𝙴𝚙𝚒𝚕𝚘𝚐𝚘

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O que era para ser uma festa de noivado para Lamar e Diarra havia se degenerado em algum tipo bizarro de bacanal musical hedonista. Instrumentos, presentes, pizzas vegetarianas e bebidas estavam espalhados aqui, ali e em todos os lugares. O casal feliz havia desaparecido em um dos quartos de Joalin e Sabina algum tempo atrás. Killer, o cachorrinho, estava perseguindo Josh, o baixista, enquanto Any estava deitada no sofá, rindo.

Foi muito engraçado, dadas as diferenças de tamanho.

Noah e Joalin estavam tocando guitarra enquanto Noah cantava “Ain’t No Sunshine”, a velha e triste canção de Bill Withers. Eu sentei no chão em frente, fazendo fotos dele com a Nikon. Meu namorado era um dos temas mais fascinantes. E Deus salve minhas calcinhas quando ele começava com uma música melosa, porque elas não tinham chance nenhuma.

Ele finalmente se atreveu a contar para sua irmã sobre aprender a tocar guitarra. Joalin não fez nada além de dar apoio, ajudando-o a praticar. Eles estavam falando sobre as chances de Noah tocar guitarra sempre para dar suporte a sua irmã na próxima turnê. Ele parecia confiante e feliz em ter mais a oferecer à banda.

– Tudo bem? – Sabina perguntou, caindo no chão ao meu lado.

– Muito bem. E você?

Ela sorriu.

– Só inchada, obrigada por perguntar.

Acima, através das portas da varanda, Nate e Lauren estavam dançando lentamente, perdidos um no outro.

Ah, o amor. Tão adorável e uma merda.

O mundo era um lugar glorioso.

– Vamos planejar seu casamento e do Noah em breve? – Sabina sorveu um pouco da sua cerveja.

– Não, acho que não. Nós estamos bem assim.

– Nós estamos o quê? – perguntou Noah, terminando a música. Ele estendeu a mão para mim e eu bamboleei de joelhos, toda graciosa.

– Sabina perguntou se vamos nos casar em breve. – Coloquei minha câmera cuidadosamente na mesa de café antes de subir no seu colo. Ele me querer ali em cima dele era ao mesmo tempo um dever e um privilégio. Bem, um privilégio, na maioria das vezes.

– Você quer? – ele perguntou, inclinando a cabeça.

– Algum dia.

– Tudo bem.

– Noah – me inclinei para sussurrar em seu ouvido. – Acho que estou excitada.

Uma mão deslizou para o meu cabelo enquanto a outra agarrou meu quadril.

– Está?

– Mencionei um grande compromisso para algum dia e você está bem com isso. Sinto que posso ter o que eu quiser com você ultimamente. Está começando a me deixar um pouco excitada demais.

Ele virou a cabeça, beijando-me suavemente nos lábios.

– Gosto de você superexcitada. Mantém as coisas interessantes.

– Vou me lembrar disso.

Ele mordiscou meu lábio inferior.

Eu sorri, me esquivando para trás, tentando escapar de seus dentes provocadores.

– Animal – ri.

– É. Eu sou. Isso é um problema?

Meus dedos deslizaram em seu cabelo.

– Não. Gosto de você assim mesmo.

– Amo você, Shivani – disse. Ele dizia isso para mim o tempo todo nestes dias. Nunca precisei duvidar.

Minhas coisas foram transferidas diretamente para o quarto dele quando voltamos e Noah tinha definido que estarmos juntos seria uma informação pública. Eu não tinha escutado atrás da porta sua conversa com Liv Anders quando deu a notícia a ela. Confiava nele. Depois do modo que ele saiu de Los Angeles para chegar ao casamento da minha irmã a tempo, ela aparentemente não ficou surpresa.

Ela tinha a minha simpatia. Eu sabia o que era amá-lo e perdê-lo. Mas eu não o daria de volta.

Em meio a muitas risadas e latidos de cachorro, Lamar e Diarra finalmente saíram do quarto. O rosto de Diarra estava corado e Lamar ainda estava colocando sua jaqueta de cetim branco bordada no melhor estilo Elvis. Minha mente ainda estava tentando entender por que exatamente ele sentia a necessidade de usá-la.

Obviamente a ideia do casamento em Vegas foi abraçada de coração inteiro.

– O rei está vivo! – ele gritou, com as mãos acima da cabeça. – E aí, menino Joshua?

O baixista desabou em uma cadeira no canto, Killer ainda latindo em seus calcanhares.

– E aí?

– Agora que a valorosa lil shiv domou o poderoso Jacob, você é o último solteiro dando mole.

Josh riu.

– E pode apostar que vou ficar desse jeito.

– Ah, qual é? – Sabina subiu no sofá ao lado de Joalin, jogando um braço em volta dela. – Olhe para todos os casais delirantemente felizes nesta sala. Você não está nem mesmo tentado a se estabelecer?

– Não – ele respondeu, simplesmente.

– Ninguém especial que você queira nos contar, Joshua? – Lamar perguntou, lançando olhares curiosos.

– Não. – Josh cruzou os braços sobre o peito largo. – Estou feliz fazendo o que faço, me divertindo. Por que me limitar?

As mulheres vaiaram. Todas, exceto Any, que de repente se levantou abruptamente do sofá.

– Tenho que ir. Tive um ótimo dia. – A garota jogou um braço em volta de Diarra, dando-lhe um aperto.

– Parabéns, mais uma vez.

– Obrigada. Mais uma vez. – Diarra riu. – Vejo você amanhã no café da manhã?

– Com certeza. – Ela deu um tchau para a sala. – Boa noite a todos!

– Espera, vamos pegar um táxi com você – disse Lauren, se desembaraçando de um Nate bastante amoroso. Ambos tinham tomado algumas bebidas, ninguém estava apto a dirigir. Quando Diarra e Lamar se mudaram para o condomínio, a irmã dela ficou no seu antigo apartamento. Já que Lamar pagou o aluguel para o próximo ano, teria sido uma pena desperdiçá-lo. Any ficou muito feliz em deixar seu quartinho no dormitório da universidade em favor de um apartamento um pouco maior.

– Boa noite – eu disse, acenando para os três partindo porta afora.

Josh observou o grupo partir com um cenho franzido. Curioso.

Fui rapidamente distraída por Noah passando o nariz carinhosamente na minha bochecha.

– Você não disse que me ama, Shivani.

– Eu te amo, Noah. – Sorri e beijei-o nos lábios.

Desde a descoberta do amor, ele se propôs a tornar-se um conhecedor da emoção. Tenho que admitir, eu estava definitivamente colhendo os benefícios sexuais e emocionais.

O dano que sua mãe tinha feito estava lentamente sendo curado. O seu relacionamento com a irmã era melhor do que nunca. Ele me deixou encontrar um novo terapeuta para ele e estava aprendendo a confiar e se abrir de todas as formas.

Na verdade, acho que nós dois estávamos, e isso era uma coisa boa. Nem sempre era fácil, mas perseverávamos porque valia a pena para nós dois. Nossa dedicação em ficarmos juntos agora era absoluta.

– Me leva para casa? – pedi.

Noah sorriu, e ambas as covinhas apareceram. Elas sempre faziam meu estômago revirar e meu sexo derreter. O que acontecia com meu coração não podia ser descrito.

– O que você quiser, Shivani.

Fim.

𝐒𝐀𝐕𝐄 𝐌𝐄/𝐍𝐨𝐚𝐯𝐚𝐧𝐢 (concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora