No dia seguinte, os caras estavam de volta ao estúdio. Foi um longo dia em todas as frentes de ação, outanta ação quanto eu era capaz com a bota. Sabina assumiu a maior parte da correria. Noah se tornara visivelmente ausente no dia seguinte ao acasalamento febril na mesa da cozinha. Independente de onde eu estivesse na casa, ele se colocava no ponto mais distante possível.
Foda-se ele.
Como se transar com ele tivesse sido uma brilhante ideia minha.
Hoje, no entanto, ele aparentemente havia superado o episódio e estava pronto para retomar a vida como de costume. Sim, certo, como se fosse tão simples depois da forma como ele se comportou.
Eu o ignorei na parte da manhã. Eu o ignorei durante a tarde.
Eu o ignorei no andar superior e no inferior também.
Aparentemente, ele não gostava muito disso, já que ficou bastante carrancudo. Com certeza não pedi ajuda com as escadas. Com a bota, eu poderia cambalear suficientemente bem, lenta e incomodamente.
Maldito Noah Urrea, com sua boca e pênis incríveis. Quem precisava dele? Eu não, eu sabia cuidar de mim mesma.
É por isso que os deuses inventaram vibradores, muito obrigada. Masturbação era muito mais seguro.
Meus dedos nunca me deram esse tipo de problema.
Sim, em algum momento nas últimas vinte e quatro horas uma guerra fria tinha se instalado. Uma mulher desprezada, a quem fora negado o acesso ao seu pau. Ambos funcionavam. Se eu estivesse prestando atenção, eu teria visto que ele lançou olhares estranhos para mim durante toda a manhã. Mas, já que ele não estava mesmo no meu radar, isso passou despercebido. Na maior parte do tempo. Sim, eu estava tão farta dele que nem sequer o vi se aproximar novamente com o canto do olho.
- Shivani.
Eu não respondi.
- Aqui.
Um pacote foi enfiado debaixo do meu nariz.
Sabina e eu estávamos sentadas trabalhando nas adoráveis cadeiras confortáveis que eu havia trazido para fora do estúdio de gravação. Um azul-turquesa brilhante, que se dane ele. Sentar na escada ficou cansativo depois de um tempo e eu tinha acesso aos seus cartões de crédito, então, por que não?
Eu tinha feito outra compra na tarde de ontem, e ele ainda não sabia disso.
Mas não vamos entrar em detalhes.
A entrevista com a mãe dele tinha agitado as coisas. Com os paparazzi de prontidão do lado de fora, acampados na frente da casa, e com o telefone desligado, não tinha sido o melhor dia de muitas formas.
Noah tinha todas as razões para estar pisando em ovos, tenso e infeliz. Eu tinha colocado o celular no silencioso e me concentrei em cuidar do mais recente acúmulo de e-mails. Mais cedo, eu tinha cometido o erro de atender a porta e fui bombardeada por câmeras. Eles gritaram perguntas para mim, tentando abrir caminho com tanta força que meu coração disparou e tive um ataque de claustrofobia.
Os dois rapazes da segurança tiveram que se apressar, empurrando-os para fora, e me ajudaram a fechar a porta.
Era a última vez que eu cometeria esse erro.
Meia hora depois a minha foto com um olhar assustado e o cabelo de merda estava por toda a internet. Uma hora depois a minha mãe telefonou querendo saber se eu estava bem. E eu estava bem, só precisava de um pouco de Photoshop. Parecia um momento bom o suficiente para distraí-la com a história do meu tornozelo torcido. Só que, nessa versão, eu acidentalmente tropecei em um degrau. Sim, a mentira é uma coisa ruim, muito ruim. Mas não importava a minha idade, eu não podia admitir à minha mãe que eu tinha tentado chutar a porta de um cara. Isso momentaneamente atrasou a encheção dela quanto à minha presença no casamento da minha irmã.
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𝐒𝐀𝐕𝐄 𝐌𝐄/𝐍𝐨𝐚𝐯𝐚𝐧𝐢 (concluída)
Hayran Kurgu"A questão é: você nunca vai ter uma vida me seguindo por aí. Você está melhor sem mim, eu sei disso e não me importo. Esse, Shivani, sou eu."