Coração de Mulher

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O que eu vou contar hoje é tão revelador quanto íntimo que vou ter todo o cuidado e zelo com cada linha, pois o que me aconteceu foi da mais rara maravilha. Me chamo Heitor e quero dividir com vocês esse relato, que retrata como de nada devo ter medo quando me envolvo com a Débora. Nos conhecemos em uma balada há algum tempo e começamos a conversar, sabendo muito um sobre o outro. O que mais me chamou a atenção sobre ela foi ela se abrir para mim, como se já me conhecesse há muito tempo. Ela me confiou seus segredos mais íntimos, confiando em mim para que eles assim o permanecessem. Eu fui conhecendo Débora profundamente, entendendo suas angústias, dividindo alegrias e tristezas, como se um quisesse curar o coração do outro, pois contamos um ao outro sobre algumas mágoas pelas quais passamos. Isso abriu brechas para que nos envolvêssemos aos poucos. Não houve pressa, pois ela me contou que saiu extremamente machucada de uma relação anterior e abusiva. Não seria eu a querer fazer nada que trouxesse as lembranças de tamanha mágoa.

Fui galgando aos poucos o caminho para que ela se sentisse segura e confortável comigo. Já vivi as mesmas mágoas que ela, sendo capaz de entender os danos que o coração dela sofreu. Se meu objetivo é fazê-la feliz, preciso entender sua história para que a minha parte seja a melhor que ela possa contar para alguém. Quando eu senti que o coração dela estava mais brando e calmo, pude me aproximar mais, respeitando quem ela é e seus sentimentos, cautelosos em relação a se envolver com alguém intimamente no momento.

Em uma das nossas saídas, ela finalmente se permitiu uma entrega mais significativa. Tínhamos saído para tomar um bom vinho e novas revelações se apresentaram. Ela me disse que um dos maiores traumas de sua vida foi justamente viver como se não tivesse alma ou vida próprias, sendo a filha, a esposa e a mãe perfeitas. Jeito duro de viver, tendo medo de viver suas próprias conquistas e emoções por medo do julgamento de familiares e pessoas falsas, que não a queriam como ela é, mas sim como eles acham que ela deve ser.

Naquela noite, eu apenas pedi para ela esquecer o passado dela lutar para que o futuro dela tenha um caminho do qual ela possa tomar as rédeas e não dever nada a ninguém que não faça parte da sua vida por que esse alguém quer e não porque a Débora quer. É assim que filtramos quem faz parte da nossa vida de forma positiva. Foi nessa hora que ela me olhou profundamente e me perguntou, exigindo uma resposta sincera e honesta:

- Heitor, você quer fazer parte dessa minha vida mesmo?
- Está brincando? Não há nada que eu queria mais hoje, amanhã ou depois de amanhã.
- Tenho tanto medo de me machucar de novo. Desculpe a insegurança!
- Ah, não ligue para isso. Está tudo bem.

Aproveitamos aquela noite para uma aproximação mais íntima do que poderíamos imaginar. Levei ela para um passeio de moto. Sei que não é correto, mas rodamos com certa velocidade. Como vimos que a via estava bem deserta. Tiramos os capacetes por alguns instantes. Acelerei bem e sentimos aquela emoção de vento no rosto. Foi o ponto alto da noite. Quando chegamos na casa dela, ela mostrava um sorriso gostoso, de quem viveu algo muito especial. Claro que isso me deixou muito feliz também.

Quando fomos nos despedir, trocamos olhares intensos e a vi morder seus lábios, o que me despertou mesmo, mas o receio de tomar uma atitude que ela desaprovasse me deixou sem reação. Foi justamente quando a vejo se aproximar perigosamente de mim, colocando a mão em minha perna. Nossos rostos estavam muito próximos e nossas bocas se chamavam. Então, um primeiro beijo, ainda tímido, deu lugar a outro mais forte e apaixonado. Ela me fez descer da moto, pegou minha mão e me puxou para a porta de entrada, nos pegamos com todo o fervor que nos era permitido. Por alguns segundos, parei para saber dela:

- Débora, você quer isso?
- Agora quero. Vem comigo, vem?

Acariciei seu cabelo e voltamos a nos beijar calorosamente, com ela abrindo a porta e me puxando para dentro. A temperatura do momento estava além dos limites. Nos entregamos com fúria às carícias, toques, roupas indo ao chão e muito tesão. Ver aquela lingerie salmão em seu corpo, marcando cada centímetro, me deixou às raias da excitação. Quando ela abriu e tirou seu sutiã lentamente, me olhando com ternura, chegando a derramar uma lágrima, me aproximei e passei devagar meus dedos em se colo, podendo sentir sua pele se arrepiar e seu coração bater tão forte quanto uma tormenta. Senti se calor e a beijei uma vez mais. Caminhamos para a escada, onde eu a peguei, terminando por desnudá-la por completo, uma visão que jamais vou esquecer.

