capítulo 18

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Negrito

Fazia uma semana, desde que tudo aconteceu.

Te falar? Até hoje não fui ver ela, não rola, nao consigo.

É muito caô pra mim, relembrar meu passado.

Sabia que ela estava de boa, ia voltar para o barraco hoje.

Ia tirar a limpo sobre o assunto hoje, pra matar de vez quem fez aquele caralho com ela.

O filho da puta esta preso na salinha, só vai sair, quando eu souber quem realmente foi.

Não mandei botarem a mão, mas ta de castigo.

A irmã da outra voltou de viagem e nem se preocupou em ir atras da mesma para saber oque aconteceu.

Sumiu um dinheiro da casa deles e eles jogaram a culpa pra quem?

A mina tava nem acordada ainda quando eles chegaram e vieram com esse papo para o meu lado.

Dois mil só e esses caralho quer vir de caô, mandei logo se foder!

As vezes os dois gastaram com droga e nem viram, sempre é assim e ja avisei que se forem de caô para o lado dela, eles morrem.

Sentei no meio fio perto da boca e botei fumaça pro ar.

Picuti: Se liga chefe, a mina ja ta indo para teu barraco, mas disse que nao quer ver sua cara.

Negrito: Ala, ela jura que manda em algo.

Picuti: Não quero nem entender esse lance de vocês.

Negrito: Temos nada não.

Picuti: Sabemos que não foi ela que chegou falando pra tu que apanhou dele.

Negrito: Devo pra tu?

Picuti: To suave, to partindo la pra doida, até outro dia.

Negrito: É isso, fé ai!

Falei e sai andando em direção para o meu carro, destravei, entrei e dirigi em direção ao barraco da 2.

Desci e fui entrando.

A mesma estava no quarto com a Estella.

Negrito: Bora, rala daqui.

Estella: Ih ala, fala comigo não.

Negrito: Teu macho ta atrás de tu, vaza!

Estella: Não tenho macho e não quero ir.

Sabrina: Ta suave amiga, vai se não ele não para de falar merda.

Negrito: Depois que meto a mão,  to errado.

Estella: Não esta no seu direito de falar nada.

Negrito: To no meu barraco.

Estella: Além de atirar nela, e não visitar pra saber como ela ta, você jura que ainda ta certo?

Negrito: Fora, agora!

Estella: Perde o juízo não, sabe que estamos certas.

Cruzei os braços e fechei a cara, logo a mesma ja estava fora do meu barraco.

Negrito: Sei que tu ta bem, então solta a voz, que fez isso contigo?

Sabrina: Você, não se lembra?

Negrito: Você sabe do que estou falando.

Sabrina: Não te devo satisfação da minha vida.

Negrito: Bora, solta a voz, não me estressa.

Sabrina: Eu falo e você nao olha mais na minha cara.

Negrito: Jaé!

Sabrina: Minha irmã.

Negrito: Ela chegou de viagem, mas ta preocupada com outras coisas.

Sabrina: Foi ela que fez isso comigo, não quero saber dela.

Negrito: Por isso você roubou eles?

Falei e ela me olhou fazendo careta.

Sabrina: Não sou do mesmo ramo que vocês!

Negrito: Pode pá! Vou resolver essa fita depois.

Falei e deitei do lado da mesma.

Sabrina: Vai passar a noite aqui?

Falou fazendo careta.

Negrito: To no meu barraco.

Sabrina: Ah ok, vou pedir pra alguém vir me pegar então.

Negrito: E vai pra onde? Sabe que sua irmã não te quer la ne?

Sabrina: Eu resolvo minha vida.

Negrito: Para de graça, se levantar te arrebento.

Sabrina: Ta demorando muito e ameaçando demais.

Negrito: Dorme ai, tu tem que descansar e ficar de boca calada.

Sabrina: Ai mano, vai pra porra!

Negrito: Chupa meu pau, filha da puta.

Sabrina: Me chupa você, não posso fazer esforço.

Negrito: Agora posso te chupar no claro?

Sabrina: Ai, eu não gosto de transar no claro.

Negrito: Ih porque não?

Sabrina: Não gosto.

Negrito: Vai agora.

Sabrina: Sai negrito, ó vou te enfiar soco, to de graça não mané.

Negrito: Ih ala, colfoi do bagulho? Larga de graça.

Sabrina: Apaga luz e eu faço tudoqye ce me pedir.

Negrito: Tudo?

Sabrina: Tudo.

Negrito: Firmão, vo apagar a luz.

Sabrina (M) Onde histórias criam vida. Descubra agora