capítulo 31

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Um mes depois

Sabrina

O tempo vai passando e tudo só ia piorando.

Meu lance com o Negrito era o mesmo, sempre depois da faculdade de segunda a quarta, eu ia para o barraco dele.

Quinta a domingo, as vezes eu tinha folga, ou se não, ia depois que as coisas acabassem.

Isso estava me matando por dentro.

Não estava gostando dessa situação toda e ele não ligava.

Dizia que quem mandava era ele e eu faria oque ele mandasse, na hora que ele quisesse.

Estou aturando, mas também faltando pouco pra surtar e implorar por ele me matar.

Não aguentava mais, tamanha humilhação, era demais pra mim.

Negrito: To falando contigo!

Esbravejou, olhando no meu olho.

Sabrina: Ja entendi, desculpa não ter vindo ontem, eu não achei o carro.

Negrito: Não achou? O carro que vai te buscar todos os dias?

Sabrina: É, eu não vi la, vim embora de ônibus, cheguei aqui tarde e fui dormir.

Negrito: E porque nao subiu?

Sabrina: Você não mandou mais mensagem, pelo menos não tinha chegado.

Estava mentindo, sai mais cedo da faculdade só pra não ter que vir aqui, tudo era motivo para fugir dele.

Mas quem disse que dava?

Ele estava aqui na minha casa, me esperando chegar, só pra falar merda no meu ouvido.

Negrito: Ta bom, então se os caras não estavam la, como eu mandei.

Falou e sentou do meu lado, me olhando.

Sabrina: Oque?

Negrito: Nada, eles só vão levar cobrança, mulher minha não é pra ficar andando sozinha.

Falou e eu arregalei os olhos negando.

Sabrina: Não é pra tanto também, eu nem vi eles, as vezes ele estavam mais pra frente, ou sei la cara.

Negrito: Era pra eles estarem no mesmo lugar, saem mais cedo todo dia pra isso, não tem porque não estar la.

Falou e eu segurei ele, quando o mesmo levantou.

Sabrina: Para de graça, vem ca, senta aqui.

Falei e puxei o mesmo para sentar.

Sabrina: Não precisa brigar com eles, nem fazer nada, vamos esquecer isso vai.

Falei e sentei no colo dele, fui beijando ele e rebolando.

Negrito: Fala pra mim, onde tu tava, Sabrina.

Falou puxando meu cabelo, cada vez mais forte.

Sabrina: Ja te disse, cara!

Negrito: Estou sendo bom contigo faz tempo, não deixa mentira acabar com isso não.

Sabrina: Negrito, para esta doendo!

Falei ne referindo ao meu cabelo, que ele não soltava de jeito nenhum.

Negrito: Fala a verdade.

Sabrina: Ta, mas solta primeiro.

Falei e depois de um tempo me olhando, ele soltou e me jogou no sofa.

Quando ele ia vir pra cima, a porta abriu e eu pude ouvir a voz do meu cunhado.

Levantei no mesmo momento, e fui correndo falar com ele.

Sabrina: Careca! Você demorou, o Negrito esta atrás de tu, cara!

Falei e ele me olhou de cara fechada, certeza que ele queria me matar.

Negrito: É parceiro, tive que ficar ouvindo lorota de igreja na minha cabeça, essa sua cunhada é só por Deus mermo.

Careca: É, e as vezes nem ele, parceiro.

Falou e os dois sairam conversando.

Respirei fundo e agradeci a Deus pelo livramento, certeza que eu ia me foder bonito com ele.

Sabrina (M) Onde histórias criam vida. Descubra agora