Limites da Sedução

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Me chamo Felipe e vim contar para vocês sobre uma despedida com gosto de quero mais. Reúno os amigos mais íntimos em meu apartamento, pois recebemos uma notícia maravilhosa sobre uma amiga muito querida, especialmente para mim, que já a vejo com outros olhos há muito tempo.

É a despedida de Roberta, que aceitou uma excelente promoção da nossa empresa e se prepara para gerenciar uma filial a ser inaugurada em Gramado, no Rio Grande do Sul. Só de saber que ela vai para um lugar tão bonito, os nossos melhores amigos se reúnem para comemorar a promoção dela, embora seus corações estejam divididos entre a alegria e a saudade.

Mas, para mim, há uma sensação de saudade ainda maior, pois ela é a minha paixão secreta. É o jeito dela que me faz ficar assim, preferindo um amor platônico do que a certeza de que jamais aconteceria algo entre nós dois. Me sinto confortável em ser aquele amigo apaixonado.

O clima é um misto de emoções. Mas, para mim, é ainda mais. Pois a minha paixão, ainda que guardada no lugar mais seguro do meu coração, não faria mais parte do meu mundo. Essa sensação de desespero bateu forte em meu peito, me fazendo querer pedir para ela ficar comigo. Mas que jamais atrapalharia seu sonho.
Vou até a cozinha pegar algumas cervejas e nem noto que ela está bem atrás de mim. Quando eu coloco as cervejas na bandeja, ela se aproxima e me diz:

- Obrigado, Felipe. Estou muito feliz em ver meus amigos aqui, nesse momento.
- Todos estamos felizes, Roberta. Vamos sentir saudades demais.
- Especialmente você, não é?
- Como assim?
- (risos). Você é muito fofo. Acha que não notei? Você sempre traz o café do jeito que eu gosto, ainda que eu nem tenha pedido. Todas as manhãs, você deixou um chocolate em minha mesa, o de sabor de avelã, meu favorito. Você conhece meu jeito melhor que ninguém e cuida tanto de mim. Vai me dizer que não tem um sentimento aí dentro, pedindo para ser demonstrado?
- Eu...Eu nem sei o que dizer.
- Não diga. Vem cá.

Ela me puxa para perto de si com força e me beija tão suavemente, mas com força, me deixando rendido a ela naquele instante. Aquele beijo, por si só, é a realização de um sonho. Sinto o calor o seu corpo me envolver intimamente e isso é que mais quis em todos esses anos em que nos conhecemos. O clima começa a esquentar ainda mais, mas a Marcinha chega e nos surpreende, aos nos ver aos beijos. Tentamos disfarçar, mas já é tarde demais para isso.

No dia seguinte, um belo domingo, o Robson marcou um churrasco maravilhoso. Demoro um pouco a chegar, mas ela me espera. A Marcinha me recebe e me acompanha até a churrasqueira para todos curtimos o dia juntos. Alguns pulam na piscina, outros dançam e tomam cerveja, enquanto um grupo das meninas dá um show de sensualidade no gramado, dançando ao som da música animada.

Roberta me puxa e me leva para outro canto, mais reservado e longe dos olhares. Se bem que, naquela altura, não há porque esconder nada deles. Ela me coloca contra a parede e me beija com toda a vontade, colocando sua perna entre as minhas, me fazendo sentir o roçar dela em minha intimidade, que logo recebe dela aquela pegada firme, enquanto sua boca me devora. Nesse instante, Marcinha chega devagar e nos interrompe, apenas para entregar nas mãos de Roberta a chave de um dos quartos, nos dando a deixa para subirmos e ficarmos à vontade. Roberta pega minha mão e me leva com ela. Quando chegamos, ainda antes de entramos, ela me pede para abraçá-la de costas, enquanto ela segura minha nunca e movimenta seu quadril sensualmente, roçando seu bumbum em mim. O som de sua voz ofegante me deixa fora do eixo.

Quando entramos, ela me joga na cama e me diz que quer.
- Vamos terminar o que começamos, Felipe. Eu quero isso.
- Não há nada que eu queria mais do que ser seu.

