JIMIN
Mais um dia se inicia e como sempre eu estou atrasado, na verdade esse é o meu maior talento, se eu não me atrasar não sou Park Jimin. Vou correndo tomar banho enquanto escovo os dentes, coloco a primeira roupa que vejo na minha frente, pego minha mochila e vou em direção ao metrô.
Cheguei na faculdade trinta minutos atrasados, até que não foi ruim, já fui bem pior. Hoseok me espera no pátio e vem em minha direção assim que me ver chegar.
— Não sei como você consegue vir lá daquele fim de mundo todo dia. — Ele diz colocando um braço em volta do meu ombro.
— Necessidade, meu amigo, já ouviu falar? — O olho com deboche ao qual ele rir da minha cara. — Nem todo mundo nasceu rico como você, Hoseok.
— De que adianta ser rico se eu não posso usufruir do jeito que eu quero? – Ele tinha um bico nos lábios.
— E só por isso aceitou trabalhar em uma boate? — Pergunto enquanto tiro algumas coisas do meu armário.— Na verdade estou ali para dar desgosto ao meu pai mesmo e também, porque eu sou um safado o lugar me anima. — Ele responde com um sorriso ladino.
— Que desgosto o quê, seu pai nem sabe. — Fecho o armário e coloco alguns livros que tirei na mochila e saio em direção a sala.
— Mas um dia vai descobrir, qual a graça dele saber logo? Tenho que fingir que sou um bom filho primeiro. — Ele fala se colocando ao meu lado ao que adentramos a sala de aula.
Hoje a faculdade foi um porre, tivemos apenas aula teórica e eu odiava, me dava sono. Assim que saí de lá, me despedi do meu amigo e fui para a cafeteria. Apesar de ter aceitado o trabalho na boate, eu ainda estava trabalhando no Dalgona Café, a dança era apenas uma renda extra que eu precisava, mas espero encontrar outra coisa mais na frente.
Hoje eu dançaria novamente, atualmente danço lá três vezes na semana, tudo isso para conseguir pagar a mensalidade da faculdade que fica mais cara a cada semestre. Não que eu não soubesse desse detalhe, entretanto eu não sabia que a cada semestre a mensalidade teria o valor de um órgão meu, maldito capitalismo.Hoje a cafeteria estava com o movimento fraco, na verdade ultimamente eu venho notando o movimento caindo, mas sempre que pergunto sobre, o meu chefe responde que nesse período do ano é assim mesmo e que logo o movimento aumentaria. Bom, se ele falou está falado e quem sou eu para ir contra.
Após esse dia supermovimentado, para não dizer o contrário, eu vou em direção ao apartamento de Hoseok, a gente sempre vai juntos para a boate, antes ele me buscava na cafeteria, mas depois do lugar estar a beira da falência eu sempre estou saindo mais cedo.— Jimin eu estou te dizendo, essa cafeteria está falindo, eu não vejo nem uma mosca tomando café ali. — Hoseok diz, assim que eu chego mais cedo no apartamento.
— Vire essa boca para lá Hobi, se a cafeteria fechar é a minha morte. — Eu digo, me benzendo três vezes para espantar a praga do Hoseok.
— Acho melhor você arrumar outro lugar para trabalhar. — Meu amigo fala ao mesmo tempo em que arruma uma bolsa com nossas coisas, Hoseok faz questão de mandar fazer os nossos figurinos e eu não sou louco de negar.
— E onde eu vou trabalhar então? — Pergunto o olhando andar de um lado para o outro pegando tudo de que precisa. — A última vez que precisei achar um trabalho eu fui parar na boate, só se eu virar prostituto agora.
— Você faria sucesso, é um gostoso da porra e eu seria seu primeiro cliente. — Hoseok para, me analisando de cima a baixo e eu jogo um travesseiro de sua cama na sua direção.
— Eu prefiro morrer Hoseok! — Ele rir.
— Olha aqui seu idiota eu seria um ótimo cliente e você viciaria no meu pau. — Ele dizia debochado.
— Não estou a fim de ver o seu pau de novo, você já me traumatizou o suficiente naquela festa. — Falo fazendo uma careta ao lembrar.
— Bons tempos Jimin, bons tempos.
A boate está movimentada como sempre e eu não deixo de pensar que estou fodido, infelizmente as coisas que mais dão dinheiro é comida e sexo, a cafeteria está entregue as moscas e o que me sobra é o sexo. Jamais! Balanço minha cabeça em negação e volto a me arrumar. Estava fazendo minha maquiagem quando vejo Namjoon entrar em nosso camarim, quase todos ali já estavam prontos, inclusive eu.
