capítulo 11

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Sabrina

Tentei ignorar Liliane e ir para o meu quarto, mas a porta estava fechada.

Liliane: Tu não vai fugir de mim, olha a hora que você chegou!

Sabrina: Como se você não tivesse chegado quase agora né? Da a chave.

Liliane: Eu sou a dona dessa casa! Eu pago as contas daqui, eu chego a hora que eu quero, você não.

Sabrina: Ta bom, desculpa me dá a chave que eu preciso dormir.

Liliane: Pra sair comigo ninguém pode, ninguém tem tempo, nem nada, mas agora pra ir sentar na pica, a bonita tem disposição né.

Sabrina: Liliane, meu Deus! Eu só fui comer!

Liliane: Ele foi te comer né? Marmita de bandido! É isso que você é!

Sabrina: Cala a boca!

Liliane: Nojenta, espera só pra ver ele te engravidar e assumir outra em vez de você!

Sabrina: Que seja, não tô atrás de patrocínio e muito menos de casamento, né da a chave!

Liliane: Você é uma garota frustrada da vida, nunca vai ter nada! Vai depender de mim pra sempre.

Quanto mais ela falava, mais eu repreendia na minha mente, eu vou me tornar alguém e não vou precisar provar nada pra ela!

Liliane: Essa é sua prova? Sentar pra porra de bandido toda madrugada?

Sabrina: Vai pra porra Liliane! Eu tô de saco cheio de você, insuportável!

Gritei e ela veio pra cima de mim, começou a me dar vários socos no rosto, quando consegui devolver pelo menos um, ela me deu uma rasteira e eu caí no chão com tudoooo batendo minha cabeça.

Ela veio por cima e começou a me chutar sem parar, a todo tempo, quando ela cansou, parou e abriu a porta do quarto.

Liliane: Entra e não sai até depois dessa merda de feriado! Sua vagabunda!

Falou saindo dali.

Me levantei com dificuldade e fui pra dentro do meu quarto, fechei a porta e me sentei na cama.

Respirei fundo e chorei, quando eu viajei me acalmar, peguei uma bolsa, coloquei roupas dentro e sai do quarto.

Fui passando pelos cômodos olhando tudo ao redor e vendo se não encontrava ela, logo ouvi o gemido alto dela e sai de casa rapidamente.

Fui subindo a favela e a única alternativa era o barraco do Negrito, sabia que esse horário ele não estaria lá.

Então fui direto pra lá o mais rápido possível, como sempre a tropa estava lá, vigiando as casas ao redor.

Entrei e coloquei a bolsa no chão, andei pela casa e quando fui entrar no cômodo que tinha a cama, ouvi a arma destravar na mesma hora e ele sentado na cama.

Sabrina: Desculpa, eu não sabia que você estava aqui, achei que tava na sua casa.

Negrito: Tá fazendo o que aqui?

Sabrina: Nada, é que... Nada.

Negrito: Solta voz, sabia que eu tava, porque meus soldados estão aqui.

Sabrina: Eu não raciocinei, juro.

Negrito: Oque aconteceu?

Sabrina: Nada, só não quero ouvir os gemidos da Liliane com o marido dela.

Negrito: Melhor o nosso né?

Sabrina: Cala a boca, idiota.

Negrito: Já veio preparada né, trouxe até roupa.

Sabrina: Ela mandou eu ficar fora nesse feriado, então...

Negrito: Esse vai ser um feriado bom demais, vou até dar folga pro teu cunhado, tá maluco!

Sabrina: Haja paciência.

Falei e me deitei com ele, ele me puxou pra perto e começou a me beijar.

Sabrina (M) Onde histórias criam vida. Descubra agora