Continuando....
Minhas mãos , que antes estavam cobertas por um sangue vermelho vivo, rapidamente mudava a cor do sangue para um preto.
Uma gota do sangue preto cai no chão, fazendo um barulho de água. Logo, aquela pequena gota, se transforma em uma linha de sangue preto, indo até algum lugar.
Corro pela linha, e vejo uma porta branca sem graça. A toco e a maçaneta suja de preto. Tento limpar com meu moletom mas acaba que suja o tecido rosa claro e a maçaneta não limpa direito. Eu abro a porta, é vejo..... eu?
Eu?
Era eu, usando uma saia rosinha é uma camiseta branca.
Aquele fio de sangue preto, agora era o fio do meu telefone de cabo, um que eu usava para enfeitar meu quarto.
Eu enrolava os dedos nele enquanto conversava com alguém animadamente no telefone.
Eu balançava as pernas, e falava com Heyoon. Eu falava sobre Henry.
Tento chegar mais perto, mas outra vez sou parada pela parede transparente.
Escuto minha mãe me chamar, eu fiz cara feia mas fui.
E quando eu fui seguir novamente, tudo ficou escuro.- Tem alguém aí?
Em alguns segundos , tudo se volta a aquela noite;
- EU ODEIO VOCÊS!- eu gritei é bati a porta
Não, não , não....
Corro até meus pais, e abraço-os- não liga pra ela...ela tá loca!
Eles não me viam. Eles não me sentiam....
Em outros dois segundos, eu estava em uma estrada vasia. Sem ninguém.- Onde eu tô?
Mais um segundo, e vejo o carro dos meus pais acelerado, e o caminhão vindo a milhão.
Me enfio na frente antes que o caminhão encostasse neles, e, tudo passa em câmera lenta.
Minha mãe gritando, e meu pai tentando virar o volante para o lado.
E então, tudo se despedaçar partículas pretas.
O rosto desesperado de minha mãe e meu pai.- Não! Não! Fiquem por favor! Eu peço eu imploro de joelhos!
E novamente tudo fica escuro. Mas dessa vez, acordo em uma sala branca. Só tinha eu lá.
- Mamãe, papai...?
- Filha.- uma voz ecoou pela sala
- Pai! Onde estás? Não te enxergo.
- aqui. Estou aqui em cima.
Olho para cima e não vejo nada.
- A-aonde?- eu pergunto já me rendendo as lágrimas novamente.
- Meu amor - era a voz suave de minha mãe - Porque choras?
- eu não vejo vocês.
- mas estamos aqui.
- mas eu não os vejo... por favor, voltem.
- Meu anjo, nós sabemos que você esta bem aí, aí na terra. - a voz de meu pai era tão sutil
- não falem assim....
- Mas você está! Tem seu irmão, amigos, você tem seu namorado.- minha mãe falava no seu tom de animação
- Eu não tenho namorado.
- Ah, mas o garoto que te ofusca os olhos não é seu namorado?
- não! A gente não tem nada.
- Claro que tens! Até então, vocês se amam.
- Como sabem disso?
- somos seus pais, não?- meu pai perguntou num tom carinhoso, como se eu ainda pudesse sentir seu abraço, ou o beijo na testa que ele me dava antes de dormir
- Mas tem coisas tão....complicadas! - digo finalmente me sentando no chão, cruzando meus joelhos.
- Sabe filha, Deus é tão generoso que te dá a liberdade de plantar oque você quiser. Mas ele é tão justo que você colhe exatamente o que plantou.- Meu pai disse, me fazendo uma reflexão.
- Quer dizer que eu planto coisas complicadas?
- Não. Mas à pessoas que plantam coisas complicadas.
Penso um pouco, e limpo em U rosto quente.
- Temos que voltar agora. Você tem que voltar.
- Oque? Não! Oque diabos é isso? Uma simulação?!
- Talvez um sonho...-a voz de minha mãe ficava mais distante
-Tchau meu amor, nós te amamos muito!- assim como a de minha mãe, a voz de meu pai ficava mais distante também.- Se Deus quiser, ainda vamos nos encontrar aqui em cima.
- Mas ainda vai demorar ok?- minha mãe disse, eu quase nem consegui ouvir sua voz mais.- Te amamos.
- Não vão embora de novo! Fiquem!- eu disse me levantando e correndo pra algum lado da sala onde eu conseguiria ouvi-los melhor.
-A gente não pode ir embora de um lugar que nunca saímos, certo?
Foi a voz doce da minha mãe que eu ouvi por último. Depois, um choro desesperado me atacou, e, derrepente alguém me chacoalhava.
- Vamos Sina! Acorde!
Abro os olhos lentamente, vendo seu rosto claro com uma leve flecha de luz que lhe atingia o rosto, e vinha da janela do cômodo.
Penso por um momento, e me recordo.
Um sonho? Isso foi um sonho? Pareceu tão real!- Sina....finalmente! Eu já estava preocupado!
Ele me abraçou, me deixando sentir seu perfume que lembrava muito o do meu irmão por sinal.
- desculpa eu...
- Shhh - ele beija o topo da minha cabeça - Tá tudo bem.
Ali, entre seus braços, eu senti o conforto que eu gostaria. O abraço que eu precisava naquele momento.
E, aquele garoto em que eu quase manchei o tênis e que me odiava, é o que está agora aqui comigo, enquanto eu me sinto um trem com cargas vazias.
Ele queria estar junto comigo, e eu com ele.- Noah.
- Sim.
- eu...euteamo.
Falei aquelas palavras mais fortes do que a cena do nosso picolé cair no chão.
- Você me...oque?
- Eu te amo, Noah Urrea. Eu te amo.
Ele pareceu pensar um pouco, talvez na resposta que daria para mim. E, então ele sorrio.
- Você é incrível. Eu te amo.
Eu repeti, e ele juntou nossas bocas em um beijo quente. Não sei explicar oque sinto quando meus lábios encostam os dele, é como se fosse sempre a primeira vez.
- eu também, eu também te amo- ele disse no meio do beijo.
Ele foi desfrutando nossas bocas aos poucos e mexeu em sua jaqueta de couro.
- Eu sei que era pra esperar mais eu tô pouco me ferrando. Sina, você namoraria comigo? Você quer namorar comigo?
U
O
UBorboletas entraram voando no meu estômago, como se fossem brigando por mais espaço.
Eu não sabia oque responder, não sabia!
Mas meu coração...como sempre....escolheu por mim.- Aceito. - disse sorrindo e querendo morrer de felicidade.
Como d1ab0s esse garoto transformou o pior dia no melhor dia?
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a sorridente da lanchonete
FanficSina Maria Deinert Beuchamp é uma adolescente normal - aos olhos de todos - está sempre feliz, e , trabalha em uma lanchonete para ajudar em casa. Noah Jacob Urrea Hidalgo morava em Oregon , mas, por conta dos estudos da irmã mais velha ( Sabina ) o...