Me ajoelhei e ela entendeu imediatamente minha intenção. Puxei sua perna e a beijei, deixando minha língua passar delicadamente por ela. Senti sua pele se arrepiar de novo e ousei, pois ela segurou meu rosto com as duas mãos e me guiou à sua intimidade, me permitindo provocar nela as mais fortes reações.

Olhei para ela e vi seu rosto erguido, enquanto ela soltava gemidos intensos e gostosos de se ouvir. Seus dedos se entrelaçaram aos meus cabelos, dando todas as dicas de que ela estava apreciando cada segundo das minhas investidas. Subimos e entramos no quarto, com ela em meus braços. Deitei-a e todas as minhas investidas resumiram-se a beijar-lhe o pescoço, colo, seios e barriga, até que voltei a provocar sua intimidade com beijos e o roçar de minha língua. Fiz tudo com cuidado e carinho, devido a não saber como seria cada reação dela.

Quando ela me interrompeu por um instante, me pedindo para não ter receio ao tocar seu corpo, eu me permiti ainda mais liberdade e fui levar minha boca ao encontro da sua, deixando meus dedos a invadirem. Eu já sentia o beijo dela ainda mais excitante e ardente, provando que eu estava no caminho certo. Fiz com que ela se sentisse confortável àquela altura, para não houve nada que a remetesse às lembranças que ela ainda guardava. Se eu a teria naquele instante, deveria ser perfeito, principalmente para ela. Ela me abraçou minha cintura, gemendo baixinho, me beijando gostoso.

Rolamos e ela fez comigo o que ela quis, com total liberdade. Era como se ela se soltasse das amarras que a bloqueavam. Para mim foi surpreendente, pois ela demonstrou que os traumas sofridos a fizeram se fechar, mas não naquele momento. Naquele momento, estava sobre o meu corpo uma mulher entregue, viva, livre e pronta para o prazer. E foi justamente o que ambos buscaram.

Ele arrepiou até o último fio de pelo do meu corpo. Me senti quente, pois nunca uma mulher havia me tocado e me beijado com tamanho carinho e paixão. Senti meu membro em sua mão, com uma pegada bem firme. Ela o massageou deliciosamente, até que seus lábios o beijaram e, por fim, se alimentaram dele. Foi a melhor sensação que já vivi na vida. A timidez dela foi deixada para trás, dando lugar ao desejo e à vontade.

Por fim, no encaixe entre nós foi uma perfeita união de corpos. Sim, ela usou movimentos deliciosos sobre meu corpo. Eu a segurava firmemente. Ela jogou seu corpo sobre o meu e beijou por várias vezes. Eu a sentia inteira. Sua intimidade estava quente e molhada, o que tornava a sensação de prazer ainda mais intensa.

Eu a peguei e nos sentamos à beira da cama, continuando a fazer amor aos beijos e abraços. Eu a olhava e sempre havia uma lágrima em seu olhar. Ela, então virou-se e sentou de costas para mim, puxando meus braços ao redor de sua cintura. Nosso prazer apenas aumentava a cada segundo. Suas palavras ficaram ainda mais ousadas, me pedindo para devorá-la e saciar seu desejo. Ela já me pedia para enlouquecer de paixão e prazer naquela cama, saindo daquela posição para pôr-se em quatro apoios. Foi ali que nos deixamos levar por devaneios e loucuras incessantes, pois nosso ritmo nos empurrava para um único e esperado desfecho.

Ela deitou-se e me deu o conforto de penetrar seu corpo mais profundamente, dando aquelas pequenas paradas que prolongam o prazer. Eu consegui tanto continuar meus movimentos quanto também beijá-la loucamente, pois ela virava seu rosto para buscar minha boca. A sensação de nossos ápices chegando nos impulsionou ao clímax, não importando de onde tiraríamos forças para tal. Estava ali um momento delicioso para ambos.

Quando chegamos ao ápice, eu me deitei atrás dela e a confortei em meu abraço. Ofegantes, proferimos algumas poucas palavras sobre o que vivemos ali. Eu queria acreditar no passo que daríamos dali por diante.

- Eu amei! Você foi incrível, Débora. Fazia muito tempo que eu não sentia nada assim. Aliás, nunca senti nada assim.
- Você foi demais também. Procurou conhecer meu corpo intimamente. Sinto como se você tivesse me ajudado, me curado de todas aquelas lembranças que me machucam tanto.
- Não precisa ter pressa comigo. Tudo no seu tempo. Respeite a sua história e as suas experiências, tanto boas quanto ruins.
- Dei muita sorte com você, sabe? Mais que meu corpo, você compreendeu meus sentimentos. Estou pronta para ficar com você. Namora comigo, Heitor?
Sorri e selamos com beijo aquele momento.

Contos de Paixão: A Segunda OndaOnde histórias criam vida. Descubra agora