mas aquele medo me dominava. Enquanto isso, Paola me orientou a tentar com mais afinco e concentração, o que eu prontamente busquei corresponder. Uma forte sensação tomou meu coração. Quando Paola olhou para o teclado e corrigiu minhas mãos, uma oportunidade se mostrou e aproximei meu rosto e beijei o dela.
Ela se assustou, levantando-se, situação que me causou tamanho constrangimento. Eu não sabia como reagir ou que dizer, nem mesmo para me desculpar por tamanha ousadia. Ela ficou ali, de costas para mim, até que olhar para trás, fazendo nossos olhares se fixarem em meio a um silêncio absoluto que pairava no ar.
Ela voltou a se sentar ao meu lado e tocou a minha mão. Seu olhar não me deixou adivinhar nenhuma intenção ou ação. Para a minha feliz surpresa, vejo seu rosto aproximar-se do meu, fazendo nossas bocas se tocarem suavemente. Senti o calor de seus lábios em uma troca sincera de energias entre nós. Logo aquele leve beijo tornou-se intempestivo, cheio de vontade e calor, enquanto nosso abraço era o mais forte possível.
Ela me pegou pela mão e me levou para cima, em direção do seu quarto. Ao nos sentarmos em sua cama aconchegante, nosso beijo já tinha a força de uma tormenta, irresistível e impulsiva. Começamos a despir uma à outra lentamente.
Não havia pressa naquele instante. Ela tirou minha blusa e se posicionou atrás de mim. O toque era preciso, caloroso e confortável. Senti seus dedos acariciarem a minha pele, me deixando em condições que não consigo explicar.
Tudo aconteceu com tanta delicadeza e paixão. Era como se escutássemos o seu piano tocando ao fundo. Despidas, trocamos um longo beijo e Paola começou a descer por meu corpo, deixando seus lábios me proporcionarem o máximo de prazer, beijando meus seios. Ela me deixou em um estado de profunda entrega. Queria ser dela e brigaria com o tempo para que ele se estendesse, seu eu pudesse. Quando ela chegou em minha intimidade, ela me provou por inteira, me deixando totalmente úmida. E não fui capaz de controlar os movimentos do meu corpo. Eu tinha mais do que uma obrigação, um prazer em retribuir a ela tudo aquilo. Também busquei fazer com que ela tivesse as mesmas sensações que me provocou.
Senti seu corpo se arrepiar e troca de calor entre nós duas fazia com que aquele momento fosse ímpar. Ela me puxou para cima e nossos corpos se encaixaram, nos permitindo nos movimentar juntas, despertando todas em nós um estado de excitação que superou todas as expectativas. Impossível nos conter.
Por várias vezes rolávamos aos abraços, para que não houvesse privilégios entre nós. Tudo tinha que acontecer de forma igualitária e sublime, realizando a nós duas.
A todo o instante, nossas peles eram alvos de beijos, toques e carícias. Estávamos dominadas por um sentimento que era maior do que qualquer coisa que já vivemos. Também eram assim as incessantes trocas de carinho. Eu nunca imaginei sentir algo tão forte e tão intenso.
Paola parou seus movimentos para novamente me tomar com sua boca macia, voltando a sentir nela o sabor do meu prazer. Eu delirava, enquanto puxava o lençol com todas as forças.
Não esmorecemos em momento algum. Nossas energias pareciam se renovar, não nos deixando parar por nada. Eu quis ousar mais, puxando-a para que sua intimidade fosse refém de meus lábios famintos. Com ela sentada em meu rosto, fiz com que ela sentisse toda a fúria de minha língua a torturá-la de todas as maneiras.
Sua voz deixava no ar aqueles gritos apaixonados de quem se permitia ser amada intensamente.
Logo ela voltou para permitir que nossos corpos se unisse mais uma vez. Deixamos de lado qualquer pudor e fizemos o melhor para que nosso momento fosse sacramentado.
Cada movimento foi fonte de um prazer inesgotável. Não havia o menor sinal de fadiga. Nossa vontade falava mais alto do que qualquer cansaço. Por fim, nos permitimos nos derramar uma sobre a outra, nos abraçando para sentirmos todo aquele cansaço vir junto com nossos ápices. Demos por encerrado aquele instante de paixão abraçadas, trocando carícias demoradas e beijos incessantes, usando as únicas forças que ainda restavam em nós.
Trocando olhares apaixonados, nos declaramos intimamente e decidimos levar essa relação sem culpas ou arrependimentos. Quando ela me disse que quer viver essa relação ao meu lado, deixei de lado os medos e apenas respondi "Sim" com todo o meu coração. Naquele dia, aprendi com Paola a mais maravilhosa das lições. Me tornei sua namorada apaixonada, aluna dedicada e parceira, tanto na música, quanto na vida.
Com ela aprendi que a palavra Paixão quer dizer muito mais do que se envolver. Paixão é querer bem e estar com quem se ama. E sim, ali, descobrimos o quanto nos amávamos. Apenas deixamos esse sentimento vir à tona ao som do piano.
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Contos de Paixão: A Segunda Onda
Truyện NgắnUma nova seleção de contos, sendo alguns fictícios e outros baseados em relatos reais de minhas seguidoras. Novas situações e personagens que dão o tom romântico e sensual para cada linha que você verá escrita nessa nova obra. Que você se delicie a...