Cap 8

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Seus pulmões ardinham e a sola do seu pé a está altura perecia estar em carnê viva. Imaginariam que correr de um psicopata maluco era uma sentença velada de morte, Ela ainda não conseguia entender seu anseio, aquela sensação de que precisava sobreviver. Stella quis muito cair e deitar no chão bem ali sem qualquer preocupação no mundo, mas não podia, saltou para o lado evitando que as pontas dos pés batessem no galho saltando para fora do caminho, as lágrimas caiam em flagelos, que já a está altura estavam espessas e por toda parte, o que impediu que ela conseguisse ver os galhos e pedras pelo caminho de qualquer forma.

Olhou para trás, a tempo de ver um lugar vazio, era a onde ela achava que aquele imbecil do Tyler deveria estar. Stella acabou se desequilibrando nos seus próprios pés, ela caiu e seu corpo bateu contra a terra firme, gruiu descompensada, a cabeça dela estava levemente levantada, Stella perseguiu qualquer ponto que pudesse, mesmo que aquilo estivesse lhe atrasando e a levando mais para perto do inimigo. Estava silencioso demais, como se algum tipo de predador estivesse por perto, a espreita.

O rugido horrível e estridente surgiu próximo dali, virou e conseguiu pegar um vislumbre daquela parte da mata em particular. Stella lutou para inibir a vontade que tinha de correr e se esconder como um rato, supôs que a sua ação seria eficiente, mas não por muito tempo. Ela tinha visto sua cota de filmes de terror a vida toda, a única maneira de vencer seria se ela enfrentasse o inimigo, o que pode acreditar, não iria entrar em vigor, a sua vida certamente não fazia parte de um filme.

O som estridente e horrível que ele já tinha ouvido a fez olhar quase que imediatamente, no mesmo lugar. Seus músculos congelaram. Era um animal grande, um lobo especificamente, percebeu que haviam cortes quase que por toda parte, eram longos e espessos, do tipo que precisaria de uma pressão bastante elevada para serem afligidas, as marcas eram tão profundas que ela duvidou que o bicho se recuperaria.

A boca da criatura abriu, o bicho guinchou e se debateu do jeito que ela via cachorros fazerem, gotas de sangue respingaram um pouco a sua volta, aquilo acabou deixando um mar de sangue antes do corpo se desestabilizar, a parte debaixo da cabeça caindo, o que acabou levando o resto do corpo.

Os pelos do animal retraíram-se, seguido de seu corpo, era algo que ela nunca pensou que aconteceria, ela tentou pensar em qualquer explicação lógica, sem ela nem sequer entender. Supriu a necessidade de correr e se esconder em baixo da sua cama do jeito que ela fazia quando era criança quando era assombrada pelas tempestades, aquilo a tinha intrigado.

O corpo do que Stella viu se tratar de um animal estava de uma certa forma que ela achou impossível de acreditar. Mas ela tinha visto a transformação, e tudo que ela podia ver agora era a imagem de um corpo humano, de um homem, e não o lobo que ela tinha visto apenas alguns segundos atrás.

Tanto o lobo quanto este corpo no entanto estavam deteriorados, agora ela podia dar uma boa olhada nas marcas sem que os pelos atrapalhassem a espessao, ela também iria conseguir identificá-lo, a cidade não era muito grande, e todos ali se conheciam.

A imagem que viu a fez cair para trás. Era Tyler, ele estava basicamente nu, sua pele estava toda cortada por garras, o corpo jogado no chão. Stella sibilou, ela se arrastou, os cabelos tomando conta de uma parte do seu rosto, selvagens, ao mesmo tempo em que sujeira e lama se impregnavam em suas roupas e ela se arrastava pela terra ainda mais para longe do corpo.

O rosnado que se seguiu a fez lançar terra com o solavanco dos pés arrastando-se contra o chão. Foi então que viu a criatura que vinha a aterrorizando, era urso enorme e monstruoso, o tamanho não se comparava ao de qualquer espécie de urso que ela já tivesse visto antes, pode acreditar, iria conseguir se lembrar de algo tão magnífico como ele, é claro, se ela não fosse a próxima vítima. A julgar pelos rosnados que ela notou e a inquietação dele, ela com certeza iria ser a próxima. A imagem que ela formou dentro da sua cabeça a fez gelar por dentro, seu corpo estraçalhado, sua vida esvaindo-se dos seus olhos.

***

Sage tinha se lançado para frente, para ela, a fêmea estava suando frio e tremendo um pouco, ele precisou se controlar, da sua besta interior, aquela sensação estava muito além do seu urso, que no momento não queria nada mais que se ficar dentro da sua fêmea, dentro do seu calor, permanecer lá até fazer alguns filhotes, se ele fosse rápido de mais ela iria escapar e ele se obrigaria a ter que persegui-la, ela claramente não era shifter, assusta-la poderia colocar seus planos de revindicação em jogo, e por tudo que era mais sagrado, se aquilo acontece-se ele não iria conseguir se perdoar.

Ele queria pegá-la nos braços, embala-la contra seus músculos, sentir cada parte do seu corpo acolhedor, mostrar a ela que ele seria um bom macho para ela e um bom pai para os seus filhotes. Fitou o abdómen dela, já imaginando os seus filhotes crescendo lá, isso tinha feito sua fera rosnar, levando seus olhos para o imbecil que ele tinha acabado de estraçalhar tomado pela raiva. Se ele tivesse demorado mais alguns segundos. Rosnou, não queria imaginar o que aquele idiota pretendia fazer com a sua fêmea, ele estava ali agora, Sage iria se incumbir em protegê-la, ela era dele, e ele iria fazer de tudo para honrar isso, agora ele precisava mostrar e ela e precisava convence-la de que ele era digno da sua atenção.

A humana tinha paralisado, ele conseguiu entender perfeitamente, se aproximou quase a ponto de revindicala, e ela não tinha se movido nem sequer um milímetro, ou demonstrado através de ações qualquer outra coisa. Ele finalmente estava tão perto, tão perto que seu focinho cheirou tudo que podia nela, respirou a pele do seu ombro, seguindo para os seus cabelos sedosos, descendo pelos seus seios, pelo abdômen. Sage estacou estático, o focinho um pouco acima da sua cintura, ele já estava prevendo o que estava por vir.

Quando tocou, foi tudo que ele conseguiu imaginar, o cheiro era fantástico. Ele sentiu que precisava mais daquilo. Ou melhor.
Permitiu-se elevar-se por cima dela, não muito longe, seu corpo não podia ficar muito distante do dela. Seu urso estava protestante em deixá-lo tomar o controle, aquilo claramente era um jogo de poder que ele iria vencer. Assim que Sage se livra-se da sua forma de quatro patas, pode pegar um vislumbre dos olhos dela. Viu lá descrença e uma pitada de antecipação, e ele não sabia muito bem pelo que.

Sage não perdeu o movimento que ela tinha acabado de fazer com as mãos, suas pestanas se juntaram e talvez tivesse mostrado um lado da sua presa, imaginava que ela tentaria afasta-lo do seu corpo, que iria empurra-lo e depois que tentaria fugir. Patético, ela certamente iria precisar muito mais do que isso se o quisesse manter longe. Mas tudo que ela fez no entanto foi ter o seu rosto nas palmas das mãos, o que o surpreendeu completamente. Ela cheirava tão doce, ele arrancaria os olhos do ser mais mortal e feroz da terra se aquilo significasse ter mais daquilo para si.

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