Isaac Hanson tinha uma carreira musical sólida e próspera, mas sentia-se incompleto. Até olhar nos olhos de Johnny, um pequeno fã, de 8 anos, que vive uma aventura para tentar descobrir como ser um músico de sucesso, assim como seus ídolos, os Hanso...
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Como de costume o dia de Isis começava muito cedo, com ela organizando as coisas em casa para ir trabalhar. Porém, nesta manhã fria os semblantes dela e de Johnny eram de cansados e tristes pelo trauma da noite anterior.
O garoto com seu olhar baixo remexia sua xícara com uma colher de chá o café que não queria tomar. Ele também não conseguia encarar os olhos de Isis.
- Johnny, olhe pra mim! - Pediu ela com a voz dura sentando-se de frente para ele. Mas, o menino só balançou a cabeça negativamente.
- Johnny, eu acho que tenho o direito que você olhe para mim e assuma as bobagens que fez.
Ele levantou a vista, mas baixou em seguida.
- Você tem noção da gravidade disso, Johnny? Meu amor, na hora de escolher suas brincadeiras, você precisa aprender a pensar nas consequências das coisas. Você quer passar fome, Johnny? Quer passar fome? Porque eu vou precisar largar os meus empregos para ficar com você vinte e quatro horas agora. Porque vou ficar com medo de você sair de casa e ir fazer besteiras. No centro, Johnny? Eu não deixo nem você andar aqui por perto sozinho, imagina tomar ônibus, atravessar avenidas. Meu Deus! Eu não quero nem pensar em você andando sozinho nessa cidade.
Isis tentava policiar o tom de voz quando começava a se alterar, mas sua angústia era visível mesmo falando baixo.
- Eu não quero te deixar sozinho aqui, Johnny. E eu sei que você fica entediado. Mas, eu preciso confiar em você, meu bem! Só que, você traiu a minha confiança e saiu sozinho, escondido e causou toda aquela confusão. Johnny, eu não sei mais o que fazer?
- Tia Isis, me perdoa. Eu não fiz por mal. - seus olhos eram suplicantes.
- Eu sei, Johnny. Eu sei que você não imaginou que poderia acontecer tudo aquilo. Mas, teve que acontecer para eu poder descobrir. Sabe, Deus permitiu que aquela situação horrível acontecesse para que eu tivesse tempo de te impedir de fazer novamente. Já pensou se a ligação fosse para buscar seu corpo, atropelado? Ou se você se perdesse e desaparecesse? Meu amor, por favor.
Agora era ela que suplicava com os olhos marejados.
- Você é muito importante para mim. Eu não consigo mais viver sem você, Johnny. Sorte que os Hanson pediram para nos deixar ir embora. Se não, uma hora dessas eu estaria sendo deportada e você iria para um abrigo. Porque você é americano, filho de um americano, mas eu não. Eu estou ilegal aqui e teria que ir embora sem você... sem direito nem a pegar minhas coisas aqui em casa. Sem você, sem dignidade, sem nada.
- Eu não quero nem pensar, tia... mas, eles foram muito legais, não foram? – Disse ele já erguendo a cabeça, esboçando um sorriso.