Capítulo 18

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Maria Bárbara
Segunda-Feira às 7:23

— Bom... Eu costumo dizer para todas as novatas aqui que trabalhar com público não é nenhuma brincadeira, então... Desde já, peço muita paciência da sua parte. Principalmente com a clientela local, Babi. Tente ser a mais calma em qualquer ocasião, caso o problema passe do limite, chame a mim ou a Dona Bethânia pra tá te auxiliando. Temos nossos catálogos de jóias, muita das vezes os clientes eles já chegam aqui com o que querem na cabeça, ou então já possa ter deixado reservado; —  Tielly a menina na qual ficou encarregada de me treinar começou a falar

Além de mim, haviam mais duas ali. Eu prestei a atenção em tudo o que ela falava e ela me pareceu no momento uma ótima pessoa, muito educada e bastante paciência para nos explicar tudo, deixando até mesmo tudo fácil de ser entendido. Ela explica que nossa primeira semana seria apenas de treinamento, mas a partir de amanhã eu e as meninas começamos em horário normal, que seria das sete até às oito de sexta a sábado e um domingo em uma semana sim e na outra não.

— Aquele segurança é um gato, né?! — Clara, que até pouco tempo havia se apresentado para mim diz. Concordo com o que ela fala ao analisar o homem posturado a minha frente e muito sério por sinal.

— E bem casado. — Escuto Mayara concluir, ao apontar com a cabeça discretamente para as mãos cruzadas do segurança.

— Uma pena, já estava animada. — Clara diz e eu seguro o riso. — E você, irmã? É da onde?

— No caso onde moro? — Ela assentiu, — Penha.

— Óia, já fui e muito curtir baile por lá! Família do pai da minha filha e todinha de lá... — Mayara diz. — Mangueira, a clara tbm é de lá..

— Sim, mas nunca tinha visto essa doido por lá não.. — Ela dia e eu assinto.

Tiramos 1h de almoço e quando voltamos, Tielly me chamou para um dos caixas, onde me ensinou a mexer na máquina onde contava as notas e tudo mais que eu passaria em diante a fazer nas próximas semanas.
O tempo pareceu voar e rápido já era nove, notei que o movimento na loja era intenso, isso por que a Tielly parava de pouquinho em pouquinho para atender a alguns clientes. Ajudei ele a fechar a loja e me despedi das meninas, já que pegariamos ônibus em pontos diferentes.

Mando uma mensagem para a Cindy avisando que já estava a caminho, ela que iria me dar essa força de ficar com o Richard e de quebra daria um ajuda a ela tbm, que não aceitou mas por insistência minha chegamos a um acordo. Durante o decorrer da tarde não senti cansaço algum, mas foi só eu sentar em um acento livre no ônibus para sentir minhas pernas e pés doerem por terem sustentado salto alto até o momento, suspirei conformada sabendo que de hoje em diante seria isso mesmo e que eu não reclamo, apenas agradeço.

Passei na casa de Cindy e busquei Richard, cheguei em casa e deixei ele na sala enquanto subi pra tomar um banho. Desci já com a roupa que iria dormir e mandei meu filho subir para tomar banho, me conformando que não teria pique algum para aprontar alguma coisa para comermos. Pedi uma pizza e aguardei junto a Ricardo que já reclamava de fome, esse garoto era assim! Era quieto, era! Mas quando tirava um horinha pra os abusos dele, Iiih!! Tenho nem paciência.

(....)

Cinco da manhã de pé, céu ainda escuro e ainda tendo que me equilibrar em cima de um salto quase caindo de sono! Deixei Richard na creche, acertando com a professora o horário que Cindy o buscaria. Segui para o ponto e no ônibus dormi, se não fosse uma mona super ignorante pedindo licença para se sentar ao lado, passaria do meu ponto.

Ilusão 🎭 (M)Onde histórias criam vida. Descubra agora