🐹 CAPÍTULO 12 🐹

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JUNGKOOK

Já faz um mês que eu me encontro com Jimin no reservado, aos poucos ele está se soltando e se sentindo à vontade para compartilhar comigo o seu dia, sua vida e às vezes ele nem percebe que soltou alguma coisa, a barreira que Jimin ergueu entre a gente está aos poucos caindo e eu me sentia eufórico a cada encontro.

Yoongi e Taehyung não poupavam piadinhas sobre eu estar caidinho pelo Jimin e eu sinceramente nem ligava, não faço questão de manter segredo com isso, sim o Jimin me atrai e muito e eu não vejo a hora de tê-lo cem por cento entregue a mim.

A tarde na empresa estava tudo indo conforme a minha agenda, essa que eu tive que mudar um pouco para encaixar os meus encontros com o Jimin a noite, o telefone de minha sala toca e logo atendo ouvindo a voz da minha secretária do outro lado.

Desculpe atrapalhar Sr. Jeon, mas tem uma pessoa aqui querendo falar com o senhor. Ouço a voz de Yerin do outro lado da linha.

— Tudo bem, mande entrar.

Yerin vinha me mandando mensagens demais ultimamente, porém eu não vejo a necessidade de responder, já disse que não rola mais nada entre a gente, mas ela era insistente até demais quando o assunto envolvia dinheiro, porque era por isso que ela queria ficar comigo, eu não sou idiota.

— Jungkookie. — Yerin adentrou minha sala e eu não deixei de revirar os olhos.

— O que você quer Yerin? Você sabe que eu odeio que venham até o meu trabalho. — Minha voz soa fria, não pretendo estender essa conversa.

— Eu não viria aqui se você respondesse as minhas mensagens ou atendesse as minhas ligações. — Ela diz parando em minha frente e passando a mão no meu peitoral.

— Já parou para pensar que eu não quero falar com você? — Sou direto, tirando sua mão de mim.

— Eu só queria sair com você em nome dos velhos tempos Jungkook, você não precisa dessa frieza toda. — Ela se afasta e me encara.

— Eu já estou saindo com alguém, então não vai rolar.

— Posso saber quem é? — Ela perguntou curiosa.

— Para que? Para você ir envenenar a pessoa? — Yerin amava atrapalhar qualquer relacionamento que eu tinha, mas com Jimin eu não deixaria isso acontecer.

— Na sua boca eu viro um monstro Jungkook. — Ela revira os olhos e eu rio sarcástico.

— Por favor, Yerin. Vai embora e me deixa trabalhar ok?

Depois de muita insistência e chateação ela vai embora, Yerin é uma velha amiga na qual eu cometi o erro de tentar um relacionamento, meu pai quando estava vivo fez negócios com o pai de Yerin e os dois falavam muito em nos casar pelo bem das empresas.

No início eu tentei um relacionamento com ela a fim de despertar algo, já que futuramente íamos precisar casar, no início até que deu certo, mas Yerin só falava em dinheiro e em status, sua possessividade atrapalhou o nosso relacionamento e todas as suas ações acabou resultando não só no término do nosso namoro como também da nossa amizade.

Taehyung também a conhecia, eles ainda se falavam de vez em quando, mas logo após o acidente do meu pai eu me vi livre desse casamento arranjado, mas meu pai não me obrigaria a fazer algo que eu não quisesse, disso eu tenho certeza, mas na época eu não era como sou hoje e com certeza, acabaria me casando mesmo sem querer se isso significasse o bem dos nossos negócios.

Ao fim do expediente eu organizei minha mesa de trabalho e fui em direção a boate, estava ansioso para hoje. Assim que cheguei na porta notei uma pequena confusão, um homem tentava entrar alegando conhecer Jimin e que precisava entregar algo para ele.

Eu fiquei ali parado observando a cena e quando ia me aproximar para perguntar o que estava acontecendo eu vi Namjoon aparecer, me aproximei mais, tendo a passagem concedida pelo segurança que já me conhecia e me colocando ao lado de Namjoon para caso ele precisasse de ajuda e confesso que estava curioso em saber o que o cara queria com Jimin.

— Pois não? — Namjoon perguntou calmo.

— Eu me chamo Jin, sou vizinho e amigo de Park Jimin. — Ok, então o sobrenome dele era Park. — Ele esqueceu o celular na minha casa e antes que eu pudesse devolver ele já tinha saído para o trabalho, acabei vindo parar aqui.

— Você quer entrar para entregar a ele? — Namjoon ofereceu. — Ele está se arrumando agora, acho que não poderá vir te atender, mas pode entrar se quiser.

— Na verdade eu não posso não, eu não sou rico e a entrada custa o meu rim e eu nem sei se tenho os dois em bom funcionamento se não arriscaria vender um. — Os amigos de Jimin pareciam sempre tão peculiares, lembrei da pergunta que ele me fez sobre eu ter um membro deficiente.

— Relaxa, eu sou Kim Namjoon, proprietário do local. Eu poderia entregar o celular a ele, mas você é bonito demais para ficar do lado de fora, aceita uma bebida é por conta da casa. — Namjoon seu safado, não perde tempo.

— Tudo bem então, eu que não sou doido de recusar.

Namjoon e Jin entraram e foram em direção ao bar, meu amigo estava em sua pose de sedutor e não poupava flertes para o lado do outro que era todo sorrisos para Namjoon, acho que alguém vai transar hoje e não serei eu.

Logo Taehyung e Yoongi chegaram, depois que comecei a frequentar a boate os dois começaram a vir mais aqui, Tae dizia que precisava aproveitar meu momento baladeiro já que a qualquer momento eu poderia me trancar novamente em casa e nunca mais sair. Yoongi eu sei que só vinha por causa do amigo dançarino do Jimin.

O amigo de Jimin era bem mais fácil de se conquistar do que ele, mas Yoongi era tapado demais e nem notava que o outro correspondia as olhadas que ele dava em direção ao dançarino, eu só fazia rir, pensei em dar um toque, mas quero ver quanto tempo demora para Yoongi notar que perdeu dias de transa.

— Jimin já vai dançar, assim que ele acabar eu te levo ao camarim e você entrega o celular a ele. — Namjoon falou e logo as luzes apagaram.

Eu me apressei e fui em direção a minha mesa de sempre junto com os meus amigos, Jimin estava tão lindo quanto ontem se é que era possível, ele conseguia me deixar duro por ele apenas com uma dança acho que já sei o que pedir para hoje, uma dança particular não seria nada mal.

Assim que a música acabou, eu me retirei dali indo até o bar para pegar a chave do reservado com Namjoon como sempre fazia, o que demorou um pouco mais que o habitual já que o meu amigo não conseguia prestar atenção em mais nada que não fosse o Jin.

Foi aí que eu vi Jimin se aproximar e então deu de cara com o amigo, este que o olhava sério e se aproximando o entregou o aparelho.

— Jin. — Ouvi a voz baixa e trêmula de Jimin.

— Você esqueceu lá em casa, se não confiava em mim Jimin era só ter dito, com licença. — Jin passou por nós, fez uma breve reverência, agradeceu Namjoon e saiu dali.

Olhei para Jimin que me olhava apreensivo e triste e eu apenas assenti para que ele fosse, o ouvi murmurar um obrigado e sair correndo atrás do amigo.

Reservado || JIKOOK Onde histórias criam vida. Descubra agora