capítulo 9

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Sabrina

Sabrina: Cadê teu chefe?

Pergunte pra um dos seguranças do mesmo, ele tinha deixado dois seguranças comigo, só que um deles foi resolver sei lá oque e até agora não voltou.

- Foi ali e já tá voltando.

Sabrina: Tu falou isso a meia hora atrás e até agora nada dele voltar.

- Ele tá resolvendo caô parceira, tenho culpa não pô, ele que me disse que não ia demorar.

Sabrina: Ai mais que saco! Eu odeio esperar!

- Se ele disse que já vem, é porque já vem mermo pô.

Sabrina: Ok, vamo aguardar o bonito então.

Falei e encostei do lado dele.

Sabrina: Qual teu nome? Quer dizer.. vulgo.

- Alexandre, mas sou conhecido como cigarro.

Sabrina: Por ser magro?

Cigarro: Não tá óbvio?

Falou e eu ri com ele.

Cigarro: Tu não bebe não?

Sabrina: Não sei se as bebidas daqui estão batizadas, então prefiro não beber.

Cigarro: Ih ala, então vou pegar umas cervejas fechadas pra nós.

Sabrina: Tá bom, vê se não demora.

Cigarro: Medo de ficar sozinha?

Sabrina: Não tá óbvio?

Falei e nós rimos, ele saiu pra pegar as bebidas e eu fiquei encostada lá na parede vendo o povo louco que tinha naquela festa.

Logo uns meninos do morro foi chegando também e uns dois deles já começaram a me chamar de crente e querer vir tirar onda com a minha cara.

Não gostei e já logo fechei a cara, não gosto dessas coisas, mesmo que eu siga uma tal religião, quem são eles pra virem me julgar?

- Logo tu, crente daquele jeito vindo pra festa assim?

- Vou falar pro teu pastor hein.

Ignorei, não ia ficar batendo cabeça com gente idiota e drogada né.

- Hoje temos a presença ilustre de uma crente gente, batem palmas aí, são loucas que são ousadas como essa aqui.

Gritou e algumas pessoas olharam pra mim.

- Ih ala, tá boladinha a garota - veio encostar a mão em mim, mas bati na mão dele antes dele chegar perto do meu rosto.

- Agressiva ela pô, olha isso.

Olhei para os lados e nada de nenhum dos meninos chegarem, eu já tinha perdido minha total paciência.

- Vem aqui comigo pô, ousada desse jeito deve sentar bem pra caralho, se bem que nem deve ter sentado pra ninguém ainda né pô?

Falou e eu ignorei, ele foi chegando mais próximo e eu nem consegui sair dali.

De um lado tinha uma mesa e do outro ele colocou a mão dele, não me deixando passar.

- Vem cá gostosa, me dá um beijo.

Falou e na hora ouvi a voz de alguém do nosso lado.

Negrito: Qual foi? Tá chapando?

- Ih qual foi negrito, atrapalha meus esquemas não, cheguei primeiro.

Negrito: Como chegou primeiro se eu que trouxe a mina?

Do jeito que eu estava continuei, não movi um músculo e muito menos abri minha boca.

Ele saiu discutindo com o cara e o outro soldado acho que K9 voltou e ficou lá comigo.

Bololo: Tu gosta do chefe arranjando caô por sua causa né?

Só olhei pra ele e virei a cara, não falei nada, alguns minutos o negrito chegou e ele decidiu ir embora.

Graças a Deus!

Entramos no carro e eu fiquei quieta na minha.

Sabrina (M) Onde histórias criam vida. Descubra agora