Contos de Paixão: A Segunda Onda

Uma Vez Mais... Sempre Mais

Início de expediente. Penso na noite de ontem. Uma noite ardente e ousada, cheia de muitos desejos insanos, onde nos deixamos levar pelos nosso corpos sedentos um pelo outro. Os beijos que nos demos deram a temperatura do momento. Loucuras praticadas sem o menor pudor, ao contrário, foi uma noite de luxúrias inenarráveis.
Durante o dia, passo enviando para ela palavras de ousadia, que ela lê em seu trabalho como se sentisse ser flagrada a todo tempo, o que a excita e a provoca. Deixo bem claras as minha piores intenções. Ela me envia gifs de muita sensualidade, evidenciando que ela está ansiosa. Ela me quer, o que me deixa ainda mais louco e apaixonado pela minha amada.
Ficamos assim, nos provocando o tempo todo, mantendo o clima de sedução e entrega. Não falo por ela, mas meu coração fica acelerado e a pulsação sai do controle. Cumpro meu trabalho da melhor maneira que posso, mas meu pensamento sempre viaja para nossa noite, trazendo as lembranças que me abraçam fortemente. Cada carícia, cada beijo, cada movimento de prazer.
Almoço. Finalmente à sós com ela para que possamos conversar. Chamada de vídeo. Ela está linda, com sua maquiagem e seus cabelos soltos. Sua voz está ofegante. Ela está sozinha na sala de descanso de seu trabalho e me revela que está pensando em usar seus dedos em sua intimidade, pois estava lendo minhas provocações e quase não resiste ao impulso. Mordida nos lábios. Ela não esconde o que eu já sei que ela quer revelar.
Eu a provoco dizendo que amo e a quero muito. Recomeço minhas ousadias e ela responde à altura. Vamos nesse jogo cheio de sensualidade, esperando ansiosamente por chegarmos em casa e deixarmos rolar o que quisermos. Mas não nego que aquela tortura à distância é quase tão prazerosa quanto estarmos juntos. Ela me diz que está molhada, sinal que está em êxtase. Perfeito! Sabemos o que temos que fazer.
Termina o horário de almoço. Retomamos nossas tarefas, mas nossos pensamentos vão de encontro e trocamos mais mensagens despudoradas. Tudo conspira para termos mais um momento de muito prazer e intensidade. Começo a pensar no que fazer para surpreendê-la, pois chego sempre mais cedo em casa. Tem que ser nada menos do que o melhor para ela.
Finda o dia, enfim. As expectativas vão às alturas e extrapolam a estratosfera. Corro para casa, logo após encomendar um jantar com vinho especial para nossa noite. Chego ansioso e espalho pétalas de rosas, que comprei no caminho, pela sala toda, no sofá, no tapete, sobre a mesa de jantar, no corredor que dá acesso ao banheiro... Nenhum detalhe para trás.
Eu me deito no sofá de roupão e ligo uma música bem calma para relaxar e poupar minhas energias e minha emoção para o encontro com ela. Quando se está casado há tempos, como nós dois, é preciso preservar nossa intimidade e cuidar para que ela seja duradoura. Agradeço a Deus que temos isso, porque nós gostamos do que temos um com o outro.
Ouço o motor do carro. Ela chegou. As luzes estão apagadas e ela não sabe o que espera por ela ainda. Quando a porta se abre, ela se surpreende ao ver as pétalas ao chão da sala e em tantos outros lugares que eu deixei. Quando ela olha para tudo, eu a abraço por trás beijo seu rosto e pescoço.
Quando ela se vira para mim, logo retribui com ainda mais intensidade. Deixo ela me dominar, me beijar e tirar de mim o roupão, revelando minha nudez para ela. Ela me joga no sofá e segura minhas mãos para que eu não a toque. Só posso tocá-la quando ela mandar. Eu me entrego e obedeço sem questionar ou pronunciar uma única palavra. Que seja com ela quiser.
Ela se levanta tira lentamente as suas roupas, fazendo um verdadeiro show sensual para completar o momento, pois a música a embala. Eu curto a cada segundo as suas roupas caírem e seu corpo ser revelado aos meus olhos. Fantasia? Não. Uma maravilhosa realidade em forma de morena. Eu ali, todo dela quanto ela é minha. Deixo de lado qualquer orgulho e satisfaço cada uma de suas vontades.
Ela sobe no sofá e se senta na cabeceira, ordenando a mim que a minha boca a satisfaça por completo, não deixando nenhuma gota de seu néctar escapar de meus lábios. Enquanto eu faço isso ela usa suas pernas ao meu redor e seus pés em minhas costas, roçando as solas macias de seus pés. Cada centímetro de sua pele é suave como uma pluma.
Fico alí, entre suas pernas até seu ápice vir forte e delicioso até minha boca. Eu levo até o chuveiro e lá o box fica pequeno para tantos movimentos e posições. Mesmo de costas para mim, sua boca não deixa de buscar pela minha. Minhas mãos vão até seus seios e descem até sua intimidade. Meus dedos roçam lá dentro e ela não se contém.
A viro para mim e meus lábios pousam em seu seios, enquanto ela segura forte meus cabelos e geme ao meu ouvido, não importando a altura que eu ouça. Então, para minha surpresa, ela levanta uma de suas pernas e segura minha cintura, me puxando novamente para dentro dela. Ela me diz para não me mexer. Ela mesmo conduz meus movimentos. Ela sabe o que quer de mim e o faz com maestria e ousadia.
Depois ela se coloca em quatro apoios e me chama para, uma vez mais, satisfazer tudo o que ela me pede. Eu faço meu melhor, pois o prazer dela para mim é um bem precioso a ser estimulado. Fazemos amor com aquela água quente, que embaça os vidros do box e do espelho. Findamos com ela me virando me sentando.
Ela se senta em meu colo, encaixando-se novamente. Ela não quer que acabe de qualquer jeito. Enquanto ela se mexe em mim, meus braços a envolvem e minha boca volta aos seus seios. Ela se contorce. Quer tudo e mais um pouco daquele prazer, que eu lhe ofereço de bom grado. Quando o ápice dela volta a se manifestar, ele chama o meu para compartilhar tal momento. Exaustos, caímos ali, com a água nos lavando e nos lavando a alma.

Ismael Faria
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LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998.