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Los Angeles
28/04
Segunda-feira
14:23
Noah Urrea

Minhas mãos suavam muito, meus pés estavam agarrados ao chão, meus olhos fixados na arquibancada e minha cabeça estava por algum lugar que eu não  conseguia decifrar.
Faltavam 7 minutos para o jogo começar e eu estava nervoso. Muito nervoso. As líderes de torcida já faziam seus movimentos com ponpons nas mãos cantando alguma música de vitória.

Eu sabia que Sina não ia poder estar ali, e talvez ela fosse a única pessoa pra me ajudar naquele momento, sentia uma crise prestes a vir.

- Noah.

- Uhm?- vejo Bailey com as sobrancelhas levantadas

- está na hora né.

- Certo.

Me posiciona na fila, e entramos devagar.  O capitão fala com o outro capitão e logo o jogo começa. Nós começamos com a bola.

( sorry, não sei narrar jogo não)

Eram já 45 minutos e não havíamos marcado nada. O outro time já havia feito um gol, e nós não.
O treinador estava falando com nós sobre sermos mais eficientes nesse segundo tempo e pararam.  Eu estava tentando mas minha cabeça estava meio embaralhada.  entravamos de novo no campo e escuto alguém me chamar.

- Si?

minha namorada estava ali, com um sorriso estampado no rosto. A loira usava uma regata branca, calça jeans, tênis vans e um casaquinho por cima. Os machucados que Sarah deixou nela causou uma insegurança em relação a ela sair com as pernas e braços descobertos. Quando ela não aguenta o calor, passa base nos machucados. Já falei que ela não precisa, mas respeito ela ter essa insegurança, a-ajudo com isso.

- Oi anjo!

- Oque você tá fazendo aqui?

- não ia perder seu jogo né baby?

- mas e seu trabalho?

- consegui dar uma escapadinha. Kris cobriu pra mim. cheguei agora, me falaram que você está meio....longe?

- é.... 

- vamos! ganhe esse jogo,  depois vou te contar algo incrível que aconteceu hoje.

- certo. você aqui já me ajuda uns 99,9 por cento.

a garota sorri e eu lhe dou um selinho. 

voltando para o jogo, Bailey pegou a bola de primeira  passando para Sam que conseguiu dar boas voltas com a bola no pé. depois, Henry pegou a bola, e já viu né?  o cara é tão fominha que chega a dar nos nervos. ele achava que podia ir do  centro até  o gol do nosso adversário sem passar a bola pra ninguém . Eu estava na zaga , e , ao invés dele passar a bola para mim, passou para o adversário. literalmente. nossa torcida foi a loucura, estavam furiosos. depois de mais alguns minutos, Theo pega a bola e passa para mim, eu estava na zaga  mas não ia conseguir passar para o gol direto, até porque havia uns 4 me cobrindo. passei  a bola de volta para Theo que percorreu o campo até chegar perto da goleira, mas passou para Bailey, que fez nosso primeiro gol em movimentos ágeis. a torcida , novamente , foi a loucura, mas dessa vez por algo bom.                                                                                                                                                                                            Empatados estávamos. se marcarmos apenas mais um gol,  ficamos em segundo lugar no campeonato escolar.  Faltavam apenas 6 minutos para encerrar o jogo, e precisávamos desempatar ali. Bailey estava com a bola e passou para Tom que deu algumas voltas em dois laterais do outro time e logo passou para Phillip que correu cerca de três metros e  passou a bola para Henry. Henry tinha a bola em seus pés, e estava na lateral, correu até quase a zaga. não havia ninguém ali. era só ele me passar a bola e eu conseguiria  fazer o gol. mas não. ao invés dele passar a bola, novamente , dando um de fominha, ficou parado com a bola meio a campo.  ele passou pra mim depois de eu gritar a quase ficar sem voz ( e olha que ele estava na minha frente). Me virei para finalmente fazer o gol, quando senti minha perna praticamente cair.    grito de dor e vejo Henry ao meu lado. logo o juiz vem até mim assim como todos em volta.  meus olhos estavam se apagando, quando ouvi a voz doce de Sina e suas gélidas mãos tocarem meu rosto.

- Vamos amor! levante! 

- licença senhorita - alguém falou com Sina 

- Nã.... NÃO ENCOSTA EM MIM! Vamos meu amor! levante baby! 

- Sina, saia dai! 

- não! você é idiota? porque diabos você  deu um carrinho nele seu retardado?

*

- Ele está acordando! - a voz familiar me faz querer abrir mais rápido os olhos.

- Isso é normal senhorita Hidalgo. na verdade já estará no tempo certo.

- aonde eu estou?

- mano! finalmente! - minha maninha me abraça e sinto o cheiro do seu perfume da Shakira - liga pra Sina. 

- Oque tá acontecendo?

- justo na hora em que você acorda Sina não está aqui, droga.

- Sabina! oque está havendo?

- você não se lembra de nada?- Sabina olha assustada para o doutor 

- vou deixar conversarem a sós. - o doutor sai do quarto 

- você não se lembra mesmo?

- não....

- ai meu Deus! - Sabina me abraça e começa a chorar.

- Que droga está acontecendo? 

- Noah? - vejo Sina na porta, com os olhos cheios da água - eu... eu não acredito!

ela corre e me abraça, largando um pote de salada no chão. eu a seguro pela cintura, e quando vou lhe beijar, ela se afasta.

- ele não se lembra de nada?

- nada.

- 10 anos Noah...

- 10 anos oque ?

- se passaram 10 anos.

- oque?

e derrepente tudo mudou. Sabina estará mais velha, assim como Sina.

- você estava em coma.- SIna disse 



a sorridente da lanchonete Onde histórias criam vida. Descubra agora