— Hoje vamos mudar a ordem das coisas, ok? — Ele fala alto para que todos nós ouvíssemos. — Jimin e Hoseok vocês vão primeiro, as stripper são depois.
Nós gritamos um Ok e ele sai, não sei bem o motivo da mudança, mas eu que não vou reclamar, hoje chego em casa cedo e vou conseguir dormir mais, é isso, os pobres estão vencendo afinal.
Assim que termino minha maquiagem, coloco a máscara e vou em direção ao palco, vejo o velho nojento da outra noite ali na frente e eu evitei olhá-lo, então começo a dançar, tentando fingir que ele não está ali ao mesmo tempo que lembro do ocorrido da outra noite.
Termino a dança olhando para um ponto fixo em qualquer outro lugar que não seja onde aquele senhor está sentado e após os aplausos eu saio em direção ao camarim vendo Hoseok passar por mim, ele seria o próximo.As meninas saíram para ganhar o seu, Hoseok está dançando, aquele exibido da porra passa uns vinte minutos, pendurado naquele pole dance e eu por um momento me vejo sozinho no camarim. Resolvo tomar banho ali mesmo, troco de roupa e tiro minha maquiagem, quando Hoseok volta eu espero o mesmo se trocar e então vamos para casa finalmente.
Coloco a máscara novamente e então saímos pelo cantinho do palco, tentando passar despercebidos, mas era difícil com Hoseok eufórico flertando com meio mundo. Mesmo sendo longe para ele, Hobi faz questão de me deixar em casa, às vezes eu o convenço de que estou bem, mas hoje eu me permiti ter um pouco de luxo, estava muito cansado.— Chegamos! — O ouço cantarolar.
— Obrigado Hobi, não sei o que seria da minha vida sem você. — O abraço e dou um beijo em sua bochecha.
— Você não seria ninguém, convenhamos. — Ele brinca me fazendo rir. — Esse lugar é sinistro, me lembra a pensão de Strangers From Hell, só que do tráfico. — Ele finge se arrepiar.
— Se te deixa mais aliviado eu não tenho um vizinho maluco e não tem uma senhorinha sinistra tentando me matar. — Meu tom é de brincadeira, mas a cara do meu amigo é séria.
— Toma cuidado Jimin, outro dia eu pude jurar que vi o proprietário com um saco enorme, acho que ele levava um corpo. — Ele falou e eu gargalhei.
— Tudo bem Hobi, se cuida. — Falei antes de entrar no prédio.
Hoseok morria de medo do proprietário do apartamento que eu morava, também não é para menos, ele era antissocial, mal falava e só abria a boca quando o assunto era o dinheiro do aluguel, meu prédio não é dos melhores, não tem elevador então eu preciso subir três lances de escada, essa que tem alguns pontos enferrujados, mas fazer o que, era o que o meu dinheiro podia pagar.
Eu não conhecia ninguém ali, meus vizinhos mal apareciam e eu só sabia que tinha vizinhos devido ao barulho que às vezes eu escutava vindo dos apartamentos, assim que adentrei em casa, eu apenas cai na cama, cansado, ainda bem que a roupa que eu levei era leve, porque a preguiça me inundou e eu não levantaria daqui nem para colocar o pijama.Antes de cair no sono comecei a ouvir barulhos vindo das escadas, era a primeira vez que ouvia isso, eu sempre chegava mais tarde e logo adormecia, lembrei das palavras de Hoseok e pela primeira vez fiquei com um pouco de medo de estar ali.
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Como estão? Resolvi postar hoje porque eu estou muito feliz, Artista do ano é nossooooo.
Ontem foi um dia maravilhoso, gritei, dancei, pulei, fiquei nervosa e chorei, foi tão bom ver os meninos felizes, se apresentando pro army e ganhando todos os prêmios, eu tô tão feliz que não cabe em mim.
Aproveitem o capítulo de hoje e vamos comemoraaaar!
Fiquem com os patrões, maravilhosos, lindos, donos da minha vida. 💜💜💜💜
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Reservado || JIKOOK
FanfictionPark Jimin é um estudante de dança que enfrenta vários problemas enquanto está na faculdade, por causa disso ele esconde um segredo, ser dançarino em uma boate de stripper. Sempre usando máscara a fim de se esconder, o que ele não esperava era que...