Se deita ao meu lado e pousa sua perna sobre a minha, me beijando docemente. Me sinto um garoto que está diante do primeiro amor, vivendo a expectativa de um encontro perfeito, como se eu não tivesse vivido nada antes daquele instante. O beijo, aos poucos, vai se tornando mais tenro, mais quente e provocante. Eu me sinto como se estivesse sonhando naquele momento. Sim, ela não mentiu. Eu sempre fui gentil e carinhoso com ela, seja trazendo um café bem caprichado ou deixando aquele chocolate na mesa dela. Mas fiz isso porque eu quis e não para ganhar algo em troca.

Continuamos namorando ali, sem pressa de nada acontecer. Sua boca vem de encontro ao meu pescoço, me fazendo pedir para ela deixar uma marca nele. Ela, então, se senta sobre mim e continua a beijá-lo, me provocando todo o tipo de arrepios. O perfume dela me deixa embriagado. Não me canso de senti-lo se espalhar pela minha pele. É como se o perfume dela tivesse cheiro de paixão. Ela levanta um pouco seu quadril e coloca suas mãos em minha região íntima, tocando meu membro por cima da minha bermuda jeans, para logo abrir o seu zíper e me fazer sentir o calor de sua mão nele. Sua boca volta a me devorar e logo fico imaginando onde tudo aquilo vai parar, mas prefiro que aquele momento seja aproveitado plenamente, como um rio correndo para o mar, seguindo seu fluxo natural. Mas, para a minha surpresa, ela ousa comigo, começando a tirar minha blusa para deixar meu torso livre para as carícias que ela quer me provocar. Sinto arrepios constantes e aquela sensação de prazer me enlouquece. Sem tirar os olhos de mim, ela traça um caminho delicioso do meu torso à minha região íntima, me despindo por completo e deixando sua boca se alimentar de mim. Uma sensação inigualável.

Me sinto um pouco apreensivo, pois nossos amigos estão todos lá fora, situação que me deixa um pouco desconfortável. Roberta me acalma e me pede para relaxar, curtindo aquele momento entre nós. Ao vê-la se despir, vislumbro seu corpo maravilhoso, coberto por uma lingerie preta provocante, delineando cada centímetro. Ela sabe que já tive as minhas experiências, mas resolve ir além. Ela se senta em meus lábios e me pede para beber o saboroso néctar que ela derrama. Sinto sua vontade e sua excitação a tomarem, enquanto meus cabelos são puxados firmemente por suas mãos, dando o sentido o que ela está sentindo com tamanha carícia. Quando ela desce, sinto roçar a sua intimidade em meu membro, como se ela dançasse sobre mim da forma mais sensual possível. Continuamos esse jogo, com ela dando todas as cartas que estão sobre a mesa, controlando tudo, como se cada jogada fosse devidamente calculada para ser perfeita.

Quando a sinto se encaixar em mim, ela o faz lentamente, o que aumenta a sensação de prazer entre nós a níveis impensáveis. Começamos então a fazer daquela cama uma pista de dança, onde nossos movimentos têm a única finalidade de provocar todos os nossos instintos mais íntimos e nos levar ao limiar da paixão e do desejo. Me sinto premiado ao poder ser dela o objeto de satisfação que ela espera. Fico louco com o que ela faz comigo, usando todo o seu poder de Mulher para realizar cada ousadia e me deixar em um estado onde só o que mais me importa é saciá-la completamente. Cada movimento é fonte inesgotável de prazer, o que deixa nosso momento ainda mais do jeito que queremos. Ela se apoia em quatro apoios e me pede para invadi-la assim. Atendo ao seu desejo e a seguro firme pela cintura, não abrindo nenhuma brecha que nos impeça de sentir o melhor um do outro. Por vezes ela mexe seu quadril deliciosamente, aumentando nossa sensação.

Quando a viro e deito de frente a mim, tenho a chance de retribuir todas as carícias que ela me proporcionou há pouco. De seu pescoço à sua intimidade, explorei cada pedaço de sua pele, tudo aos sons maravilhosos de seus gemidos incontidos. Nos encaixamos mais uma vez e seu abraço me proporciona o maior conforto possível, enquanto sua boca me devora e suas pernas me prendem. Ela não me solta até que possamos atingir nosso ápice. Eu acabo por não o fazer tão rápido, mas me alegro ao ver que ela conseguiu alcançar o clímax do nosso momento. Exaustos, terminamos e nos recompomos, descenso para nos encontrarmos com os amigos, mas não sem antes ela me dizer:

- Isso ainda não acabou.

Contos de Paixão: A Segunda OndaOnde histórias criam vida. Descubra agora